quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Estresse durante o início da vida muda os genes

Um estudo realizado no Instituto de Psiquiatria Max Planck, na Alemanha, mostrou que traumas e stress no início da vida têm um grande impacto sobre os genes e podem resultar em problemas de comportamento. Os pesquisadores realizaram o estudo em ratos, e observaram que os ratos estressados produzem hormônios que modificaram os genes, afetando o comportamento dos animais durante toda a vida.

O cientista Christopher Murgatroyd, que participou do estudo, afirma que a pesquisa mostra, em detalhes moleculares, exatamente como experiências estressantes podem reprogramar o comportamento em longo prazo. Para fazer essa análise, os pesquisadores causaram stress a ratos recém-nascidos e monitoraram como a experiência afetou o resto da vida dos animais.

“Separamos os filhotes das mães durante três horas diárias durante dez dias”, explica o pesquisador. “Este é um nível baixo de stress, e os animais não foram afetados nutricionalmente, mas a experiência faz com que eles se sintam abandonados”, diz Murgatroyd.

A equipe de pesquisadores descobriu que os ratos que tinham sido “abandonados” durante a infância têm menos habilidade para lidar com situações estressantes no resto da vida, além de ter uma memória mais fraca. Murgatroyd explica que estes efeitos acontecem devido a mudanças epigenéticas, ou seja, as experiências estressadas mudaram o DNA de alguns genes dos animais.

Quando os filhotes foram estressados, eles produziram altos níveis de hormônios de stress, que “torcem” o DNA de um gene que decodifica um hormônio de stress específico, a vasopressina. “Isto deixa uma marca permanente neste gene, e ela é programada para ser produzida em grandes níveis na idade adulta”, afirma Murgatroyd.

O estudo inicial foi realizado em ratos, mas os cientistas também estão interessados em descobrir como traumas na infância em humanos podem levar a problemas no futuro, como a depressão. O neurocientista Hans Reul, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, afirma que o estudo é uma importante adição aos trabalhos sobre os efeitos em longo prazo sobre o stress na infância. “Existem evidencias que adversidades como o abuso ou a negligência durante a infância podem contribuir para o desenvolvimento de doenças psiquiátricas”, explica Reul.

Por que a criança pequena não quer comer e o que você pode fazer



Resumo do artigo

A criança pequena, em geral, não é muito fã de comida. Depois do primeiro aninho, até os que antes comiam muito bem, começam a perder o interesse pela comida. Quando vão ficando mais velhas, desenvolvem fortes opiniões sobre o que deve ou não estar presente em seu prato. Como a alimentação é uma parte muito importante dos cuidados com a criança, a recusa em comer a refeição, que a mãe preparou com tanto carinho, dói. Nesses momentos, é importante ver a situação como um todo. A mãe está ensinando à criança hábitos alimentares que podem ajudá-la a se virar sozinha mais tarde. Tentar ver as coisas sob este prisma pode ajudá-la. Este comportamento é normal entre as crianças. Nesta fase, elas estão tentando deixar claro que querem ser independentes e que podem tomar conta de si. Além disso, seu corpo está passando por um padrão de crescimento que a aproxima da constituição física que terá no futuro. O bebê rechonchudo, de pais magros, começa a ficar mais parecido com o resto da família. Apresentamos os comportamentos esperados à mesa durante esses anos. Veja como lidar com eles.


1 ano
Depois de soprar a primeira velinha, é provável que seu filho fique mais interessado em aprender a andar do que em comer. Assim, seu interesse pela comida despenca. Ele está ocupado demais para desperdiçar um tempo enorme comendo. Mas isso é normal. O ritmo de crescimento da criança diminui no segundo ano e seu apetite acompanha essa queda. Não se preocupe. A gordura adicional que ela acumulou no primeiro ano serve de combustível para toda essa movimentação. No entanto, nessa idade elas precisam de energia para se manter de pé. Uma criança de um aninho pode ficar rapidamente sem combustível, tornando-se agitada e irritada. O ideal é que ela faça cinco ou seis pequenas refeições durante o dia, inclusive dois ou três lanches saudáveis. Alimente seu filho com pequenas porções, colocando mais comida no prato assim que ele terminar. Um prato muito cheio é um convite à desistência e à bagunça.
Sem tempo para comer Como é difícil fazê-la parar. Cada mordida é uma vitória para uma criança nessa fase. As calorias em alimentos sem grande valor nutritivo, como biscoitos, doces e sucos, são um desperdício do tempo e do apetite da criança.
Ofereça alimentos nutritivos durante as refeições regulares, mas não force a criança a comer. Crianças pequenas que dizem o quanto basta, desenvolvem hábitos alimentares mais saudáveis depois de adultas. Cabe a você oferecer alimento saudável e atraente regularmente. Cabe a ela decidir se quer ou não comer.

Fazer com que se sente à mesa na hora das refeições, por menos que coma, é importante para ensiná-la a hora em que elas são servidas. Nessa idade, a criança adora comer à mesa, com a família. Este é o momento perfeito para que ela aprenda a se socializar e para você ensiná-la a comportar-se à mesa. Se a criança resistir ou começar a jogar a comida para fora do prato, é porque já está satisfeita. Deixe-a sentada, dê um livro para ver, mas não ofereça mais comida, pois isso inicia uma batalha na qual você jamais sairá vencedora.

A grande bagunça Seu filho aprende muito quando "brinca" com a comida. Deixar a comida cair no chão, amassá-la entre os dedos e esfregá-la na mesa são maneiras de conhecer os alimentos e de aprender a gostar deles. Ele provavelmente ainda não sabe usar a colher direito. Não importa, dê-lhe uma colher. Nessa idade, a criança quer comer sozinha e você deve estimulá-la, por maior que seja a bagunça. Nessa fase, a criança também está aprendendo a usar o copo: mais uma vez, bagunça à vista! A melhor opção é aprender a conviver com a bagunça usando e vestindo materiais fáceis de limpar.

Dicas para as refeições Se o seu filho só quiser comer macarrão, por exemplo, procure o pediatra. Talvez seja necessário dar-lhe uma vitamina. Em geral, as crianças não precisam tomar vitaminas, mas se seu filho realmente se recusa a comer, a administração de uma vitamina talvez o faça se sentir melhor. Não dê vitaminas de adultos, elas podem ser tóxicas para crianças.

Comer no lugar certo Criar bons hábitos alimentares é sinônimo de comer sempre no mesmo lugar, como o cadeirão, na cozinha. Não é sinônimo de comer na frente da televisão, no quarto ou andando pela casa. A criança que come andando corre o risco de engasgar.

18 meses

Aos 18 meses, seu filho precisa de menos comida do que precisava durante seu primeiro ano de vida. Surpresa? É sério. Seu ritmo de crescimento simplesmente diminuiu e outras coisas ocupam seu tempo. Nessa idade, a criança é muito seletiva em relação à comida. Não a force a comer, nem exija que ela raspe o prato antes de sair da mesa. Ela sabe o quanto precisa e, se não for pressionada, comerá a quantidade adequada. Forçá-la só provocará uma briga e você não sairá vencedora. Além disso, esse comportamento pode gerar distúrbios alimentares mais tarde.
Comilança e rejeição A comida do seu filho não precisa ser diferente da dos adultos. Basta servi-la antes de adicionar sal e temperos fortes. Não que ela vá, necessariamente, gostar do que os adultos comem. A criança, nessa idade, costuma se fixar em um único alimento e comer só isso durante dias seguidos. Isso é normal, portanto, não se preocupe. Se o alimento for nutritivo, não importa a freqüência com que ela coma. Mas não deixe de oferecer variedade, um pouco de cada vez, para que ela se acostume à aparência e textura dos novos alimentos. Em geral, é preciso oferecer o alimento umas dez vezes até que a criança o aceite. Por isso, não se aborreça nem se intimide com a primeira ou segunda recusa de seu filho em experimentar um determinado alimento.

Não tente usar o alimento como recompensa. Se seu filho começar a comer só para agradá-la, não estará comendo pelos motivos certos.
Não engane a criança para que ela coma. Isso inicia um jogo tolo que acaba alcançando níveis totalmente irracionais. E não desenvolve hábitos alimentares saudáveis. Estudos revelam que essa atitude só leva a criança a comer menos e nada mais.

Lembre-se de dar ao seu filho diversas oportunidades de se alimentar. Ele está pronto para treinar o uso da colher e do copo. Evite alimentos com os quais ele possa se engasgar, como uvas, nozes ou cenoura crua. Cachorro quente é um dos alimentos com que as crianças mais se engasgam! Corte a salsicha em pequenos pedaços, no sentido do comprimento, para não engasgar.

Verdades sobre líquidos Que quantidade de líquido seu filho deve beber? Em geral, a criança não precisa de mais de 180 ml de suco de fruta por dia. Os sucos reconstituídos são feitos basicamente de água e açúcar. Fruta fresca é a melhor opção. As crianças "viciadas" em suco têm padrões de crescimento insatisfatórios e correm o risco de desenvolver diarréia infantil, cáries e desequilíbrio nutricional.
Seu filho também não precisa tomar mais de 700 ml de leite por dia. O leite deve ser integral, não desnatado. Nessa idade, os ácidos graxos são essenciais ao crescimento e desenvolvimento do cérebro da criança.

Se ele ainda tomar mamadeira, comece a tirá-la. Um copo com canudo é uma boa alternativa se você não agüentar os derramamentos freqüentes. Não deixe que a criança leve o copinho para a cama. Não é bom para o sono nem para a nutrição e pode estragar os dentes.

Dicas para as refeições Aprenda a gostar da bagunça! Estimule a independência de seu filho de 18 meses deixando-o comer sozinho; assim, ele aprenderá a usar utensílios e xícaras. O babador ajuda a proteger as roupas da criança e você pode usar um tapete de plástico embaixo do cadeirão. Caso contrário, acostume-se à bagunça das refeições! E não se esqueça de trocar aquela roupa limpinha na hora da refeição.
Ao mesmo tempo, não tolere que seu filho jogue comida para o alto. Se ele já parou de comer e começa a jogar comida para o alto, é porque a fome já passou. Tire-o do cadeirão e não tente "empurrar" mais comida.

2 anos
Aos 2 aninhos, seu filho ainda não come muito, mas é extremamente observador. Por isso, pode estar apenas imitando você. Oferecer alimentos nutritivos e comer bem em sua presença são as duas melhores maneiras de ensiná-lo a se alimentar adequadamente. Mas tome cuidado para que ele não adquira seus maus hábitos. Agora seu ritmo de crescimento é menor do que era. Por isso ele não precisa de tanta comida quanto imaginamos. Além disso, ele gosta de escolher o que vai comer, onde, quando e em que prato. Pode optar por grandes "comilanças" de um único alimento e depois, sem mais nem menos, rejeitá-lo.

Não comece a brigar Se você aceitar esses hábitos, sem questioná-los, a criança acabará esquecendo. Entretanto, se insistir em fazer as coisas ao seu modo, só estimulará a batalha. Você jamais sairá vencedora. Basta oferecer alimentos nutritivos. Não importa se, durante algum tempo, ela só coma um determinado alimento. Não pergunte o que quer comer. É poder demais para uma pessoinha tão pequena. Você é quem escolhe. Lembre-se de que há diversas opções de alimentos razoáveis e atraentes para as crianças nessa idade.

Seu filho deve sentar-se à mesa para as refeições. As pessoas que comem sempre na mesma hora, no mesmo lugar, em geral são mais nutridas e têm melhor forma física. Desde cedo, crie esse bom hábito. Criança não deve comer no carro, na cama nem na frente da televisão. Se ela não gosta muito de leite, dê-lhe cálcio sob a forma de queijo ou iogurte. Elimine a mamadeira.

Brigas na hora da refeição! Se seu filho de dois anos recusa-se a comer tudo que você coloca à sua frente, vocês dois iniciaram uma guerra alimentar e, nesse caso, não adianta confrontá-lo. Experimente os seguintes métodos:

Tire-o da mesa e tente novamente em algumas horas, na próxima refeição.
Comece com um lanche nutritivo, como queijo, biscoito salgado ou uma fruta. Coloque em uma bandeja e junte-se a ele. Mas não fique olhando, esperando ele comer.
Se, mesmo assim, ele continuar se recusando a comer, tire-o novamente da mesa e pare de se preocupar. Criança saudável não morre de fome, nem mesmo nessa idade. Relaxe: ele estará pronto para comer na próxima refeição.

Pergunte à babá ou ao pessoal da creche quando e o que seu filho come durante o dia. Se a alimentação não for adequada, discuta com a babá ou com quem toma conta dele. Se a creche não puder oferecer o que seu filho precisa, ofereça-se para mandar as refeições de casa. Mas não se preocupe demais. As crianças aprendem a viver em ambientes diferentes e sua alimentação pode variar muito. Se possível, almoce com seu filho de vez em quando.

3 anos
Embora seu filho de três anos tenha idéias muito definidas sobre o que quer comer, a essa altura ele estará muito mais disposto a experimentar novos alimentos do que estava aos dois anos. Provavelmente gostará de alguns alimentos por causa de sua cor e forma e pode insistir em uma determinada arrumação da comida no prato. Além disso, gosta de ajudar na cozinha, desde que você seja paciente com suas limitadas habilidades. A relutância em aceitar alimentos apresentados de forma nova ou interessante, em um prato especial ou de forma inesperada, pode desaparecer. Portanto, chegou a hora de usar a inteligência e divertir-se junto com seu filho.

A criança de três anos aprende muito sobre alimentação e socialização à mesa, com os familiares. Estudos mostram que crianças que fazem, pelo menos, uma refeição por dia com a família, têm um vocabulário melhor. Seu filho deve adquirir o hábito de fazer as refeições à mesa junto com o resto da família, não na frente da televisão. Desligue a televisão. A hora da refeição é sagrada. As refeições devem ser realizadas em horários regulares, sempre no mesmo lugar, na mesa da cozinha ou da sala de jantar.
Aos três aninhos, ela já está pronta para aprender boas maneiras à mesa. Ensine a dizer "por favor", "obrigado" e "posso?". Ela pode derramar um pouco de comida, mas não o prato todo. Pode e deve ajudar a colocar a mesa. Provavelmente, gostará dos hábitos e rituais das refeições em família.

Isto é, se você conseguir atraí-la à mesa. Nessa idade, a criança está tão ocupada brincando e não gosta de ser interrompida. Mas isso não é motivo para permitir que ela faça as refeições andando pela casa, com você atrás. Os alimentos fáceis de comer e de carregar têm alto teor de sal, gordura e açúcar. Não pergunte o que ela quer para o jantar. É muito poder para a criança. Cabe a você decidir o que fará para o jantar; cabe a ela comer. Não discuta com uma criança de três anos.

Aqui estão alguns pontos importantes que devem ser lembrados nessa fase da criança:
É muito comum a criança ter prisão de ventre. Em geral, a constipação é causada pelo excesso de laticínios e pela carência de frutas, vegetais e água. Se seu filho tem dificuldade para evacuar fezes endurecidas ou costuma ficar um ou dois dias sem evacuar, mude sua alimentação imediatamente. Se o problema não se resolver em um ou dois dias, ligue para o pediatra. Se o problema persistir, seu filho pode relutar em usar o banheiro.

Tome as medidas necessárias para tirar a mamadeira do seu filho, se ainda não tiver tirado. Nessa idade, a mamadeira pode causar danos aos dentes ou levar a criança a tomar leite ou suco demais, dificultando o aprendizado de hábitos alimentares adequados em casa ou na escola.

Não use alimentos como recompensa para o bom comportamento. Estudos mostram que este padrão acaba ocasionando a redução da quantidade de comida ingerida e longas batalhas. Recorra a outros métodos de recompensa, como os adesivos que as crianças dessa idade simplesmente adoram.

É uma boa idéia evitar alimentos como bala, chiclete, amendoim e nozes, que podem se alojar na traquéia da criança, sufocando-a.

Televisão não combina com refeição. Comer na frente dela faz com que seu filho desenvolva hábitos alimentares errados, além de prejudicar a interação familiar. A criança acaba sendo influenciada por comerciais que estimulam hábitos alimentares pouco saudáveis.

Tenha sempre em casa pão, biscoito salgado e macarrão. Eles podem funcionar como último recurso.

Dicas para as refeições Prepare minipizzas com seu filho! Coloque vegetais, carnes nutritivas ou até sobras do dia anterior por baixo do queijo derretido. Pegue uma fatia de pão, coloque os vegetais picados ou amassados, frango desfiado ou um ovo cozido cortado em pedacinhos. Coloque molho de tomate por cima e, por fim, queijo. Seu filho vai adorar essa pizza, principalmente se ajudar a prepará-la.

Use fôrmas de fazer biscoito para preparar sanduíches originais! Recheie-os com doce de leite, cream cheese, geléia, pasta de atum, carne ou ovo cozido. Deixe que seu filho corte o sanduíche na forma desejada; a diversão será ainda maior!

http://www.pampers.com.br/pt_BR/parenting-articles/por-que-a-crianca-pequena-nao-quer-comer-e-o-que-voce-pode-fazer/1481[/justify]

Machucado em bebê

UM GUIA COMPLETO PARA SABER O QUE FAZER PARA QUE UM SIMPLES RALADINHO NÃO VIRE DOR DE CABEÇA PARA A CRIANÇA NEM PRA VOCÊ

Criança vive caindo, ralando o joelho, batendo a boquinha e assim por diante. Por mais que tomamos cuidados, acontece mesmo. É normal e faz parte da infância, principalmente na fase em que os pequenos começam a engatinhar ou começar a andar. Deixe seu filho explorar o mundo, mas fique atenta à coleção de machucados que seu pequeno explorador pode acabar ganhando. Alguns passam rápido, mas outros precisam de cuidados especiais. Como diferenciar cada um deles e como agir quando seu bebê se machucar? Nós preparamos algumas dicas pra te ajudar.

1. Lave com água e sabão: é o essencial em qualquer machucado, lavar o mais rápido possível com água e sabonete. Se tiver, pode até passar um soro fisiológico. Mas o fundamental mesmo é a água e o sabão.

2. Estanque o sangue. Se estiver sangrando muito, é preciso fazer pressão com uma gaze ou com um paninho limpo, apertando com força até estancar o sangue e lavando com bastante água. Se o sangramento for muito grande, ligue para o médico e leve ao pronto socorro.

3. Não passe açúcar, sal, nenhum tipo de pó, maizena ou outras coisas inadequadas no machucado. O ideal é só lavar bem e, se preciso, levar ao médico.

4. Faça um curativo. Depois de estancar o sangue e limpar a ferida, faça um curativo com gaze e esparadrapo. O algodão não é bom porque pode deixar fiapinhos.

5. Cuide do curativo. É preciso também trocar o curativo com frequência, quando ele estiver úmido, molhado ou com sangue. Deve-se lavar bem a ferida a cada troca de curativo.

6. Proteja a ferida. Tenha cuidado para que a criança não entre em contato com animais domésticos, tanquinho de areia, não tome sol na região da ferida e não arranque a casquinha do machucado.

7. Em caso de queimadura: lave com água e sabão, dê bastante água para a criança e leve ao médico. Nada de passar pasta de dente ou outras substâncias inadequadas. Se fizer bolha, não fure a bolha!

8. Quando o bebê se suja: Em caso de a criança se machucar em contato direto com o chão, terra ou areia, lave bem e leve direto ao médico. O ideal nesses casos é já tomar um antibiótico, para não correr o risco de infeccionar. Seguro morreu de velho...

9. Automedicação, nem pensar. Se estiver cuidando sozinha do machucado, nunca medique a criança sem prescrição. No máximo passe um anti-séptico a cada troca de curativo.

10. Em picadas de inseto. O sinal de que a picada infeccionou é quando fica vermelho por baixo e com uma crosta amarela em cima, tipo uma bolinha de pus. Tem que lavar com água e sabão e levar no pediatra para tomar ou passar um antibiótico, caso ele avalie que seja necessário.

CONSULTORIA: DRA DANIELA GRAFF, FILHA DE JACQUELINE E RUGGERO GRAFF, É ESPECIALISTA EM DERMATOLOGIA INFANTIL

Fonte: http://revistapaisefilhos.terra.com.br/

Quando a criança não desgruda da mãe

por Leslie Pepper / Tradução de Mariana Setubal, filha de Paulo e Cidinha

CONTAMOS O QUE O SEU AGARRADINHO GOSTARIA QUE VOCÊ ENTENDESSE SOBRE A TAL DA ANSIEDADE DA SEPARAÇÃO


O apego é uma parte normal do crescimento: tornar-se independente pode ser muito assustador para a criança. “Nessa idade, seu pequeno tem a capacidade física para se afastar de você, mas, emocionalmente, ainda não está pronto”, diz Alexandra Barzvi, psicóloga infantil e professora-assistente clínica do New York University Langone Medical Center, em Nova York.. Grudar em você é a alternativa quando ele se vê correndo o risco de ir longe demais em um mundo estranho. Aprenda a lidar com essas situações tão comuns de apego.


No meio da multidão

O PROBLEMA. Seja numa festinha de aniversário ou numa aglomeração qualquer de crianças, essas multidões podem ser demais para uma criança de 1 ano.

COMO AJUDAR. Converse com seu filho antes de sair. Se ele souber o que esperar e tiver uma expectativa positiva, vai se sentir mais confiante. Deixe seu filho seguir o próprio ritmo. Se ele continua agarrado em você depois de chegar à festinha, você pode encorajá-lo, dizendo: “Olha lá! O Lucca está brincando com os blocos. Vamos lá também?” Mas não force nada: sente-se e comece a construir a sua torre sozinha; logo logo ele vai entrar na brincadeira.

Na escolinha

O PROBLEMA. Até agora, vale a regra “o que os olhos não veem o coração não sente”. Mas, perto do primeiro aniversário do bebê, ele já sabe que você existe mesmo que não esteja por perto. O problema é que ele ainda não entende o conceito de tempo. Então, quando você diz que vai sair, ele pode achar que nunca mais vai voltar.

COMO AJUDAR. Peça que sua babá chegue mais cedo ou visite a escolinha antes para que vocês possam passar o tempo juntos, ajudando na adaptação da criança. Resista à tentação de sair de casa “escondido”, quando seu filho não estiver prestando atenção, porque ele só vai ficar mais agarrado em você no futuro, com medo que você fuja. Em vez disso, brinque com ele por alguns minutos e, então, devagar, levante-se e dê lugar à babá. Diga um tchau bem rápido e feliz e saia. Não demore – isso vai denunciar que você está tão nervosa quanto ele. Uma vez que você deu ‘tchau’, não volte. Se você ceder a um ataque de choro, seu filho vai aprender que pode trazê-la de volta fazendo escândalo. Aí, já viu...

O novo irmãozinho

O PROBLEMA. Crianças podem se sentir ameaçadas se seu status na família mudar. Isso significa que podem voltar a se comportar como bebezinhos, chorando para serem pegos no colo.

COMO AJUDAR. Permaneça calma e paciente. Seu filho vai precisar de tempo e ajuda para fazer essa transição. Tente dar o máximo de atenção a ele, mesmo que seja apenas para jogar um jogo juntos enquanto o bebê está dormindo. Outra maneira de aliviar a ansiedade do pequeno é deixando-o ajudar nos cuidados com o bebê. Assim, ele vai sentir que continua sendo importante na família. E não se esqueça de elogiá-lo.

Fonte: http://www.revistapaisefilhos.com.br/htdocs/index.php?id_pg=111&id_txt=3044

Crianças que apanham dos pais são adultos mais bem-sucedidos, diz estudo

A repreensão física se torna cada vez mais uma prática condenada e mais incomum, mas um novo estudo realizado nos Estados Unidos afirma que crianças que apanham dos pais como parte da educação têm melhores notas e são mais otimistas. Além disso, estas crianças, que receberam repreensão física dos pais antes dos seis anos, têm maiores chances de fazer trabalhos voluntários e mais vontade de ter um curso de graduação.

Apesar dos resultados mostrados pela pesquisa, grupos de direitos humanos argumentam que esta é uma forma antiquada de educação, que pode levar a danos e problemas mentais nas crianças. Marjorie Gunnoe, que realizou a pesquisa, afirma que o estudo mostra que não há provas suficientes para impedir que os pais escolham como devem punir os filhos quando fazer algo errado. “Eu acho que bater nos filhos é uma ferramenta perigosa, mas às vezes existem problemas grandes o bastante para esta ferramenta”, afirma a pesquisadora. “Só não se pode usá-la para todos os problemas”, esclarece Gunnoe.

As 11 mães mais singulares do mundo

A pesquisa foi realizada com 179 adolescentes, que responderam a um questionário sobre a freqüência com que apanhavam dos pais e com que idade tinham recebido a repreensão física pela ultima vez. Depois, os resultados foram comparados com outros questionários, que falavam sobre efeitos negativos – comportamento anti-social, atividade sexual precoce, violência e depressão – e positivos – sucesso acadêmico e ambições de vida.

Os adolescentes que levaram palmadas até os seus anos afirmaram ter melhores performances em quase todas as categorias positivas e não mostraram resultados piores nas negativas do que aqueles que não apanhavam. As crianças que apanharam dos sete aos 11 anos também mostraram melhores resultados acadêmicos, embora também tivessem mais problemas, como envolvimento em brigas. Os participantes que afirmaram ainda apanhar dos pais tiveram resultados piores em todas as categorias

A pesquisa trouxe à tona a ira de organizações que defendem o fim das punições físicas. Nos Estados Unidos, a Sociedade Nacional de Prevenção à Crueldade afirmou, em declaração oficial, que crianças devem ter proteção legal a agressões, como os adultos. “Outras pesquisas mostram que bater nos filhos afeta o comportamento e desenvolvimento mental das crianças, e aumenta as chances de elas se tornarem anti-sociais”, afirma a organização.

Entretanto, organizações de pais, como a Parents Outloud, defendem leves palmadas como uma ferramenta de educação válida. Margaret Morrissey, porta-voz da organização, afirma que é muito difícil explicar para uma criança pequena que algo que ela fez é errado. “Um leve tapinha muitas vezes é o meio mais eficiente de ensinar a elas que não devem fazer algo que é perigoso ou danoso a outras pessoas”, diz.

São os filhos que educam os pai

Entretanto, mesmo a organização que defende uma leve repreensão física concorda que qualquer violência mais pesada deve ser combatida: “Qualquer coisa a mais que um leve tapa é errado, mas os pais devem ter a liberdade de disciplinar seus filhos sem medo”, afirma Morrissey. Aric Singman, autor do livro “The Spoilt Generation” (“A geração mimada”, sem edição em português), defende que uma maior autoridade por parte dos pais ajudaria na disciplina das crianças. “Se a repreensão for feita por um pai que tem um afeto normal e sensível, a sociedade não deveria julgar isso”, afirma o escritor. “Devemos confiar que os pais sabem a diferença entre uma repreensão física e um soco, por exemplo”. [Telegraph]

Quer filhos perseverantes? Então dê autonomia a eles!

Pais que querem que seus filhos sejam tenazes e gostem de música, esporte, artes ou até mesmo da escola não devem pressioná-los para fazerem nenhuma destas coisas.

Permitindo que as crianças explorem atividades por si mesmas os pais não apenas fazem com que elas encontrem do que gostam mais, mas também as impedem de se tornarem obsessivas. De acordo com Psicólogos a paixão por alguma coisa não pode ser forçada, apenas descoberta.


O estudo se baseou no que especialistas chamam de autonomia – ou seja, fazer algo por seus próprios valores e crenças e não pelos dos outros. Pais controladores fazem com que seus filhos não tenham autonomia e forçam eles a fazer atividades das quais não gostam.

Então quando a criança vai tocar piano não sente paixão pela música e sim um senso de obrigação e medo de desapontar seus pais ou de ser pior do que as outras crianças.

Para conectar a autonomia ao sucesso nas atividades, os pesquisadores analisaram artistas e atletas de diferentes níveis, com idades entre 6 e 38 anos.

Eles perceberam que crianças que aprenderam a tocar instrumentos progrediram melhor quando seus pais não interferiam no processo, deixando-os mais livres. A maioria das outras crianças não progrediu, desistindo ou tendo menos sucesso. Também notaram que aquelas que tocavam o instrumento bem, mas eram obrigadas, estavam se tornando obsessivas, o que não é saudável.

A diferença entre uma paixão saudável e uma obsessão é que as crianças não devem definir suas vidas pelo esporte que praticam, por exemplo, e sim encarar a prática como uma diversão.


Isso não quer dizer que os pais devem deixar os filhos fazer o que quiserem. Eles devem ter limites e devem ser estimulados, mas isso não significa impor a eles o que fazer. [Live Science]

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Padrão Escola - Primeira Vez

Quando uma criança "vai para a escola" pela primeira vez, os pais devem ter em atenção algumas questões que podem tornar mais agradável e "normal" esse momento.

Atenções a ter:

-Garantir que as autonomias mais importantes estão adquiridas:
vestir-se, calçar-se, arrumar as suas coisas, tomar conta do que é seu, comer sozinho, deslocar-se, saber regras básicas de segurança, etc.

-Explicar que ir para a escola é normal e significa que se cresceu e que já se é "grande". Falar dos casos de todos os outros meninos, que também vão aprender, brincar e fazer amigos novos.

-Ir para a escola não é um castigo, é uma "promoção", um momento importante que se atingiu.

-Leve a criança a conhecer a escola antes do início das aulas.Se bem que muitas vezes haja "dias de apresentação", ver a escola calmamente com os pais pode transmitir segurança.


-Faça as compras de tudo o que é necessário com a criança. Deixe-a escolher e estimule o bom senso. A mochila, por exemplo deve ser do tamanho das costa da criança e, se tiver rodinhas, ainda melhor. O material de trabalho deve ser o adequado (e o solicitado), sem desprezar a qualidade, mas sem "luxos" inúteis que depois constrangerão a criança face aos colegas.

-Não falhe os horários, nem de entrada, nem de saída. A pontualidade deve ser estimulada, e vale também para o momento em que se vai buscar a criança.

-Não facilite com as faltas: a assiduidade também dá importância à nova etapa que se iniciou.

-Pergunte como correu o dia e o que fez a criança e os amigos, mas fale também do seu dia. Troque informações e experiências, conte os seus "casos do dia". Converse.

-Aceite a tristeza e a inadaptação dos primeiros dias. Chorar é normal, mas não ceda e mantenha as rotinas como previsto.

-Acompanhe os trabalhos da aula e os trabalhos de casa. Não os faça em vez da criança, mas apoie-a. Faça desse momento um espaço de interacção e partilha.


A escola também deve receber e deixar a criança à vontade, fazendo do primeiro dia de aula um dia de alegria, mostrando que ali é um lugar agradável, interessante e estimulante.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Quando as crianças fazem muitas perguntas, dê muitas respostas

Muitos pais já devem ter ficado à beira da loucura com as crianças perguntando o porquê de tudo. Entretanto, pesquisadores comprovaram que responder adequadamente às perguntas é importante para o desenvolvimento das crianças, em vez de simplesmente responder “porque sim”.

Os pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, realizaram dois estudos com crianças de dois a cinco anos, analisando suas perguntas de “como” e “por quê”, assim como os pedidos por explicações. O estudo também observou as reações das crianças conforme as respostas dadas pelos adultos.

No primeiro estudo, os pesquisadores analisaram as transcrições das conversas diárias de seis crianças de dois a quatro anos com seus pais, irmãos e visitas à sua casa. No segundo, eles observaram as conversas de 42 crianças de três a cinco anos usando brinquedos, livros e vídeos para encorajá-las a fazer perguntas.

Observando às reações das crianças às respostas que recebiam para suas perguntas, os pesquisadores descobriram que elas ficam mais satisfeitas quando recebem uma resposta bem explicativa do que quando não recebem uma resposta. Nos dois estudos, quando as crianças recebiam uma resposta, ela pareciam satisfeitas – concordavam ou faziam uma nova pergunta, sem questionar. Porém, quando recebiam respostas ruins, pareciam pouco satisfeitas, e continuavam repetindo a mesma questão até recebeu uma explicação melhor.

“Observar as trocas das conversas, em especial as reações das crianças aos diferentes tipos de informação que recebem dos adultos em troca das suas questões, confirma que as crianças pequenas são motivadas a procurar explicações”, afirmam os pesquisadores. “Elas usam estratégias específicas para obter as informações: quando perguntam as perguntas de ‘por quê’, elas não estão tentando prolongar a conversa, estão apenas tentando compreender as coisas a fundo”, explicam.

Como a pesquisa foi realizada com um número pequeno de crianças, os resultados não podem ser generalizados, mas sugerem que, a partir dos dois anos, as crianças começam a contribuir ativamente com o processo de aprendizado sobre o mundo ao seu redor – e é papel dos pais ajudar neste desenvolvimento.

Estudo confirma ligação entre plástico e problemas cardíacos

De acordo com cientistas a exposição constante a um componente químico presente em plásticos pode causar doenças cardíacas. A substância, chamada bisfenol A, quando detectada na urina de pacientes, sempre estava conectada a problemas no coração.

Para os especialistas, o bisfenol também pode ter um papel importantes em doenças do fígado e na diabetes.


A substância é normalmente usada para endurecer canos de plástico, garrafas pet de bebidas e outras embalagens de alimentos. Os cientistas agora se preocupam em abolir seu uso em embalagens de alimentos e bebidas, e a U.S. Food and Drug Administration (FDA), o órgão americano que controla a qualidade de remédios e alimentos, já começou a alertar contra o uso deste tipo de plástico em alimentos de crianças. No Canadá o governo já está para lançar uma lei que proíba o uso do bisfenol em mamadeiras.

Os especialistas estimam que o bisfenol pode ser encontrado no corpo de 90% da população da Europa e dos Estados Unidos. Atualmente são produzidas 2,2 toneladas da substância por ano.

Por que bebês só começam a caminhar com um ano de idade?

Uma pergunta que sempre foi inquietante para cientistas é por que bebês humanos demoram um ano para começar a dar os primeiros passos, enquanto outros animais ficam em pé quase imediatamente após o nascimento. Pesquisadores acreditavam que isso acontecia porque o desenvolvimento motor do corpo humano é diferente porque nosso cérebro é mais complexo e porque é mais difícil andar sobre duas pernas.

Entretanto, uma nova pesquisa realizada na Universidade de Lund, na Suécia, descobriu que os humanos começam a caminhar praticamente no mesmo estágio de desenvolvimento cerebral de outros mamíferos, desde roedores até elefantes.

Para realizar a descoberta, os pesquisadores Martin Garwicz e Maria Christensson utilizaram um método pouco convencional, considerando o momento da concepção e não o do nascimento como ponto inicial do desenvolvimento motor para a comparação entre vários mamíferos. Isto revelou uma enorme similaridade entre diferentes espécies: “Humanos têm muito mais células cerebrais e cérebros maiores que outras espécies de mamíferos terrestres, mas quanto ao caminhar, o desenvolvimento cerebral é muito parecido com o de outros animais”, explica Martin Garwicz.

De acordo com os pesquisadores, o estudo lança uma luz sobre a crença de que o desenvolvimento humano é único e diferente do de outras espécies. “Nossa pesquisa contradiz esta suposição e lança novas ideias sobre teorias evolucionárias e da biologia”, afirma Garwicz. ”Nossas descobertas se encaixam bem com as similaridades encontradas nos genomas de diferentes animais”, diz o pesquisador. “Embora o produto final ‘humano’ ou ‘rato’ sejam muito diferentes, a pesquisa sugere que os princípios e blocos de construção do desenvolvimento corporal são quase iguais”, explica.

Os pesquisadores da universidade de Lund compararam 24 espécies de mamíferos, que representam a maior parte dos mamíferos terrestres. Alguns, como os grandes primatas, têm grandes semelhanças genéticas com os humanos, enquanto outros, como os roedores e elefantes, divergiram do caminho evolucionário dos humanos há cerca de 100 milhões de anos.

Apesar desta enorme diferença evolucionária e independente da diferença de tamanho dos cérebros e corpos das espécies analisadas, a comparação mostra que os filhotes de todas as espécies começam a caminhar no mesmo ponto relativo do desenvolvimento cerebral.