quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Assaduras por Fraldas




As assaduras por fraldas são quaisquer assaduras da pele coberta por fraldas e acomete praticamente todas as crianças. As bactérias das fezes junto com certas substâncias químicas presentes na urina causam irritação na pele. A diarréia também causa assaduras na maioria das crianças. Se a assadura não melhorar, é possível que seu filho tenha uma infecção por leveduras. A área apresentará uma cor avermelhada brilhante, com descamação, cobrindo uma área extensa e rodeada de pontos vermelhos.

Que cuidados devem ser tomados?

Troque as fraldas com freqüência.


Mantenha a área limpa e seca. O contato com as fezes é a causa do dano cutâneo na maioria das vezes.

Deixe seu bebê sem fraldas sempre que possível.

Areje diariamente o bumbum do seu filho sempre que possível. Quando colocar a fralda, deixe folgada de modo que o ar possa circular.

Lave a pele com água morna.

Não use sabão para lavar a pele de seu filho.

Use cremes e pomadas.

A maioria dos bebês não precisa de nenhum creme a menos que a pele esteja seca e rachada. Da mesma forma, as pomadas são necessárias somente quando o bebê tiver diarréia.

Lave as fraldas com cloro.

Se utilizar fraldas de pano, use alvejante para lavá-las. Se for usar máquina de lavar use também qualquer detergente. Depois lave novamente com água morna com um copo de alvejante.

Procure ajuda médica imediatamente se:

- A assadura parecer infectada (espinhas, bolhas, furúnculos, irritação)
- Seu filho parecer muito doente.
- As assaduras não melhorarem consideravelmente após três dias.
- As assaduras por fraldas estiverem avermelhadas ou descamando.
- Tiver outras perguntas e preocupações.

Anemia na Criança

"Anemia é a diminuição dos glóbulos vermelhos do sangue abaixo do nível considerado normal. Os glóbulos vermelhos são responsáveis por transportar o oxigênio no sangue. A anemia leve geralmente não provoca sintomas. Quando ocorre uma anemia leve, a pessoa tem problemas para transportar oxigênio, mas o organismo tem mecanismos compensatórios que minimizam esses efeitos. À medida que a anemia se agrava, o organismo não consegue mais compensar a falta de glóbulos vermelhos e aparecem sinais como palidez principalmente na pele e nas mucosas. Dependendo da gravidade, a pessoa pode apresentar ainda fraqueza, batimentos cardíacos acelerados, falta de ar na realização de exercícios, entre outros sintomas. A anemia pode trazer ainda problemas mais sérios como deficiências no desenvolvimento mental e motor da criança".

Causas

Existem vários fatores que causam a anemia, alguns deles são: deficiência na produção de glóbulos vermelhos, deficiência de ferro, doenças crônicas, doenças renais, leucemia, perdas de sangue, osteoporose, doenças hereditárias (ex: talassemia e a anemia falciforme), doenças parasitárias (ex: esquistossomose e malária) e deficiência de vitamina B12. Alguns medicamentos também podem levar a destruição dos glóbulos vermelhos, como por exemplo, as drogas anticancerígenas.

Anemia em Crianças

Em crianças, a principal causa de anemia é a carência de ferro. O ferro é utilizado pelo organismo para produzir os glóbulos vermelhos. Calcula-se que a deficiência de ferro seja responsável por cerca de 90% das anemias em crianças e adolescentes.

A falta desse mineral pode ocorrer em várias situações como, por exemplo, na dieta pobre em ferro ou quando ocorrem grandes perdas de sangue. A perda de sangue ocorre em grandes ferimentos, na menstruação abundante, ou ainda naquelas pessoas com problemas intestinais como, por exemplo, uma úlcera. Mas em crianças, a principal responsável pela anemia é a alimentação deficiente.

O organismo de um recém-nascido tem apenas, 0.5g de ferro, enquanto que o adulto tem 5g. Assim, a criança precisa ingerir muito mais ferro, principalmente nos primeiros 15 anos de vida, para compensar essa diferença e para atender às necessidades do crescimento. No entanto, nem todo o ferro ingerido pela criança é aproveitado pelo organismo. Por isso calcula-se que a criança deve ingerir cerca de 8 a 10 mg de ferro por dia.

Apesar da grande necessidade infantil de ferro, geralmente a alimentação da criança é pobre em alimentos que contém esse mineral. Fica difícil se obter só pela alimentação a quantidade de ferro suficiente para prevenir a anemia.

Por isso, a alimentação infantil deve conter cereais ou fórmulas enriquecidas com ferro. As crianças que se alimentam exclusivamente de leite materno devem receber suplementos aos quatro meses de idade.

Os pais devem se preocupar em fornecer a criança alimentos ricos em ferro, que pode ser encontrado em alimentos como carne de vaca, frango e peixe, gema do ovo e em outros alimentos não animais como feijão, soja, lentilha, ervilha, espinafre, brócolis, couve e verduras com folhagem mais escuras.

A absorção de ferro é aumentada pela ingestão de alimentos que contenham acido ascórbico ou acido cítrico, encontrados nas frutas cítricas. Alguns tipos de chá inibem a absorção de ferro. O leite de vaca, quando consumido em excesso também pode dificultar a absorção do ferro. Em contrapartida, o leite materno favorece essa absorção.

Adolescentes também estão sujeitos a deficiências de ferro devido a deficiências na alimentação, ao crescimento acelerado que ocorre nessa fase, ou pela perda no sangue menstrual.

Fabricação de Alimentos Enriquecidos com Ferro

A carência de ferro é um dos maiores problemas nutricionais do Brasil e no mundo. Com o objetivo de contribuir para o combate à carência de ferro, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura e Abastecimento, está promovendo um estudo sobre a melhor forma de enriquecer alimentos com ferro e dessa forma, combater a anemia em crianças em idade pré-escolar. O estudo envolve aproximadamente 330 crianças de creches da região Oeste do Rio de Janeiro. Essas crianças irão receber pães, biscoitos e macarrão enriquecidos com ferro, durante seis meses.

O estudo começou nos dias 17 e 18 de julho de 2001. As crianças foram pesadas e medidas. Uma amostra de sangue foi colhida através de punção digital, para saber a dosagem de hemoglobina de cada uma. O mesmo procedimento será realizado seis meses depois, na época da conclusão do estudo.

A Embrapa também vai produzir estes alimentos enriquecidos com ferro. O macarrão e o biscoito serão fabricados em parceria com outras empresas. Participarão do projeto, a Fiocruz, a Fundação Xuxa Meneghel e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) do Rio de Janeiro.

Sinais da Anemia

Para saber se a criança está com anemia, alguns sinais devem ser observados. A palidez é a indicação mais importante de anemia. Pode ocorrer também descamação da pele e desejo de comer substâncias estranhas como terra. Além disso, pode-se observar fraqueza, cansaço, sonolência, tontura, dificuldade para respirar, aceleração dos batimentos cardíacos. Quando a anemia é mais grave, pode ocorrer também irritabilidade e anorexia (falta de apetite).

A deficiência de ferro também causa efeitos neurológicos e intelectuais. Alguns estudos indicam que mesmo que a pessoa não tenha anemia, mas tenha uma alimentação insuficiente de ferro, ela poderá ter problemas de atenção, alerta e até mesmo de aprendizado.

Quando Deve ser Pesquisada a Anemia

É importante identificar a anemia o mais cedo possível, pois ela pode trazer vários problemas tanto no comportamento como no desenvolvimento da criança.

Para confirmar a presença de anemia, é necessária a realização de um exame de sangue onde são contadas as células sanguíneas e a quantidade de hemoglobina dessas células.A hemoglobina é uma substância que indica a quantidade de ferro presente no organismo. O tipo de anemia será pesquisado por outros exames de sangue específicos.

Por ser um problema tão comum, a associação americana de pediatria, recomenda que sejam feitos exames para detectar a anemia em crianças entre 9 e 12 meses de idade. Ela recomenda ainda que seja feito um teste adicional nas idades de um ano e cinco anos para pacientes com risco de apresentarem anemia. Essa pesquisa se torna ainda mais importante em populações com altas taxas de anemia, como nos paises subdesenvolvidos.

Amamentar Só Traz Vantagens


"Amamentar traz inúmeras vantagens, tanto para a mãe, quanto para o bebê. Diversas pesquisas científicas, ao redor do planeta, vem comprovando que o aleitamento materno está relacionado à prevenção de uma série de doenças, como o câncer de mama para a mãe e à obesidade para o bebê."

Ninguém duvida, hoje em dia, que a amamentação traz incontáveis benefícios, tanto para a mãe quanto para o filho - e vai-se ainda mais longe: amamentar também beneficia toda a família e até mesmo o planeta. Como esta primeira semana de agosto é dedicada ao aleitamento materno, cabe nos aprofundarmos no tema aleitamento. Vejamos, portanto, as principais vantagens de amamentar, segundo a Dra. Felicity Savage King.

Aleitamento Materno Exclusivo:

De acordo com esta médica, é indiscutível que a amamentação é essencial para o bom desenvolvimento físico e psíquico do bebê. Com um ano de idade já é possível observar significantes vantagens psicomotoras e sociais nos bebês que são amamentados no peito.

Do ponto de vista nutricional, o leite materno contém todos os ingredientes de que a criança precisa nos primeiros seis meses de vida, sendo dispensável qualquer outro alimento. Um bebê de até seis meses não precisa sequer beber água, pois o leite materno já contém água suficiente para mantê-lo hidratado. Contém ainda proteína, vitaminas, ferro, sais, cálcio, fósforo e gordura nas medidas certas, assim como possui uma enzima especial, chamada lípase, que ajuda o bebê a digerir as gorduras.

O leite materno também contém endorfina, uma substância química que ajuda a suprimir a dor. Principalmente, o leite materno possui os anticorpos necessários para que a criança se defenda das muitas doenças que podem atacá-la em seus primeiros meses de vida. Os bebês que amamamentam no seio também estão menos sujeitos às infecções, porque o leite materno é estéril, isento de bactérias e contém fatores anti-infecciosos, tais como leucócitos, imunoglobinas, lactoferrina, fator bífido, entre outros. Estes ingredientes, na medida para o ser humano, só podem ser encontrados no leite materno - o leite de vaca, como dizem os especialistas, é bom para o bezerro.

Frente às mamadeiras, o aleitamento materno é ainda mais evidentemente vantajoso. De acordo com uma série de pesquisas, crianças amamentadas no seio correm menos risco de se tornar obesas, de contrair cáries, de desenvolver alergias, e de ter problemas de fala (o ato de sugar ajuda no desenvolvimento das mandíbulas).

Além de todas estas vantagens, crianças amamentadas desenvolvem um vínculo mais forte com suas mães, sentem-se menos rejeitadas, são mais seguras e... até mais inteligentes, pelo menos segundo comprova um estudo realizado na Nova Zelândia. Eles acompanharam 1.000 crianças durante 18 anos e aquelas que foram amamentadas com leite materno, no peito, provaram-se mais inteligentes e com mais sucesso na escola e na universidade.

Alguns estudos comprovam até que as crianças que foram alimentadas artificialmente estão mais predispostas a desenvolver certos linfomas (Davis MK, Savitz DA, Graubard BI. "Infant feeding and childhood cancer." Lancet. 1988;2:365-368 e Shu X-O, Clemens H, Zheng W, et al. "Infant breastfeeding and the risk of childhood lymphoma and leukaemia". Int J Epidemiol.1995;24:27-32) e também estão mais propensas a tornarem-se diabéticas do tipo I, ou seja uma diabete juvenil, insulina-dependente (Virtanen et al: "Diet, Cow's milk protein antibodies and the risk of IDDM in Finnish children." Childhood Diabetes in Finland Study Group. Diabetologia, Apr 1994, 37(4):381-7).

Dados preliminares da Universidade de North Carolina/Duke University indicam que crianças amamentadas tiveram menos risco de contrair artrite juvenil. Outras doenças, como a esclerose múltipla (Dick, G. "The Etiology of Multiple Sclerosis." Proc Roy Soc Med - 1989;69;611-5), e os problemas de visão (o leite materno é a única fonte de vitamina A nos primeiros dois anos de vida de um bebê) também foram comprovadamente menos incidentes entre os bebês que mamaram no peito.

Em especial, os bebês prematuros se beneficiam da amamentação, pois o leite materno produzido pelas mães que tiveram bebês prematuros é diferente do leite de mulheres que cumpriram toda a sua gestação. Durante todo o primeiro mês, ele é muito mais forte, similar ao colostro (o leite das primeiras mamadas, mais escuro e forte).

As mães também se beneficiam

Não só os bebês são cobertos de benefícios com o aleitamento materno. As mães também podem ver uma série de vantagens em amamentar: perda de peso mais rápido, menos chance de hemorragia no pós-parto, menor risco de contrair câncer de mama, menor probabilidade de ficar anêmica, menos probabilidade de contrair osteoporose na velhice, entre outras.

No que diz respeito ao câncer de mama, por exemplo, pesquisas demonstraram que as mulheres que não amamentaram ou o fizeram por menos de três meses tiveram 11% menos câncer de mama na pré-menopausa. Entre as que amamentam por mais de dois anos, a chance de contrair câncer de mama cai em 25%. Isso também vale para as mulheres que foram amamentadas quando crianças: estas correm um risco 25% mais baixo de desenvolver câncer de mama do que aquelas que foram amamentadas com mamadeira. Não amamentar também aumenta o risco de desenvolver câncer de ovário e câncer endometrial. (Rosenblatt KA, Thomas DB, "WHO Collaborative Study of Neoplasia and Steroid Contraceptives". Int J Epidemiol. 1993;22:192-197 e Schneider, A.P. "Risk Factor for Ovarian Cancer". New England Journal of Medicine, 1987).

Sobre a osteoporose, o risco das mulheres que amamentaram de a contraírem na velhice é quatro vezes menor. (Blaauw, R. et al. "Risk factors for development of osteoporosis in a South African population." SAMJ 1994; 84:328-32;).

Para completar, enquanto estão amamentando, as mulheres correm menos risco de engravidar. No entanto, é bom que fique claro que amamentar não é um método contraceptivo seguro e segue sendo importante contar com um médico que indique uma forma de contracepção suplementar.

Vantagens para a família

Amamentar também é vantajoso para a família inteira. Afinal, um bebê que mama no peito é mais econômico, adoece menos, chora menos e torna a vida de toda a família mais tranqüila.

Além disso, amamentar é considerado um ato ecológico: evita o uso de uma série de produtos embalados com alumínio, plástico e outros materiais que não são biodegradáveis, como latas de leite em pó, mamadeiras, bicos, entre outros.

Depoimento

Estes dados, aparentemente científicos, foram comprovados na prática pela cabeleireira Maria Nilda Alves de Souza, 36 anos, que amamentou no peito o filho de sete anos por dois anos e meio. Ela afirma: "amamentar é uma experiência maravilhosa, pelo contato que estabelece entre a mãe e o filho. Toda mulher deveria passar por isso", recomenda. Mesmo do ponto de vista estético Maria Nilda não hesita em recomendar a amamentação: "Eu emagreci tão rápido! Em 40 dias estava usando as minhas roupas novamente, vestindo jeans e tudo!", conta. Ela garante que quem pensa que os seios caem depois da amamentação está enganado: "não caem não! E mesmo que caíssem, as vantagens são tão grandes que compensaria!", afirma.

A cabeleireira conta que o seu médico a informou, durante o pré-natal, que quem amamenta tem menos chances de contrair câncer de mama, osteoporose e outras doenças. "Amamentar só tem vantagens", diz. Ela ensina que, durante a gravidez, a mãe deve passar uma bucha no bico do seio quando tomar banho, para ir perdendo a sensibilidade e evitar as rachaduras.

Maria Nilda, mulher de um professor, ficou um ano e nove meses em casa, com o filho, e diz que nem por isso deixou de contribuir para o apertado orçamento familiar: costurou para fora durante este período, e atesta: "Valeu a pena". Seu filho, aos sete anos, é o mais alto da turma e já calça 35/36, além de ter uma excelente arcada dentária, nenhuma cárie e uma saúde de ferro. Ela aconselha: "um cuidado que a mãe precisa ter é de dar os dois peitos na mesma proporção para a criança, porque ela tende a preferir o seio esquerdo, onde ouve melhor o som do coração. Com isso, a mãe pode sair da amamentação com um seio maior do que o outro", alerta.

Amamentação e Dietas Para Emagrecer


A influência das dietas maternas na amamentação e o peso de seus filhos ainda não foi adequadamente estudada. De acordo com este estudo, dietas moderadamente restritas em calorias somadas a atividade física não influenciam no peso do lactente.

O aumento do peso durante a gravidez pode contribuir para a obesidade. A amamentação promove a perda de peso, mas o emagrecimento é muito variável. Por outro lado, o risco de uma dieta restritiva de calorias durante a amamentação não foi avaliado adequadamente.

Para avaliar o efeito da dieta das mães no crescimento dos lactantes, na Carolina do Norte, foram estudadas 40 mulheres que tinham sobrepeso na quarta semana pós parto. Em outro grupo, as mulheres receberam nutrição restritiva de calorias e fizeram 45 minutos de exercícios diários, 4 vezes por semana.

Estas mulheres apresentaram um peso menor (cerca de 4,8 quilos) que as do grupo de referência. O ganho de peso e o crescimento das crianças cujas mães fizeram dieta e exercícios não foi significativamente diferente do grupo de referência.

Segundo este estudo, a perda de peso de aproximadamente 500 gramas por semana, entre a quarta e décima quarta semana pós parto, não afeta o crescimento das crianças.

Fonte:
Departamento de Nutrição, Universidade da Carolina do Norte
Greensborough
New England Journal of Medicine. Fevereiro 17, 2000. Vol 342, Nro 7

Alimentos Funcionais


Introdução

Os alimentos funcionais estão cada vez sendo mais consumidos por que além de fornecerem nutrientes necessários ao organismo possuem propriedades especiais, relacionadas com a promoção da saúde, podendo reduzir os riscos das doenças, principalmente as crônicas, que mais acometem as populações mundiais como o câncer, obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares.

Nos últimos anos a ciência da nutrição tem tomado outro rumo, novas fronteiras se abrem ligando a nutrição e medicina com o surgimento de alimentos funcionais. O termo funcionalidade significa a propriedade do alimento que vai além de fornecer nutrientes. É um conceito até certo ponto novo e que tem variados alcances e uma vasta nomenclatura: nutracêuticos, alimentos de desenho, alimentos para uso médico, alimentos para uso saudável, entre outras.

O consumo desses alimentos vem aumentando bastante, como resultado de uma preocupação individual com a saúde. Porém, alguns alimentos não possuem ação científica comprovada, devido à grande variedade de alimentos existentes e às inúmeras etapas de avaliações necessárias para comprovar seus efeitos.

As doenças crônicas que mais preocupam, principalmente os países desenvolvidos, estão muitas vezes associadas com a dieta: câncer, obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares. No entanto, devido à complexidade dessas citadas inter-relações entre os componentes dos alimentos, traçar uma relação de causa e efeito inequívoca e definitiva é praticamente impossível. Os alimentos funcionais correspondem a aproximadamente 7% do mercado mundial de alimentos. Assim, neste primeiro artigo sobre os alimentos funcionais, procuramos abordar alguns alimentos funcionais que tem sua atividade razoavelmente estudada.

Fibra Alimentar (FA)

FA é a parte comestível de plantas ou carboidratos análogos, que são resistentes à digestão e à absorção no intestino grosso de seres humanos. A FA inclui polissacarídeos, oligossacarídeos, lignina e substâncias associadas de plantas. A FA promove efeitos fisiológicos benéficos, facilita a evacuação, diminui o colesterol sanguíneo e a glicose sanguínea.

Alguns componentes dessas fibras são denominados prebióticos, chegando intactos ao intestino grosso, sem ter sofrido nenhum tipo de degradação ou absorção, e lá são metabolizados seletivamente, por um número limitado de bactérias denominadas benéficas. Estas são assim chamadas, pois alteram a microbiota do cólon, gerando uma microbiota bacteriana saudável, capaz de induzir efeitos fisiológicos importantes para a saúde.

Pesquisas realizadas nos últimos 25 anos demonstraram que os efeitos das fibras, sobre o trato gastrintestinal, têm importantes conseqüências metabólicas que podem resultar em redução do risco de doenças como câncer, diabetes mellitus (tipo 2) e doenças cardiovasculares.

A Fibra Alimentar, também atua das seguintes formas:

  • Reduz os níveis de colesterol plasmático e das lipoproteínas de baixa densidade (LDL – colesterol), sendo que somente as fibras com alta viscosidade apresentam essa característica.
  • Reduzindo a velocidade de esvaziamento gástrico pelo aumento do nível de um hormônio chamado colecistoquinina (CCK), auxiliando numa menor absorção da glicose e das gorduras, pois essa absorção é feita de modo mais lento, sendo associado a um melhor controle glicêmico, em pacientes diabéticos.
  • Melhora as funções do intestino grosso por meio de redução de tempo de trânsito, aumento do peso e freqüência das fezes.
  • Os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), produzidos pela fermentação da FA no intestino, estão associados à manutenção da mucosa do intestino, sendo um fator de proteção contra o câncer de cólon.

As principais fontes de fibras são grãos (aveia, cevada e centeio), Frutas (maçã, limão, laranjas, lima), vegetais, legumes e tubérculos.

Prebióticos e Probióticos

Os prebióticos e os probióticos são atualmente os aditivos alimentares, que compõem os alimentos funcionais, estando geralmente presentes em produtos como iogurtes naturais ou industrializados. Prebióticos são componentes alimentares não digeríveis, que afetam beneficamente o hospedeiro, por estimularem seletivamente a proliferação ou atividade de bactérias habitantes normais do intestino grosso. Adicionalmente, o prebiótico pode inibir a multiplicação de patógenos, garantindo benefícios adicionais à saúde do hospedeiro. Esses prebióticos são fibras como a inulina e o fruto oligossacarídeo, ingeridas na dieta e fermentadas no intestino pela microbiota intestinal. As principais fontes de inulina e oligofrutose, empregadas na indústria de alimentos são a chicória (Cichorium intybus) e a alcachofra de Jerusalém (Helianthus tuberosus).

Os probióticos são microrganismos vivos, administrados em quantidades adequadas, que conferem benefícios à saúde do hospedeiro. A influência benéfica dos probióticos, sobre a microbiota intestinal humana, inclui fatores como efeitos antagônicos, competição e efeitos imunológicos, resultando em um aumento da resistência contra patógenos.

Efeitos atribuídos aos Probióticos e Prebióticos

Os benefícios à saúde conferidos pelos probióticos são: Controle da microbiota intestinal; estabilização da microbiota intestinal após o uso de antibióticos; promoção da resistência gastrintestinal à colonização por patógenos; diminuição da população de patógenos através da produção de ácidos acético e lático, de bacteriocinas e de outros compostos antimicrobianos; promoção da digestão da lactose em indivíduos intolerantes à lactose; estimulação do sistema imune; alívio da constipação; aumento da absorção de minerais e produção de vitaminas. Embora ainda não comprovados, outros efeitos atribuídos a essas culturas são a diminuição do risco de câncer de cólon e de doença cardiovascular.

Alimentação no primeiro ano de vida


A idade para começar com os alimentos sólidos

O melhor momento para começar a usar uma colher será quando seu bebê puder sentar-se com algum apoio e puder mexer a cabeça para participar do processo de alimentação. Este momento geralmente ocorre entre os 4 e os 6 meses de idade. O leite materno e as formulações comerciais satisfazem todas as necessidade nutricionais de seu bebê, até os 4 ou 6 meses de idade. Começar a administrar estes alimentos antes do previsto, só vai tornar a alimentação mais difícil. Estudos demonstraram que na maioria dos casos, os alimentos sólidos atrapalham o sono de seu bebê. A única exceção são alguns bebês que não recebem calorias suficientes ou não estão ganhando peso.

Tipos de alimentos sólidos

1. Cereais

A ordem de adição de novos tipos de alimentos à dieta não é importante. Contudo, apenas um alimento novo deve ser dado de cada vez e não mais de três itens novos por semana.

2. Carne e outras proteínas

Aos 7 ou 8 meses de idade seu bebê deve estar pronto para comer carnes e outras proteínas na forma de sopas ou em purê. Mas se você iniciar a sopinha mais cedo, por volta do quinto mês, o que é permitido, já poderá usar o caldo de cocção da carne, para o preparo da sopinha. Em geral se calcula a quantidade equivalente a um bifinho pequeno. Frango e carne vermelha devem ser alternados dia sim, dia não. Muitas mães acham que o frango é mais saudável, mas seu uso contínuo pode resultar em anemia por falta de ferro.

Outra dica é colocar algo que o bebê já esteja acostumado na ponta da colher, como banana amassada ou outra fruta. Muitos bebês, a principio, rejeitam os alimentos de sal, e esse truque fará com que ele se habitue aos poucos.

Legumes e verduras devem ser acrescentados à sopinha, colocando-se aproximadamente um total de 4 variedades por refeição. Caldinho de feijão, juntamente com a sopinha, também é muito nutritivo e rico em ferro.

3. Alimentos que possivelmente causam alergias

As claras de ovos, o trigo, o chocolate, os peixes podem apresentar maior possibilidade de produzir alergias, mas há controvérsias sobre isso. Evite colocar estes alimentos na dieta de seu bebê até que ele tenha 1 ano de idade, especialmente se ele tiver outras alergias. Vísceras, como fígado de boi ou de galinha, também só devem ser introduzidos na dieta por essa idade.

4. Alimentação com colheres

Comece a usar a colher entre os 4 ou 6 meses de idade. Coloque o alimento no centro da língua. Algumas vezes o bebê empurrará a comida, mas aos poucos você irá acertando a posição ideal.

Algumas crianças seguram a colher enquanto estão se alimentando. É preciso distrair estas crianças com alimentos que se comem com as mãos ou dar-lhes uma colher para brincar. Aos 15 ou 18 meses de idade, a maioria das crianças já pode se alimentar por si mesmas, usando uma colher e não precisam da ajuda dos pais, que devem apenas supervisionar a alimentação.

5. Alimentos para comer com a mão

Os alimentos para comer com as mãos são pequenos, poucos e macios. Eles podem ser oferecidos entre os 9 e 10 meses ou quando a habilidade de raciocínio desenvolver-se.

Alimentos bem macios e fáceis de partir com as gengivas, já que os dentinhos são ainda poucos, são bons para oferecer a essa idade, mas toda a atenção é pouca, já que muitas vezes grandes pedaços podem ser arrancados, levando o bebê a se engasgar. Outro alimento que ajuda muito, principalmente para "coçar" as gengivas, são os alimentos duros, como pão (casca) ou biscoitos duros (tipo papa-ovo)

6. Lanche

Uma vez que seu bebê comece a fazer 3 refeições ao dia, ou a comer em intervalos de 5 horas, talvez você precise de pequenas merendas entre as refeições. As maioria das crianças inicia este padrão entre os 6 e 9 meses de idade. O lanche do meio da manhã e do meio da tarde deverá ser nutritivo e sem leite. Recomendam-se frutas e cereais secos.

7. Alimentos de Mesa

Seu filho deverá comer os mesmos alimentos que você come, quando ele tiver aproximadamente 1 ano de idade. Isto pressupõe que sua dieta seja balanceada e que você corte cuidadosamente qualquer alimento difícil de mastigar. Evite os alimentos com os quais a criança possa engasgar-se como cenouras cruas, doces, chocolate, nozes e pipocas.

8. Alimentos ricos em ferro

No curso de nossas vidas precisamos de ferro na nossa dieta, para evitar a anemia. Certos alimentos são boas fontes de ferro. As carnes vermelhas, os peixes e as aves são as principais fontes. Algumas crianças só comem carnes brancas e com baixo teor de gordura. Com dito acima, essas carnes não devem ser dadas diariamente; O ferro também pode ser encontrado em cereais enriquecidos, nos feijões de todos os tipos, gemas de ovos, chocolate, passas, suco de ameixa seca, pêras e espinafre.

9. Vitaminas

As vitaminas adicionais não são necessárias, depois que seu filho completar 1 ano de idade e estiver comendo uma dieta balanceada. Só são importantes nos primeiros meses, para suprir alguma deficiência alimentar, já que a totalidade das vitaminas não está presente. Por exemplo, sucos, como o de laranja, ao qual você pode acrescentar outras frutas aos poucos, na quantidade diária de cerca de 200 ml, supre as necessidades de vitamina C das crianças. Vitaminas e suplemento de ferro só devem ser dados se o pediatra receitar. É muito mais saudável receber as vitaminas de forma natural que medicamentosa.

Palavras chave: alimentação, bebês, vitaminas, ferro, frutas, colher, sopinha.

Alimentação na Primeira Infância


Introdução

O leite humano é amplamente reconhecido como uma fonte ideal de nutrientes para todos os bebês. Ele promove o desenvolvimento do sistema imune do bebê e atinge todas as necessidades nutricionais das crianças que nascem no tempo adequado (ou seja, não são prematuros) até aproximadamente o sexto mês de vida, quando alimentos e líquidos complementares são adicionados à dieta. Os benefícios do aleitamento materno para as crianças incluem redução do risco de infecções respiratórias, de ouvido, vômitos e diarréia por causas infecciosas, asma, entre outros. Além disso, reduz o risco de obesidade na criança.

A maioria das associações internacionais recomendam o aleitamento materno exclusive, sem uso de fórmulas ou outros alimentos/líquidos, nos primeiros seis meses de vida, e o aleitamento parcial até os 12 meses. Apesar dos dados a favor do aleitamento, em muitos países a maioria das mulheres não amamenta seu filho até o sexto mês. Existem diversas razões para as mulheres escolherem não amamentar seus filhos, incluindo embaraço, desconhecimento dos seus benefícios, crença na idéia de que a fórmula equivale ao leite materno e mitos sobre maior facilidade de se amamentar com fórmulas.

Benefícios do Aleitamento Materno

São vários os benefícios do aleitamento materno e muitos deles se mantém mesmo após a interrupção do aleitamento. Os benefícios, tanto para a criança quanto para a mãe, aumentam à medida que se continua a amamentar. No entanto, mesmo o aleitamento por curto período já pode oferecer benefício.

Para os bebês:

  • Melhor funcionamento do aparelho digestivo e proteção contra infecções gastrintestinais, como vômitos e diarréia
  • Redução do risco de infecções respiratórias, de ouvido e de chieira torácica
  • Parece que o aleitamento reduz o risco de obesidade, doenças cardiovasculares e doenças auto-imunes, como o diabetes mellitus tipo 1

Para as mães:

  • Redução da perda de sangue após o parto, devido à liberação no sangue do hormônio ocitocina, que estimula o útero a se contrair, reduzindo o sangramento
  • Redução dos níveis de estresse
  • Aumenta a perda de peso, após a gestação (se mantido por pelo menos seis meses)
  • Reduz o risco de câncer de mama

Para a família:

  • Redução dos custos com o aleitamento
  • Redução dos gastos com serviços de saúde, incluindo consultas médicas, hospitalizações/atendimentos de emergência, perda de trabalho, já que os bebês em aleitamento materno apresentam menor risco de ficarem doentes

Quando o Aleitamento Não é Recomendado

Embora o aleitamento seja ideal para os bebês, existem algumas condições nas quais o aleitamento pode trazer malefícios aos mesmos. São elas:

  • Mulheres portadoras de infecção pelo HIV
  • Mulheres portadoras de infecção pelo vírus HTLV tipos I e II
  • Mulheres recebendo tratamento com radioisótopos (como o iodo no tratamento de algumas doenças da tireódie)
  • Mulheres expostas a material radioativo
  • Mulheres em tratamento quimioterápico
  • Mulheres que fazem uso de drogas (heroína, cocaína, maconha, entre outras)
  • Mulheres com lesões na mama causadas pelo vírus do herpes
  • Bebês com uma doença chamada galactosemia

Alimentação no Segundo Semestre de Vida

Nessa fase, o bebê já está bem desenvolvido quanto à sua capacidade de digerir e absorver diversos componentes da dieta, bem como metabolizar esses nutrientes. Além disso, os dentes começam a aparecer e o bebê fica mais ativo e explora o universo ao seu redor. Assim, torna-se importante levar em consideração os efeitos maléficos a longo prazo do consumo excessivo de açúcares, em termos de desenvolvimento de cáries dentárias e da formação dos aspectos psicossociais relacionados à alimentação.

Na segunda metade do primeiro ano de vida, o leite materno isoladamente não mais supre todas as necessidades nutricionais, de forma que os alimentos complementares são essenciais. Esses alimentos incluem as fórmulas e outros. Os cereais, que representam boa fonte de ferro, são introduzidos primeiro, seguido de frutas e vegetais, depois pelas carnes e, por último, pelos ovos. No entanto, a ordem não é tão importante quanto o conceito de que deve-se introduzir um alimento de cada vez, com espaço de pelo menos 3-4 dias entre cada um deles. Pode-se empregar alimentos preparados em casa ou industrializados.

Alimentação no Segundo Ano de Vida

Ao final do primeiro ano de vida, a maioria das crianças já terá se adaptado a um esquema com três refeições diárias, mais dois ou três lanches. Vale lembrar que sempre se deve ter em mente o que esperar do comportamento alimentar da criança, à medida que ela cresce.

- Redução da ingestão alimentar

A taxa de crescimento da criança reduz no final do primeiro ano de vida e a ingestão alimentar da criança acompanha essa redução. É bastante comum que a criança apresente momentos em que não se mostra interessada em determinados alimentos ou, eventualmente, em nenhum deles. Isso costuma resultar em situações nas quais os pais forçam a criança a se alimentar. A criança se rebela e o problema continua. Os pais devem ter conhecimento dessas mudanças no padrão de alimentação e devem compreender que forçar a alimentação não trará resultado e pode resultar em problemas de alimentação no futuro.

- Auto-escolha da dieta

As crianças costumam gostar ou “desgostar” fortemente de determinados alimentos, especialmente após um ano de vida, devendo esse gosto ser respeitado. Frequentemente, determinado alimento é recusado à primeira oferta, porém é bem provável que ele seja aceito, quando oferecido novamente dias/semanas depois. Vale lembrar que se alimentos básicos, como leite e cereais, são rejeitados de maneira consistente, deve-se considerar alergia alimentar.

As crianças costumam selecionar uma dieta que, a longo prazo, acabará sendo bem balanceada, tanto em termos de qualidade quanto quantidade. Como os padrões alimentares desenvolvidos nessa fase persistirão por vários anos, as influências familiares e dos amigos devem ser monitoradas com cuidado.

- Auto-alimentação pelas crianças

As crianças devem ser encorajadas e permitidas a se alimentarem sozinhas, assim que forem fisicamente capazes, às vezes bem antes de completarem um ano de vida. Deve-se estimular o uso de colheres, assim que o bebê conseguir segurá-la e dirigi-la à boca, geralmente entre o 10º e 12º meses de vida. O que acontece muitas vezes é que a mãe inibe esse processo, já que a criança acaba fazendo muito bagunça. Ao final do segundo ano de vida, a criança já é capaz de se alimentar completamente sozinha.

- Dieta básica

O uso diário de alimentos de todos os grupos alimentares (grãos, frutas, vegetais, carnes e laticínios) fornece uma dieta balanceada, contendo todos os nutrientes de que a criança precisa. A adequação da ingestão pode ser avaliada ao longo do tempo observando-se o crescimento normal da criança. Os pais devem ensinar aos seus filhos, à medida que se desenvolvem, como deve ser uma dieta adequada e fazer com que eles compreendam a importância de terem um crescimento saudável. No entanto, isso nunca deve ser feito em contexto de ameaça.

- Hábitos alimentares

Os hábitos alimentares que se formam nos primeiros dois anos de vida vão afetar a alimentação nos anos seguintes. Dificuldade na alimentação costuma ser resultado de insistência dos pais e ansiedade dos mesmos e das crianças. Além disso, deve-se tentar manter um horário mais ou menos padronizado para as refeições, com tempo suficiente para uma alimentação tranqüila, tentando-se preparar alimentos que agradem a todos e com qualidade. Deve-se tentar manter o ambiente alegre, conversando-se sobre assuntos do interesse de todos. O apetite da criança deve ser respeitado e, às vezes, sua ingestão será menor, não se devendo forçar nada. Lembrar que os hábitos alimentares são mais eficientemente ensinados por meio de exemplos do que por explicações orais.

- Lanches entre as refeições

No segundo ano de vida e também nos posteriores, deve-se oferecer à criança um lanche composto por leite, suco de frutas e/ou bolachas, nos intervalos das refeições. No entanto, a quantidade de lanche oferecida não deve influenciar na ingestão durante as refeições principais.

Referências Bibliográficas

  1. The Center for Disease Control and Prevention.<http://www.cdc.gov/breastfeeding>. Acessado em 26 de setembro de 2008.
  2. American Academy of Pediatrics. <http://www.aap.org/healthtopics/breastfeeding.cfm>. Acessado em 26 de setembro de 2008.
  3. MDConsult.<http://www.mdconsult.com>. Acessado em 26 de setembro de 2008.
  4. Breastfeeding Online. <http://www.breastfeedingonline.com>. Acessado em 26 de setembro de 2008.

Alimentação do Bebê


O leite materno é o melhor para os bebês, mas a amamentação ao seio nem sempre é possível. Se optar por dar mamadeira para seu bebê, certifique-se de sempre usar fórmulas adequadas até que seu bebê atinja 1 ano de idade. Quando seu bebê tiver 1 ano de idade, pode começar a tomar leite puro de vaca.

Existem fórmulas disponíveis no mercado feitas especialmente para bebês. A maioria é feita com leite de vaca. Outras são feitas com leite de soja para bebês que são alérgicos ou têm problemas para digerir a fórmula comum.

Você pode obter as fórmulas de três formas:

- Pó
- Líquido concentrado
- Líquido pronto para servir

Como preparar a fórmula?

- Se usar pó, misture cada colher de medida de pó com 200 ml de água.
- Se usar pó concentrado, misture-o com partes iguais de água.
- Se usar a fórmula pronta para servir, não acrescente água.

Siga sempre as instruções. Não adicione mais pó ou líquido do que indicado. Se a fórmula estiver muito concentrada ou muito diluída, seu bebê não receberá o que precisa. Se você fizer uma mamadeira de cada vez, não precisa usar água fervida. Aqueça a água fria da torneira no forno ou no microondas.

Se você preferir fazer maior quantidade da preparação:

Use água fervida ou filtrada. Siga as instruções impressas na embalagem da fórmula. Coloque a preparação na geladeira. Use-a dentro de 48 horas.

Com qual freqüência o bebê deve ser alimentado?

A maioria dos bebês precisa de:

- 6 a 8 refeições diárias nas primeiras 3 semanas
- 5 a 6 refeições diárias de 1 a 3 meses
- 4 a 5 refeições diárias de 3 a 7 meses
- 3 a 4 refeições diárias de 7 a 9 meses

Seu bebê pode começar com 100ml por refeição. Após 7 dias, pode tomar 250 ml. Divida o peso do bebê pela metade e ache a quantidade em ml que ele necessitará.

Quando você estiver viajando, as fórmulas prontas para servir são as mais fáceis.

O que deve ser feito a respeito do flúor?

Quando seu bebê completar 6 meses de idade e até os 16 anos de idade, pode precisar de flúor para a prevenção de cáries dentárias. Se o suprimento de água onde você mora tem flúor e se a criança bebe pelo menos 300 ml por dia, a água fornece a quantidade suficiente deste elemento. Caso contrário, pode ser uma boa idéia usar pastilhas de flúor ou tabletes. Fale com seu médico.

A pele do Recém-Nascido: Erupções e Marcas de Nascimento


Após o primeiro banho, o recém-nascido irá normalmente ter uma compleição rubra devido à grande quantidade de células vermelhas no sangue.

Ele pode rapidamente mudar para uma cor pálida ou azul mosqueada, se ficar com frio, portanto, mantenha-o aquecido. Durante a segunda semana de vida, a pele de seu bebê ficará normalmente seca e cheia de descamação. Muitos bebês também apresentam erupções e marcas de nascimento. Neste contexto, sete tipos de erupções e marcas de nascença são descritos.

1. Acne do recém-nascido

Mais de 30% dos recém-nascidos desenvolvem acne (espinhas vermelhas e pequenas) na face. Esta acne neonatal começa com 3 a 4 semanas de idade e dura até os 4 aos 6 meses de idade. A causa parece ser a transferência de androgênios maternos (hormônios) logo antes do nascimento. Já que isto é temporário, nenhum tratamento é necessário. Óleos para bebês ou pomadas só tornarão o quadro pior.

2. Erupções, dermatite peri-oral

A maioria dos bebês têm erupções no queixo ou nas bochechas que aparecem e desaparecem. Freqüentemente, estas erupções são causadas por contato com alimentos e ácidos que foram cuspidos ou regurgitados do estômago. Enxágüe o rosto de seu bebê com água após todas as refeições ou regurgitações.
Outras erupções/irritações na face, são as erupções por calor nas áreas em contato com a pele da mãe durante a amamentação (especialmente no verão). Mude a posição de seu bebê com mais frequencia e ponha um pano úmido frio na área da erupção.
Nenhum bebê tem a pele perfeita.

3. Eritema tóxico

Mais de 50% dos bebês desenvolvem uma erupção da pele denominada eritema tóxico, no segundo ou terceiro dia de vida. A erupção é composta de pústulas vermelhas pequenas (1 a 2 cm) com um pequeno nódulo branco no centro. Elas se assemelham a picadas de insetos. Elas podem ser numerosas e localizarem-se em qualquer local da superfície corporal (exceto palmas e solas). A causa desta erupção é desconhecida e é inofensiva e habitualmente desaparece quando a criança tem 2 semanas de vida, mas, por vezes, só desaparece ao término de 4 semanas de vida.

4. Trauma por fórceps ou no canal de parto

Se o nascimento de seu bebê for difícil, um fórceps pode ser usado para ajudá-lo a passar pelo canal vaginal. A pressão do fórceps na pele pode deixar escoriações ou arranhões ou pode até mesmo danificar o tecido adiposo, em qualquer lugar da cabeça ou da face.
Pressão do canal vaginal pode danificar a pele sobre proeminências ósseas (tais como as laterais do crânio), mesmo sem um parto a fórceps. Monitores fetais também podem causar feridas no couro cabeludo.
Você irá notar as escoriações ou arranhões 1 a 2 dias após o nascimento. Eles irão desaparecer em 1 a 2 semanas.
Danos ao tecido adiposo não serão aparentes até o quinto ou sexto dia após o nascimento. Uma nodulação espessada na pele, com uma ferida sobreposta, é o que habitualmente poderá ser visto. Isto pode levar de 3 a 4 semanas para sarar. O tratamento das lesões deve ser orientado pelo pediatra.

5. Miliária

Miliária são pequeninas nodulações brancas, que ocorrem na face de 40% dos recém-nascidos. O nariz e as bochechas são os mais freqüentemente acometidos, mas também se observa miliária na testa e no queixo. Mesmo que pareçam com espinhas, elas são menores e não infectadas. Elas são constituídas de poros cutâneos bloqueados, que abrirão e desaparecerão até 2 meses de idade. Não aplique pomadas ou cremes.
Quaisquer bolhas de verdade (pequenas nodulações contendo líquido claro) ou espinhas (pequenas nodulações contendo pus) que ocorrem durante o primeiro mês de vida (especialmente no couro cabeludo) devem ser examinadas e diagnosticadas rapidamente. Podem indicar uma infecção cutânea, que no recém nascido pode se disseminar rapidamente, em virtude da baixa de resistência que os bebês têm. Devem ser tratadas de imediato.

6. Manchas Mongólicas

É uma marca cinza-azulada, achatada, de nascença, que é encontrada em mais de 90% dos bebês. Elas ocorrem mais comumente nas costas e nádegas, podendo estar presentes em qualquer parte do corpo. Elas variam muito em tamanho e forma. A maioria desaparece aos 2 ou 3 anos de idade, entretanto, um resquício pode permanecer na vida adulta. Não indicam nenhum comprometimento de nenhum órgão ou problemas do sangue do bebê

7. Mordidas de cegonha (marcas de nascimento rosas)

Marcas de nascença de cor rosa, achatadas (também denominadas hemangiomas capilares), ocorrem sobre a ponte do nariz, pálpebras, ou na nuca, em mais de 50% dos recém-nascidos. A maioria destas marcas se atenua e desaparece, mas algumas podem persistir na vida adulta. Aquelas da testa, que vão da ponte nasal até a linha dos cabelos, habitualmente persistem na vida adulta. Tratamento a laser na infância deve ser levado em consideração.

Palavras chave: acne, erupções, eritema tóxico, fórceps, miliária, manchas mongólicas, mordidas de cegonha.

A Criança Hiperativa

"O distúrbio do déficit de atenção / hiperatividade é o distúrbio de saúde mental mais comum nas crianças. Seus principais sintomas são a dificuldade em prender a atenção, a hiperatividade e a impulsividade. Seu tratamento pode envolver diversas modalidades, mas é sempre importante que os pais e professores também recebam apóio para lidar com suas crianças".

Introdução

O distúrbio de déficit de atenção / hiperatividade (DDAH) é o problema de saúde mental mais comum em crianças. As crianças que apresentam DDAH freqüentemente têm problemas com prestar atenção, hiperatividade e comportamento impulsivo.

O DDAH é sete vezes mais comum em meninos do que em meninas. As meninas são mais propensas a ter problemas com atenção e menos propensas a ter hiperatividade.

Como ocorre o distúrbio de déficit de atenção/hiperatividade?

Em cerca de 70% dos casos, o DDAH é hereditário, principalmente entre os meninos. As pesquisas continuam a se esforçar para encontrar porque esse distúrbio ocorre em algumas crianças, sem história familiar. Alguns fatores que podem contribuem com o risco de DDAH incluem:

• Abuso de substâncias durante a gravidez
• Tabagismo durante a gravidez
• Algumas doenças durante a gravidez
• Um trabalho de parto longo e difícil
• Falta de oxigênio para o bebê durante o nascimento.
• O cordão umbilical ao redor do pescoço do bebê durante o nascimento.

As pessoas com DDAH têm pequenas diferenças na estrutura do cérebro. Essas diferenças se situam na parte frontal do cérebro (área envolvida com o controle-próprio) e em alguns pacientes no centro do cérebro.

Quais são os sintomas?

A hiperatividade, usualmente aparece aos 2 ou 3 anos de idade ou até a primeira série. Os principais sintomas são:

• Problemas de concentração e falta de atenção. As crianças e adolescentes com DDAH mudam de atividade muito rapidamente, freqüentemente não terminam o que começaram. Eles também se distraem muito facilmente por barulhos ou outras coisas ao seu redor.

• Impulsividade. As crianças com esse sintoma freqüentemente reagem rapidamente sem pensar nos resultados. Eles também são impacientes e tendem a interromper outras conversas e começam tarefas sem nenhum planejamento.

• Hiperatividade (movimento excessivo). As crianças hiperativas são excessivamente inquietas. Quase nunca se sentam, e quando sentam, elas usualmente mexem-se ou jogam as coisas.

Sintomas comumente relacionados são:

• Dificuldade em organizar tarefas e projetos
• Dificuldade em se acalmar à noite para dormir.
• Problemas sociais por ser agressiva, barulhenta, ou impaciente em grupos.

Como é diagnosticado?

O pediatra da criança irá questionar sobre os sintomas e irá observar o comportamento da criança, com relação ao DDHA. Para diagnosticar o DDAH, deve estar claro que os sintomas persistem e interferem de forma importante na vida diária da criança. Os pais e professores da criança podem colaborar através do preenchimento de questionários, para a identificação dos sintomas na criança. A criança poderá ser avaliada por um psicólogo ou outro profissional de saúde mental, para a realização de testes de atenção e autocontrole.

Não há testes físicos tais como exame de sangue ou tomografias de cérebro disponíveis, para ajudar no diagnóstico do DDAH.

Existem 3 formas de DDAH:

• DDAH combinada. A criança apresenta todos os sintomas principais: falta de atenção, impulsividade e hiperatividade.
• Predominantemente falta de atenção
. A criança tem problemas com foco e atenção. Essa forma de DDAH freqüentemente não é diagnosticada, porque a criança é muito pouco hiperativa ou impulsiva.
• Predominantemente impulsiva-hiperativa. A falta de autocontrole é o principal problema.

Tratamento

O tratamento do DDAH envolve três principais modalidades:

• Aprendizado de novas habilidades. As crianças com DDAH aprendem a lidar com situações altamente estimulantes, que as distraem e superexcitam. Elas devem aprender a estudar em lugares silenciosos e fazer pausas freqüentes. Na sala de aula elas trabalham melhor em carteiras individuais, do que em mesas coletivas. Freqüentemente um fundo musical instrumental pode também ser útil. Crianças com DDAH necessitam de mais estrutura e rotina diária que a maioria das pessoas.

• Treinamento comportamental: Programas de comportamento simples com recompensas diárias, podem ser bons para ensinar a prestar atenção por mais tempo e a se manterem assentadas.

• Medicamentos: desde 1920, alguns medicamentos tais têm sido usados. Eles são estimulantes, e parece atuar sobre áreas de autocontrole do cérebro. Esses medicamentos não deprimem as crianças, mas aumentam a auto-regulação. Cerca de 70% das crianças com DDAH apresentam uma melhora com o uso desses medicamentos. Os efeitos colaterais mais comuns são a perda de apetite e problemas para dormir. A dosagem de cada criança será ajustada gradualmente, para reduzir os efeitos colaterais. Algumas vezes, os medicamentos são usados apenas nos dias em que a criança vai para a escola.

Até quando podem ocorrer os sintomas?

Os sintomas do DDAH quase sempre perduram da infância precoce até a puberdade. Entre a puberdade e a idade adulta jovem, cerca de metade das pessoas que sofrem de DDAH tem uma redução importante dos sintomas. A outra metade pode apresentar uma mudança leve ou nenhuma mudança nos sintomas na idade adulta. Ser mais paciente e conseguir permanecer sentado são as demonstrações de melhora mais comuns.

Apoio aos pais e professores

As pesquisas têm esclarecido que a inclusão dos pais, no tratamento das crianças com DDAH, é importante para se alcançar o sucesso esperado. Os professores e diretores das escolas também devem estar envolvidos.

Em adição a terapia comportamental da criança, a terapia familiar pode ajudar a criança com DDAH e seus pais e irmãos a lidarem com os conflitos emocionais que quase sempre surgem no processo de manejo dessa condição.

Criança Birrenta e teimosa



A birra é uma fase normal, pela qual passam a maioria das crianças entre os 18 meses e 3 anos de idade. Começa quando as crianças descobrem que têm o poder de se negar a responder às solicitações de outras pessoas e em geral, são mais obstinadas do que cooperativas. Elas se comprazem em recusar uma sugestão, não importa se para vestir-se ou despir-se, tomar um banho ou sair da banheira, deitar-se ou levantar-se da cama.

Como tratar uma criança nesta fase?

Considere as seguintes recomendações que podem proporcionar ajuda a você e a seu filho durante esta etapa.

1. Não se ofenda por esta fase normal.
Quando seu filho diz "não" ele quer dizer "Tenho que fazer isto?" ou "Você está falando sério"? Esta resposta não deve ser confundida com falta de respeito. Esta fase é importante para a autodeterminação e identidade da criança. Veja-a com senso de humor.

2. Não castigue seu filho por ele dizer "não".
Castigue seu filho pelo que ele faz e não pelo que ele fala. Como você não pode eliminar o "Não", ignore-o. Se você discutir com seu filho por ele dizer "não", prolongará este comportamento.

3. Dê a seu filho outras opções.
Esta é a melhor maneira de fazer com que seu filho sinta que tem mais liberdade e controle, e isto por sua vez fará com que ele esteja mais disposto a cooperar. Alguns exemplos de opções são deixar que seu filho escolha entre um banho de chuveiro ou de banheira; qual livro ele quer ler; quais brinquedos levará para a banheira; que fruta comerá no lanche; que roupa ou sapatos vai colocar; que cereal comerá no desjejum; de que brincará, dentro ou fora de casa, no parque ou no quintal; e assim sucessivamente. Para as tarefas que não agradem a seu filho, deixe que ele tenha opinião a respeito, perguntando a ele "Quer fazer isso depressa ou devagar?" ou "Quer fazer isto, ou quer que eu faça?" Quanto mais rápido seu filho tiver a impressão de que é ele quem toma as decisões, mais rápido ele passará por esta fase.

4. Não dê a seu filho uma opção quando não houver nenhuma opção
As regras de segurança, tais como sentar no assento de segurança do automóvel, não estão sujeitas a discussão, ainda que você possa explicar o motivo pelo qual se deve obedecer a esta regra. Deitar-se à noite ou ir à escola também não são negociáveis. Não faça uma pergunta quando só existe uma resposta aceitável, mas guie seu filho de forma tão amável quanto possível (por exemplo, "Sinto muito, mas agora é hora de dormir") As ordens como "Faça isto ou você vai ver" devem ser evitadas.

5.Proporcione tempo de transição para a mudança de atividades.
Se seu filho estiver se divertindo e deve mudar para outra atividade, provavelmente será necessário tempo de transição. Por exemplo, se seu filho está brincando com os carrinhos quando está quase na hora do jantar, avise-o 5 minutos antes. Algumas vezes, um relógio de cozinha é útil para que uma criança aceite a alteração.

6.Elimine as regras excessivas.
Quanto mais regras houverem, menos provável é que seu filho se conforme em obedecê-las. Elimine as expectativas desnecessárias e as discussões a respeito se ele colocará meias ou se comerá tudo o que tem em seu prato. Ajude seu filho a se sentir menos controlado tendo diariamente mais interações positivas do que contatos negativos.

7.Evite responder aos pedidos de seu filho com um número excessivo de negativas.
Seja um modelo de afabilidade para seu filho. Quando seu filho lhe pede algo e você não está segura quanto ao pedido, diga "Sim" ou adie a decisão dizendo "Vou pensar". Se vai conceder o pedido, faça-o imediatamente, antes que seu filho comece a resmungar ou suplicar. Quando for necessário dizer "não" diga a ele que lamenta e dê um motivo.

Procure médico para uma consulta de rotina se

Você ou o seu cônjuge não puderem aceitar a necessidade que seu filho tem de dizer "não".

- Você ou seu cônjuge tiverem dificuldade para controlar suas irritações.
- Seu filho tiver vários outros problemas de disciplina.
- Estas orientações não produzirem uma melhora durante o primeiro mês.
- Tiver outras perguntas ou preocupações.

Castigo como Técnica de Disciplina


O castigo consiste em isolar imediatamente a criança em um lugar afastado sempre que ela se comportar mal. O tempo que se passa sozinho serve para pensar, para refletir e para se acalmar. A vantagem é a possibilidade de um tempo para tanto a criança como os pais poderem se acalmar e voltar a controlar suas emoções.

Quando usado de maneira correta e repetida, a técnica pode mudar quase todos os comportamentos infantis. O castigo de ficar sozinho é a conseqüência mais eficaz para as crianças pequenas e em idade pré-escolar com mau comportamento - muito melhor que palmadas e gritos. Cada pai deve aprender a colocar seu filho de castigo.

O castigo é mais eficiente em comportamentos agressivos, perigosos e intempestivos que não possam ser olvidados. O castigo é necessário para a maioria das birras. Não será necessário, entretanto, até que a criança complete 8 meses e começe a engatinhar. Raras vezes será necessário a aplicação de castigo em crianças menores que 18 meses porque elas geralmente respondem bem à desaprovação verbal. As idades adequadas para aplicar o castigo são de 2 a 4 anos. Nestes anos as crianças respondem muito melhor às ações que as palavras.

Como escolher um lugar para o castigo

Um local para o castigo

Quando se escolhe um local este deve ser usado sempre. Deverá ser um local entediante de frente para uma parede ou muro. Não permita que a criança leve nada consigo, nem brinquedo, nem chupeta, nem bichinho, nem cobertor. A criança não poderá ver TV nem outras pessoas nesse lugar. Coloque-a de preferência sentada numa cadeira com braços bem pesada. Quando se coloca a criança num cantinho, a cadeira cerca a criança. Deixe pouco espaço para as pernas fazendo com que ele desista da idéia de escapar. Outras alternativas podem ser colocá-la de pé em um determinado canto, sentar-se em um ponto específico do chão, ou ficar no cercadinho (se a criança não tiver idade suficiente para fugir dele).

Geralmente a cadeira é colocada em um corredor ou quarto ao lado. Algumas criança menores de 2 anos temem a separação e precisam que a cadeira de castigo (ou cercadinho) estejam no mesmo cômodo que os pais. Neste caso evite o contato visual.

Um quarto para o castigo

As crianças que se negam a ficar quietas numa cadeira de castigo precisam ser colocadas num quarto separado. É mais fácil controlar um cômodo. Este deve ser seguro para a criança e não deve ter objetos de valor. O quarto da criança freqüentemente é o local mais adequado para o castigo. Ainda que os brinquedos estejam no quarto, a criança não vai brincar com eles a princípio porque está chateada. Proíba ligar som, TV e videogames durante a castigo. Evite lugares escuros ou que provoquem medo (sótãos), que tenham água quente (banheiros), ou tenham arquivos ou livros que a criança possa mexer.

O castigo fora de casa

O castigo pode ser usado com eficácia em qualquer lugar. No supermercado, as crianças menores podem ser colocadas nos carrinhos de supermercado, os maiores talvez possam ser colocados de pé num canto. Nos shoppings, as crianças podem ficar de castigo num banheiro ou num banco. Algumas vezes uma criança precisa ser levada ao carro para ficarem sentadas no chão do banco de trás por alguns minutos. Se a criança estiver fora de casa e se comportar mal, mande-a ficar de pé de frente para uma árvore.

Como administrar o Castigo

Decidir quanto tempo

O castigo deve ser suficientemente curto para permitir que seu filho tenha muitas oportunidades de repensar a situação que o colocou de castigo e aprender um comportamento aceitável. Uma boa regra geral é um minuto por ano de idade (com um máximo de 10 minutos). Depois da idade de 6 anos, para a maioria das crianças você pode dizer a ela que está de castigo "até que se comporte", deixando-as escolher quanto tempo ficar. Se o comportamento problemático voltar a acontecer, recomenda-se que os tempos sejam o prescrito para sua idade.

Pode ser útil colocar um relógio com alarme para marcar os minutos necessários. Os melhores são os que têm barulho constante e alarme ao final do tempo. O relógio também vai impedir que a criança fique perguntando se já pode sair.

Mande-o para o castigo

As crianças maiores geralmente vão para o castigo sozinhas. Os menores precisam ser levados pelo braço ou até mesmo carregados. Se a criança não for para o castigo em 5 segundos, leve-a. Use apenas uma frase para mandar. Se possível explicite o comportamento que você prefere (como: "comporte-se"). Estes breves comentários dão a seu filho algo para pensar enquanto ele estiver a sós.

Exigir comportamento silencioso durante o castigo

O requisito mínino para terminar o castigo é que seu filho não saia da cadeira ou do quarto até ter transcorrido o tempo do castigo. Se seu filho abandonar o lugar antes do tempo, volte o tempo do alarme.

Alguns pais não dão o castigo por terminado a menos que a criança tenha ficado em silêncio durante todo o tempo. Contudo, até 4 anos, muitas crianças não estão dispostas ou não podem ficar em silêncio. Não faça caso com as birras durante o castigo, da mesma forma que não deve dar atenção às birras em outras situações. Depois dos 4 anos, o silêncio é preferível, mas não é requisito. Você pode dizer a seu filho, "O castigo é para você pensar, e para pensar você precisa ficar em silêncio. Se fizer barulho, o tempo de castigo começa de novo."

Administração dos problemas no quarto

Se seu filho fizer bagunça no quarto, deverá limpá-lo antes de terminar o castigo. Os brinquedos quebrados devem ser consertados. Pode evitar parte disso retirando tesouras e lápis do quarto antes de começar o castigo.

Liberação do castigo

Para ficar liberado, seu filho deverá ter cumprido tempo de castigo com êxito. Isso significa que a criança ficou quieta durante os minutos necessários. Seu filho pode sair do castigo quando o alarme do relógio disparar. Se não tiver um relógio, você vai determinar quando acabou o castigo. Muitos pais com crianças maiores de 4 anos exigem que seus filhos fiquem em silêncio ao final do castigo. Se a criança continuar fazendo barulho quando o relógio bater, ela deve voltar por mais 1 minuto.

Planos de ação secundários

A criança menor que se nega a ficar quieta quando está de castigo

Geralmente se a criança foge do castigo (levanta da cadeira ou sai do lugar), você deverá rapidamente levar seu filho de novo ao castigo. Volte o relógio a posição inicial. Este enfoque funciona para a maioria das crianças. Se uma criança nega-se a ficar quieta no castigo, o pai deverá tomar uma medida em vez de discutir ou bater na criança. Talvez seja preciso obrigar temporariamente a criança a ficar de castigo. Obrigar a criança ao castigo vai ensiná-la a entender que você fala sério e que ela deve obedecer. Coloque seu filho numa cadeira de castigo e balance-o pelos ombros. Faça de conta que não se incomoda e está pensando em outra coisa ou ouvindo música. Seu filho certamente vai parar de fugir após uma semana desse procedimento.

Um último recurso para as crianças pequenas que continuam resistindo a se sentar na cadeira é colocá-los num quarto trancados. Ocasionalmente, um pai que tenha habilidades de carpintaria pode instalar uma meia porta. Você pode colocá-lo sob porta fechada para cumprir o tempo de castigo. Se preferir, pode colocar uma trava que permita que a porta fique trancada por apenas um período de tempo. A maioria das crianças precisa ser trancada apenas umas duas ou três vezes.

A criança maior que se nega a permanecer de castigo

Geralmente, qualquer criança maior de 5 anos que não aceite o castigo rapidamente dever ser considerada teimosa. Primeiramente deve prolongar o castigo, com um minuto adicional para cada minuto de demora. Em segundo lugar, se passarem-se 5 minutos sem que a criança vá para o castigo, proíba-a de sair. "Castigo com restrições" define-se sem TV, rádio, som, videogames, brinquedos, telefone, brincadeiras fora de casa, lanche ou visita de amigos. Depois disso, volte-se andando e não fale mais com ele. Seu filho fica livre do castigo com restrições somente depois do castigo regular e mais 5 minutos das restrições. Se seu filho rechaçar as restrições, você pode mandá-lo para a cama 15 minutos mais cedo para cada vez que descumpra os requisitos do castigo. A criança cujo comportamento não melhora com este enfoque em geral deve ser submetida a uma avaliação de um profissional de saúde mental.

Como praticar o castigo com seu filho

Se você não usou este tipo particular de castigo anteriormente, fale com seu filho antes de começar. Diga que isso vai ficar no lugar das palmadas, dos gritos e outras formas de disciplina. Aponte os comportamentos negativos que resultaram no castigo. Fale do comportamento positivo que você prefere. Depois faça de conta que seu filho descumpriu uma regra. Fale com ele dos passos do castigo para que ele compreenda as instruções quando mandá-lo ficar de castigo no futuro. Ensine a mesma técnica a babá.

Procure ajuda médica se:

- Seu filho reclamar durante o castigo.
- Seu filho sair de casa correndo para evitar o castigo.
- For preciso manter a criança no quarto com a porta fechada por mais de 1 semana.
- Seu filho precisar da porta fechada a chave a noite por mais de uma semana.
- Seu filho se negar a terminar o castigo mesmo tendo se passado 3 dias e cooperar com o castigo após 1 mês de uso dessa prática.
- Seu filho tiver muitos outros problemas de comportamento.

O Bebê Doente: Como Julgar a Gravidade da Doença

Durante os primeiros dois anos de vida, se acontecer um resfriado ou uma infecção, a maioria dos pais sente-se incomodada ou incapaz de determinar a gravidade da afecção. Como a criança não pode falar, não pode ajudar muito no diagnóstico. O aspecto e o comportamento de seu filho são muito mais importantes que o grau de febre. Além do mais, uma criança pode estar bem mais animada 30 a 40 minutos após a febre ter sido reduzida com medicamentos.

Procure ajuda médica imediatamente se:

- Seu filho recém-nascido apresentar algum sinal de doença. (Exceção: não é necessário chamar um médico se o recém-nascido tiver apenas uma congestão nasal leve).
- Seu filho parecer estar muito doente ou agir como se estivesse.
- Apesar de seus esforços, ele não sorrir ou quase não responder.
- Seu filho se recusar a brincar.
- Seu filho estiver muito frágil para sentar-se ou ficar parado.
- Seu filho chorar sem parar por mais de 3 horas ou quando for tocado ou carregado.
- O choro tornar-se agudo e soar diferente do normal ou ficar brando ou apenas um gemido.
- Seu filho não puder dormir mais de 30 minutos seguidos.
- Não conseguir acordar seu filho completamente.
- A respiração da criança ficar difícil, a boca e os lábios ficarem azulados e a pele ficar acinzentada.

Escrito por B.D. Schmitt, M.D., autor de "Your Child's Health", Bantam Books.
Copyright 1999 Clinical Reference Systems

O sono na criança maior

Os disturbios do sono na criança maior podem se apresentar como distúrbio isolado ou combinado a outras manifestações, fisiológicas ou comportamentais, como sintomas de um transtorno emocional. Podem afetar a criança e a família, originando dificuldades no funcionamento familiar.

Idade Predominante

Até os 3 anos são mais freqüentes as irregularidades ou alterações nos hábitos de sono. Quando começa na primeira infância, até a idade escolar, as parassonias ou transtornos fisiológicos do sono são mais comuns. Na época da adolescência a insônia e a hipersonia já começam a ser identificadas.

Sinais e Sintomas

Transtornos com irregularidades e alterações nos hábitos de sono ocorrem em menores de 2 anos. A criança acorda várias vezes à noite, pode chorar e voltar a dormir; em algumas ocasiões, quer dormir com os pais ou solicita sua presença no quarto, prejudicando o funcionamento familiar.

Existem outros tipos de Transtornos fisiológicos do sono?

Sim. Os principais distúrbios do sono, na infância, são divididos em 2 modalidades, as dissonias e as parassonias.

Dissonias: relacionadas com a qualidade, quantidade e período de sono. Dividem-se em:

  • Dificuldade em iniciar e manter o sono: insônia (pelo menos, 3 vezes na semana) e fadiga diurna. Pode estar associada a eventos específicos e estressantes, não persistindo por mais de 3 semanas; ou persistente, em crianças tensas, rígidas, obsessivas e com queixas somáticas;
  • Distúrbio de sonolência excessiva: Hipersonia e sonolência durante o dia. Associam-se, geralmente a desatenção, preguiça e lentidão na aprendizagem. Na narcolepsia, os sintomas são catalepsia, paralisia muscular e alucinações. A apnéia é condição potencialmente letal, caracterizada por sonolência excessiva de dia e roncos, com períodos de cessação da respiração durante o sono. É comum a apnéia do sono associar-se a hipertrofia de amígdalas e adenóides, com obstrução quase total da entrada de ar.

Parassonias: disfunções associadas com o sono. Geralmente, não são sinais de patologia física ou psicológica. Incluem:

  • sonambulismo: criança senta na cama e pratica ações repetidas com verbalizações muitas vezes não-compreensíveis. Em outros momentos, caminha, geralmente voltando após, para sua cama. Dura 10 a 15 segundos (raramente, até 30 minutos). Os pais costumam preocupar-se, pois as crianças não têm expressão facial, parecem confusas quando acordam e não respondem ao contato;
  • terror noturno (é assustador para os pais): criança acorda agitada, gritando e chorando inconsolável; quando o episódio termina, volta a dormir, não lembrando o que ocorreu. Há aumento da freqüência cardíaca e respiratória, sudorese e midríase. Difere do pesadelo, que ocorre geralmente pela manhã, está associado ao sono REM, e no qual a criança acorda os pais no fim do episódio, consegue ser consolada por eles e descreve o conteúdo do sonho.

Causas mais freqüentes:

  • Após fase de enfermidades.
  • Fatores farmacológicos como corticosteróides, broncodilatadores, anfetaminas, álcool e outras drogas.
  • Estados depressivos, ansiosos e transtorno de estresse pós-traumático.

Tratamento Abordagem

Orientação pediátrica inicial. Encaminhamento a especialista (neurologista, psiquiatra ou psicólogo) se ocorrer transtorno grave e refratário às medidas gerais.

Prevenção

Deve-se orientar os pais para que a criança deixe de compartilhar o quarto dos mesmos o mais cedo possível (preferencialmente aos 4 meses). Estabelecimento de rotinas que incluam atividades silenciosas e sem agitação antes de dormir, assim como evitar a ida ao quarto da criança após qualquer choro. (ver também Medidas gerais para um melhor sono na infância)

O Sono dos Bebês

O nascimento de um bebê é uma alegria que pode também provocar algumas mudanças de conceito e de atitude, entre os moradores de uma casa e principalmente na mãe. É um novo ser que chega, estranho, necessitando de cuidados especiais. Conhecer alguns pontos básicos de cuidado é, pois, importante.

O Sono, para que Serve

O sono é uma mudança de atividade do corpo e, portanto, não é um estado passivo, e sim, ativo. No período do sono, que passa por vários estágios, desde o sono mais leve até o mais profundo, o cérebro trabalha com força total, selecionando as memórias e elaborando os processos mentais de aprendizagem.

A falta de sono provoca mau humor, dificuldade de concentração e de atenção, e isto ocorre com maior freqüência com as pessoas que se submetem a mudanças no fuso horário, pois o ritmo do organismo é quebrado.

Nos adultos, o sono tem maior duração, enquanto que na criança, o sono é polifásico, ou seja, ela acorda e dorme uma série de vezes durante o dia e a noite.

Um recém-nascido, em geral, dorme até 16 horas por dia. Para que um bebê durma bem e não corra risco de vida, ele deve ser colocado em uma posição segura, pois nos primeiros meses de vida eles permanecerão na posição em que foram deixados durante o sono, começando a virar-se somente algum tempo depois.

Preocupados com o índice elevado de morte súbita de bebês, estudiosos descobriram que a posição em que eles ficam, está relacionada com essa triste estatística. Eles começaram a fazer experiências até que chegaram a uma posição melhor para os bebês, que aconselham às mães.

Melhor Posição para os Bebês

O que está sendo feito em matéria de investigação sobre o sono dos bebês? Os autores atribuem as diferenças na aquisição de marcos motores de desenvolvimento, ao fato de que a posição prona (de bruços) estimula a parte superior do corpo. De fato, médicos do Memorial Hospital de Rhode Island utilizaram ultra-som para examinar o diafragma - o músculo situado entre o peito e o abdômen - essencial para a respiração - em 16 bebês adormecidos. Os pesquisadores examinaram primeiro os bebês enquanto deitados sobre o abdômen, depois deitados de costas. Eles também mediram as taxas cardíacas, freqüência de respiração e níveis de oxigênio no sangue. E constataram que, quando os bebês estavam sobre o abdômen, seus diafragmas eram mais espessos e mais curtos nos pontos-chave do ciclo de respiração. Estas mudanças tornam o músculo mais fraco e menos eficiente, o que os levou a sugerir que a posição em que são colocados a dormir implica na maior ou menor habilidade para responder aos esforços respiratórios.

Em que posição, portanto, é melhor os bebês dormirem? A posição segura, recomendada pela Academia Americana, é de supinação (deitado de barriga para cima), por prevenção da morte súbita.

E qual a posições desaconselhável para se deixar o bebê dormir?

Pronação (de bruços). Existe uma relação entre a síndrome da morte súbita e a pronação.

SMIS - O Que É

A SMIS - síndrome de morte infantil súbita, também conhecida como morte no berço, é alvo de muita atenção da American Academy of Pediatrics - AAP, que iniciou uma campanha de esclarecimento, inclusive nos Estados Unidos. Após a campanha, verificaram que as mortes de bebês diminuíram, o que reforçou a tese de que a posição de bruços, sobre o estômago, enquanto o bebê dorme, é um importante fator de risco.

A SMIS costuma acontecer em bebês recém-nascidos e até um ano de idade, atingindo mais meninos que meninas. Tem causa desconhecida, mas a relação entre a posição prona (de bruços) e a SMIS é muito forte para ser ignorada. Isto porque, apenas nos Estados Unidos, constatou-se que a morte de bebês caiu em 40% nos primeiros dois anos de campanha, onde as mães eram orientadas sobre como posicionar melhor seus bebês durante o sono.

Os resultados colhidos pela AAP não descartam outros fatores que podem influir na SMIS, como a falta de um pré-natal adequado, mães que fumam na gravidez, o calor ou frio em excesso, bebês prematuros ou com peso abaixo do normal e gravidez em adolescentes.

Neonatologistas da Mayo Clinic, em Minnesotta, encontraram algumas evidências de que a posição ao dormir afeta a respiração, embora entendam que este pode não ser o único fator a causar a SMIS. Mas isto não deve preocupar as mães, principalmente as mães de primeira viagem, pois a SMIS não ocorre com freqüência alarmante e também não ocorre se os cuidados básicos forem tomados. As mães devem ter uma postura cuidadosa, sim, mas sem pânico, pois a tranqüilidade no ambiente é um dos fatores básicos para o desenvolvimento do bebê.

Conselhos e Dicas

Para que o bebê tenha um sono tranqüilo, é importante que a mãe verifique se está sequinho com as fraldas, com a alimentação adequada, e a posição correta supina, com travesseiro, que deve ser baixinho, da altura dos ombros. A mãe deve amamentar o bebê no peito tantos meses quanto possível, pois o uso de leite de vaca piora a qualidade do sono.

Algumas mães acreditam que manter o bebê em suas camas é uma forma segura de garantir que tenha um bom sono. Esta atitude tem contra-indicações muito sérias: pode ocasionar traumatismo e asfixia no bebê. É preferível sempre deixar o bebê em seu próprio berço e, assim que possível, em seu próprio quarto.

O travesseiro mais adequado tem cerca de 3cm de altura, sendo seu uso sempre recomendado, uma vez que ajuda a manter as vias aéreas livres. Os erros mais comuns cometidos pelas mães são justamente deixar o bebê sem travesseiro, de bruços ou fazê-lo dormir enquanto mama.

Algumas Dicas

O sono está em nossa vida, em grande parte, contribuindo para a aprendizagem. É importante uma boa qualidade de sono, portanto, e para isso a mãe também deve estar bem descansada, para que a vinda de um novo ser, seja motivo de alegria e não de sustos.

Mãe e bebê merecem ter um bom sono, não apenas a criança. O ritmo de sono-vigília de um bebê pode transtornar, a princípio, o ritmo materno, portanto ela deve tirar sonecas enquanto o bebê dorme, na medida do possível, para estar bem disposta quando ele estiver acordado. A insônia ou o ritmo alterado de sono causa grande tensão e isso pode se refletir no bebê e no ambiente doméstico. Assim, mães muito ansiosas que tiram o bebê do berço 'porque está na hora de mamar' devem rever seus procedimentos e deixar que as coisas fluam no ritmo mais natural possível.

Excesso de zelo pode trazer excesso de cobertas, durante o frio, o que é altamente desaconselhado pelos médicos.

Deixar o bebê de lado pelo medo de ele vir a vomitar também não é o ideal. É importante a prevenção do vômito, fazendo com que o bebê arrote bem antes de ser colocado na cama.Fazer o bebê arrotar entre e após as mamadas ajuda a evitar o refluxo gastroesofágico e, assim, ter um sono melhor.

Pessoas com estado alterado de consciência, seja por drogas, bebidas, estados depressivos, não devem ser permitidas fazer visitas sozinhas ao bebê no berço e muito menos cuidar dele por longo período, sem que outro adulto acompanhe.
Como a posição de costas é fundamental, hoje, para a sobrevivência dos bebês, é aconselhável que campanhas sejam feitas e, em nível individual, que as mães informem suas filhas sobre estes cuidados, com seus novos bebês.

Palavras chave: sono, recém nascido, morte súbita, posição, travesseiro.

Manchas Mongólicas

Uma mancha mongólica é uma marca de nascença de cor cinza azulada plana, que se encontra em mais de 90% dos bebês de ascendência indo-americana, oriental, hispânica e negra. Aperecem mais sobre as costas e nádegas, mas podem aparecer em todo o corpo. Seu tamanho e forma variam consideravelmente. Quase todas desaparecem até os 2 ou 3 anos de idade, ainda que possam ficar indícios até a vida adulta.

Escrito por B.D. Schmitt, M.D., autor de "Your Child's Health", Bantam Books.
Copyright 1999 Clinical Reference System

Icterícia Neonatal

"A icterícia é a coloração amarelada da pele e das mucosas (mucosa da boca, parte branca dos olhos), causada pelo acúmulo de um pigmento chamado bilirrubina".

Introdução

As células vermelhas de nosso sangue, as hemácias, são as responsáveis pelo transporte de oxigênio aos tecidos. Elas apresentam uma vida média de 120 dias, após o qual são destruídas no baço e seus componentes são reaproveitados na produção de novas hemácias. Nessa destruição, o componente responsável por carregar o oxigênio, a hemoglobina, é quebrada em partes menores, uma das quais é convertida em bilirrubina.

Essa bilirrubina é capturada pelo fígado e após sofrer alguns processos é excretada (jogada fora) através da bile, que fica armazenada na vesícula. Quando alguma parte de todo esse complexo sistema está afetada, pode ocorrer icterícia.

Grande parte dos recém-nascidos apresenta icterícia nos primeiros dias de vida, sem significar, contudo, a presença de alguma doença. É a chamada icterícia "fisiológica" (ou normal) do recém-nascido. Porém, em alguns casos a icterícia decorre de alguma doença, devendo ser corretamente identificada, para permitir o tratamento adequado.

Icterícia "fisiológica" do recém-nascido

Esse tipo de icterícia acomete aproximadamente 2/3 dos recém-nascidos não-prematuros, sendo ainda mais freqüente nos prematuros. É uma circunstância normal, apresentando-se de forma leve na maioria das vezes e que regride espontaneamente, mas às vezes requer tratamento para evitar os problemas causados pelo excesso de bilirrubina no sangue.

Ela decorre de um conjunto de fatores que acabam levando ao aumento da produção de bilirrubina, a uma dificuldade de sua captação pelo fígado (o que permite seu acúmulo no sangue) e a um aumento da sua reabsorção nos intestinos. Tudo isso faz com que a concentração de bilirrubina no sangue aumente.

Embora esse acúmulo possa ser considerado normal, nem sempre as conseqüências são inócuas, especialmente se o bebê for prematuro. Neles, dependendo da situação, existe a necessidade de tratamento para evitar-se a impregnação da bilirrubina no cérebro, o que causa graves danos à criança.

Icterícia "não-fisiológica"

Quase todos os casos de icterícia não-fisiológica devem-se à exacerbação dos mesmos mecanismos que causam a icterícia fisiológica. Assim, as principais causas estão relacionadas com os distúrbios da produção de bilirrubina, da captação hepática, do metabolismo, da excreção e da reabsorção intestinal.

Algumas doenças que podem causar icterícia neonatal são:

• Anemia hemolítica: quando as hemácias são destruídas em excesso;
• Infecções;
• Síndrome de Gilbert, de Criegler-Najar: distúrbios do funcionamento de enzimas que atuam no metabolismo da bilirrubina;
• Icterícia do aleitamento materno;
• Jejum prolongado;
• Estenose hipertrófica do piloro.

Existem alguns dados que alertam os médicos para uma provável natureza patológica para a icterícia. Um dado importante que pode ser percebido pelas mães é a descoloração das fezes, o que se associado à icterícia, sugere um distúrbio da excreção de bile (que contém bilirrubina). Assim, o acompanhamento médico do recém-nascido desde seu nascimento permite a suspeita de algum problema, e faz com que sejam realizados exames que objetivam identificar a causa do problema.

Icterícia relacionada ao aleitamento materno

Aproximadamente um terço das crianças amamentadas ao seio apresentam concentrações aumentadas de bilirrubina no sangue. Apesar disso, não devemos atribuir ao leite materno a única causa da icterícia, sendo necessária a exclusão de outras causas potenciais.

Existem duas formas dessa icterícia. Uma inicia-se precocemente, é conhecida como icterícia do aleitamento e deve-se provavelmente à ingestão de poucas calorias e líquido, nos primeiros dias de vida. A outra forma é a icterícia do leite materno, de início mais tardio e de causa ainda não esclarecida; acredita-se que haja algum distúrbio (inibição) do metabolismo da bilirrubina.

Se o recém-nascido estiver bem e a concentração de bilirrubina não estiver acima dos níveis de risco, o aleitamento não deve ser interrompido. Porém, se as concentrações apresentarem comportamento ascendente e atingir níveis de risco, deve-se pesquisar outras causas e iniciar o tratamento. Se as outras causas forem excluídas, pode-se tentar interromper o aleitamento por 72 horas. Mas após esse período ele deve, sempre, ser reintroduzido.

Tratamento

O principal objetivo do tratamento é evitar o acúmulo de bilirrubina no cérebro, o que pode causar uma doença chamada kernicterus, a qual traz grandes problemas ao desenvolvimento da criança. Quando é identificada um causa tratável de icterícia, esse tratamento específico é de extrema importância. O tratamento da icterícia inclui basicamente duas opções.

A fototerapia ou banho de luz é a primeira opção, na maioria dos casos. Deve ser realizada no hospital, de preferência no alojamento conjunto. É ideal naqueles casos em que a elevação da bilirrubina é mais lenta e no tratamento da icterícia do prematuro. Consiste na exposição da criança a uma fonte de luz. A luz converte a bilirrubina, impregnada na pele e nas mucosas, em outra substância, que é "incolor" e não acumula no cérebro.

O outro método é a exsangüinotransfusão. É indicada para reduzir rapidamente a concentração de bilirrubina, quando há risco de acometimento do cérebro, especialmente se houver hemólise (destruição das hemácias). O risco de aparecimento de kernicterus é indicação absoluta para a realização desse tratamento. A exsangüinotransfusão consiste na retirada de todo o sangue da criança e a sua substituição por outro sangue, sem as concentrações altas de bilirrubina.

Palavras chave: fototerapia, banho de luz, icterícia, amarelão, kernicterus, exsangüinotransfusão.

Dor de Ouvido


Definição

O ouvido de nadador é uma infecção do revestimento do canal auditivo. É preciso que o canal auditivo mantenha-se seco, portanto se a água ficar parada neste local, o revestimento fica úmido, inchado e tende a infeccionar.

Seu filho deve estar com problemas no ouvido se forem observados os seguintes sintomas :

- Coceira ou dor nos canais auditivos.
- Sentir dor após mexer o lobo da orelha para cima e para baixo.
- A dor também acontecer quando empurrar as estruturas do ouvido externo que rodeiam o canal auditivo.
- O ouvido parecer tampado.
- A princípio observar-se uma pequena quantidade de secreção transparente, que se torna amarela caso não haja tratamento.

Que cuidados devem ser tomados?

- Para casos leves.

Use vinagre branco com água em partes iguais. Encha o canal auditivo com a mistura. Depois de 5 minutos retire-o virando a cabeça da criança de lado. Repita o processo duas vezes ao dia.

- Para casos graves.

Use gotas para ouvido a base de antibiótico ou esteróide. (É vendido somente com receita). Deixe as gotas escorrem pelo canal de modo que bolhas de ar não fiquem presas debaixo delas. Em seguida mexa a orelha para que as gotas entrem. Continue a aplicação das gotas até 48 horas após os sintomas terem desaparecido.

- Dê acetaminofeno (Tylenol) ou Ibuprofeno (Advil) para aliviar a dor.

Como posso prevenir o ouvido de nadador?

Depois que a infecção desaparecer, enxágüe os canais auditivos com álcool sempre que seu filho terminar de nadar ou tomar banho.
Procure ajuda médica imediatamente se:

- A dor for intensa.
- Seu filho começar a ficar muito doente.
- A dor piorar.
- Os sintomas não desaparecerem em 3 dias.
- Tiver outras perguntas e preocupações.

Escrito por B.D. Schmitt, M.D., autor de "Your Child's Health" Bantam Books.
Copyright © 1999 Clinical Reference Systems


domingo, 8 de novembro de 2009

Assaduras em crianças

As assaduras são uma irritação da pele bastante comum, principalmente nos primeiros 9 meses de vida. Este problema é causado por fungos ou pelo contato de substâncias químicas irritantes presentes na urina e nas fezes do bebê.

As assaduras também podem estar relacionadas a substâncias irritantes presentes em sabonetes, fraldas descartáveis e calças plásticas.

Quais os sintomas?

Os principais sintomas das assaduras incluem:

  • Vermelhidão seca ou úmida no local afetado.
  • Irritabilidade geral.
  • Coceira.

Quando é preciso procurar um médico?

As assaduras em geral duram no máximo 3 dias. Se uma assadura persistir por mais tempo que isso ou estiver associada à febre, perda do apetite ou qualquer outro sinal de piora do estado geral, leve o bebê ao médico.

O que você pode fazer para ajudar?

Existem algumas medidas simples que você pode empregar para reduzir os riscos e os sintomas das assaduras:

  • Prefira fraldas de algodão. Elas causam menos assadura que as fraldas descartáveis. E troque as fraldas freqüentemente, especialmente após as evacuações.
  • Utilize hidratantes para o bebê, mas evite utilizar lenços umedecidos comerciais. A maioria deles possui substâncias irritantes que podem piorar a irritação.
  • Após a higiene, aplique na área da fralda um pouco de uma solução preparada com 1 colher de bicarbonato de sódio dissolvida em 1 copo de água. Esta solução ajuda a neutralizar as substâncias irritantes presentes na urina e nas fezes. Prepare uma solução nova a cada 2 dias.
  • Se preferir, a cada troca, passe um pouco de loção ou creme de calêndula ou vitamina E na região das fraldas.
  • Deixe o bebê sem fraldas sempre que puder.
  • Lave as fraldas de algodão com detergentes suaves, sem corantes ou fragrâncias. Não use água sanitária.
  • Se o bebê tiver mais de 6 meses de idade, ofereça bastante líquido na forma de água ou sucos naturais.