sábado, 31 de outubro de 2009

Anemia em bebês


Meu bebê parece pálido e fraco. Será que é anemia?
Absolutamente. Cerca de 10% dos bebês têm anemia e, um sinal típico de anemia que é fácil de notar é a palidez.

Essa condição é a reflexão da falta de ferro na dieta do bebê. O corpo precisa de ferro para produzir hemoglobinas, os glóbulos vermelhos do sangue, que ajudam no transporte de oxigênio dos pulmões para o resto do corpo.

Os bebês que não estão recebendo um suplemento adequado de ferro, não estão com uma boa circulação de oxigênio pelo seu corpinho e, a palidez não é o único sintoma, a fadiga é outro. Em casos extremos, pode-se também notar palpitações, dificuldade para respirar e transpiração de pés e mãos.

Devo levá-lo ao médico?

Sim, se você notar sintomas de anemia, leve-o ao médico. Se deixada sem tratamento, a anemia pode causar atraso no desenvolvimento físico e mental da criança.

O que causa anemia?

Bebês nascidos prematuramente ou abaixo do peso normal têm maiores chances de desenvolverem uma deficiência de ferro, porque eles não puderam acumular a quantidade ideal de ferro durante a gestação. Bebês que tomam leite em pó que não são fortificados com ferro, aqueles que tomam leite de vaca, cabra ou de soja também estão ao risco.

Por isso, é recomendado que a criança se alimente de leite materno, tome leite em pó acrescido de ferro caso a amamentação não está mais sendo praticada. A partir do sexto mês de vida, uma dieta líquida não satisfaz mais as necessidades de ferro do corpinho do bebê.

Ele está crescendo a todo vapor e ele precisa agora de alimentos mais sólidos e que possam complementar o que o leite não provê mais.

Como a anemia é tratada nos bebês?

Isso depende da idade do bebê, se ele já come, então ele recebe do médico uma dieta especial rica em ferro. Se o seu bebê só mama, um suplemento em forma de gotas pode ser a melhor indicação.

Como previnir a anemia?

• Se o seu bebê tem menos que 6 meses de vida, amamente-o exclusivamente.

• Se ele já tem 6 meses ou mais, complemente a amamentação com alimentos ricos em ferro como, espinafre, feijão e carnes.

• Não dê leite de vaca para bebês abaixo de 12 meses de idade.

• Se vocês são vegetarianos e querem oferecer ao seu bebê uma dieta vegetariana também, comunique o seu médico para uma recomendação nos alimentos que são saudáveis e não vão causar uma deficiência de ferro.

Dez conselhos para a hora de tirar a fralda, a chupeta e a mamadeira


1. Quando seu filho começar a avisar que está com vontade de fazer xixi, é hora de tirar a fralda diurna. Isso acontece por volta dos 2 anos.

2. Se a criança estiver na escola, é mais fácil aproveitar o momento em que os colegas estão passando pelo processo. Converse com o professor.

3. A preparação começa oralmente. Fale que, um dia, ele vai usar o vaso sanitário como você. Mostre a descarga, o papel higiênico.

4. Compre um redutor para o assento e, quando perceber que seu filho quer fazer cocô, corra para o banheiro.

5. Peça a ele que avise quando estiver com vontade de fazer xixi. Se ele demorar muito, tome você a iniciativa – às vezes as crianças ficam tão entretidas brincando que não percebem a vontade chegar.

6. Quando ele começar a acordar sequinho, é hora de tirar a fralda noturna. Não dê muito líquido à noite e faça-o fazer xixi antes de dormir. Vale levá-lo ao banheiro de madrugada, se for preciso.

7. A chupeta e a mamadeira devem sumir o quanto antes, pois podem trazer problemas dentários. Converse com seu filho, explique que você tem certeza (mesmo se não tiver...) de que ele vai conseguir ficar bem sem elas, que ele já está grande!

8. Se a chupeta é usada só à noite, tente trocá-la por um objeto de transição, como um urso de pelúcia.

9. Substitua a mamadeira por um copo com bico. Para os maiores, experimente um canudinho.

10. Para conseguir deixar fralda, chupeta e mamadeira, seu filho precisa muito de você, de sua criatividade e, principalmente, de sua paciência!

Fonte: Revista Crescer

Site Médico

Seu bebê está chegando...


Ele está mais gordinho. Seu bebê está praticamente pronto para nascer.

Estômago e rins agora funcionam perfeitamente; os pulmões estão totalmente desenvolvidos e prontos para respirar; o intestino já produziu mecônio (substância que será eliminada juntamente com as primeiras fezes); o corpo adquiriu uma boa camada de gordura.

A pele do bebê já não é mais rugosa e fina como antes e, sim, macia e delicada. Os cabelos já estão um pouco compridos. Nesta fase, os progressos mais interessantes são no desenvolvimento sensorial. A maior parte do tempo ele passa dormindo e descansando, como que se preparando para a hora do nascimento.

- ASPECTO DO BEBÊ:

Finalmente, é hora de nascer e seu bebê estará prontinho para chegar ao mundo. Em média, o peso de um bebê no final da gestação é de aproximadamente 3300 gramas, e sua altura pode variar de 48 a 52 centímetros (dependendo do sexo).

- ASPECTO DA MÃE:

Você está na reta final, depois de vários meses de espera e ansiedade, e deve estar sentindo o que os maratonistas campeões sentem quando enxergam a linha de chegada. Muito esforço, muito cansaço, mas prestes a receber o prêmio.

- ALGUNS SINTOMAS, SINAIS E SENSAÇÕES:

A reta final exige cuidados e atenção. Seu corpo está mais cansado e alguns aspetos físicos podem aparecer, como:

. Menor movimentação do bebê dentro do útero (devido à falta de espaço);

. Aumento da umidade vaginal (leucorréia), de forma mais abundante;

. Congestão nasal e sensação de entupimento do ouvido;
Prisão de ventre;

. Azia e dificuldade de digestão;

. Câimbras nas pernas;

. Aumento do inchaço dos tornozelos e dos pés e, às vezes, também das mãos;

. Possíveis dores de cabeça, às vezes, desmaios e tontura;

. Algumas veias varicosas e/ou hemorróidas;

. Aumento da dores nas costas e da sensação de peso nas pernas;

. Respiração mais fácil quando o bebê se posicionar mais para baixo;

. Maior estímulo a urinar, depois que o bebê se posicionar mais para baixo;

. Insônia;

. Sensação de coceira no abdômen;

. Aumento na intensidade das contrações;

. Colostro, que pode gotejar dos seios;

. Sensação de incômodo ou adormecimento das nádegas e da pélvis;

. Períodos alternados de maior energia ou maior cansaço;

. Aumento ou perda do apetite.

- ALGUMAS POSSÍVEIS PREOCUPAÇÕES:

Alguns sintomas de um pré-trabalho de parto: algumas semanas antes do parto, o corpo da gestante passa por algumas transformações em decorrência de estar se preparando para o parto propriamente dito: o bebê se posiciona mais para baixo na pélvis da mãe, o que dá uma maior sensação de compressão no baixo ventre, às vezes, acompanhada de uma dor lombar.

Alguns sintomas do trabalho de parto: as contrações ficam cada vez mais freqüentes e intensas e, geralmente, mais regulares; as dores iniciam na parte baixa das costas e se espalham por todo o baixo ventre, às vezes, também nas pernas; acontece o rompimento da bolsa uterina.

Muitas vezes, é expelido o "tampão", uma espécie de tampa mucosa e elástica que fecha a abertura do útero contra bactérias e fungos. A perda do "tampão" pode acontecer dias antes do trabalho de parto iniciar realmente; em caso de dávidas e incertezas, procure seu obstetra, sempre!

ESTÁ CHEGANDO A HORA...

Prepare-se! A qualquer momento você terá a maior experiência de sua vida. Foram nove meses de ansiedade, expectativa, mudanças, choros, e agora...Tudo o que você mais quer é pegar este bebê tão esperado em seus braços, colocá-lo em seu seio e celebrar mais esta grande vitória...


Fonte: maternofetal

Primeiros cuidados com o bebê


Mesmo na maternidade, a jovem mãe, no primeiro dia do nascimento, após algumas horas de merecido descanso, deve ir ao berçário para assistir aos cuidados com o bebê, pois a ela caberá a tarefa de amamentá-lo, mantê-lo limpinho e aquecido, logo que chegar em casa.

Mesmo que tenha ajuda de familiares ou empregadas, é imprescindível que a criança se sinta protegida e amada pela mãe, numa relação íntima de delicadeza e respeito, que terão reflexos positivos em sua vida futura.

Cuidados de higiene

Umbigo - É importante manter o coto umbilical limpo, aplicando, à sua base, álcool 70% duas vezes ao dia. A mãe deve usar cotonete e, após a queda, que se dá, em geral, de sete a quinze dias após o nascimento, continuar mantendo a mesma higiene no local até que cicatrize completamente. Um leve sangramento é normal.

Obs: Ataduras e faixas são desaconselháveis. Encontram-se, modernamente, em lojas especializadas, fraldas descartáveis para os primeiros dias, com um orifício na altura do umbigo, para não comprimi-lo.

Nariz - Espirros são normais em recém-nascidos e a mãe não deve pensar que se trata de resfriado.

Se perceber que está entupido por uma pequena secreção, deve pingar, cuidadosamente, o conteúdo
de um conta-gotas (aproximadamente 1ml) de soro fisiológico, em temperatura ambiente, em cada
narina do bebê. Pode utilizar produtos comerciais que contenham, apenas, o soro fisiológico e um
conservante, geralmente o Cloreto de Benzalcônio.

Descongestionantes comuns, de adulto, são perigosos para o bebê.

Banho - O contato com a água, mesmo que em temperatura adequada, recomendada pelo pediatra, é, sempre, uma surpresa para o bebê, que pode se assustar, por isso deve constituir um momento especial de carinho e delicadeza por parte da mãe. Se você está aprendendo a cuidar do primeiro filho, siga este ritual e familiarize-se com ele:

· Prepare o local do banho, tanto as roupinhas limpas, a toalha macia, como a banheirinha lavada e o sabão neutro.

· Coloque água morna (+ ou - 34graus C) na banheirinha,em nível baixo. Para testar a temperatura, mergulhe, na água,o seu cotovelo esquerdo. Ela deve estar agradável.

· Com o bebê no seu colo, só de fralda e enrolado em uma toalha, sente-se ao lado da banheirinha, de modo que a cabeça do nenê, apoiada no seu braço, fique sobre ela. Lave, com água, o seu rostinho e, só depois, a cabeça.

· Desembrulhe o bebê e coloque-o, com cuidado, na água.A cabecinha deve continuar apoiada no seu braço esquerdo, de modo a deixar sua mão livre para segurar, firmemente, o bracinho. Use a mão direita para lavar a criança.

· Retire o nenê da água, embrulhando-o, rapidamente, em uma toalha macia. Leve-o para o trocador, que deve ficar perto do local do banho.

· Seque, com delicadeza, as dobrinhas e o umbigo, fazendo, nos primeiros dias, o curativo indicado.

· Vista o bebê com roupas macias, folgadas e confortáveis.

Obs: É conveniente que o banho seja dado sempre na mesma hora, para criar, desde cedo, uma rotina diária, que será saudável para a vidinha da criança.


Troca de fraldas - Cuidados de higiene e delicadeza
são, novamente, recomendados nos momentos
de trocar as fraldas do bebê.

· Forre, sempre, o local onde será feita a troca.

· Para remover os resíduos de fezes e urina, use algodão molhado em água morna ou óleo especial.

· Se o nenê for uma menina, os movimentos de limpeza devem ser feitos de frente para trás, para não contaminar a vagina com resíduos de fezes.

· Para prevenir assaduras, use um creme protetor à base de óxido de zinco.

· A fralda não deve ser presa com alfinete. Há fitas adesivas apropriadas. Se for possível, use fraldas descartáveis, que já vêm com velcron. São muito mais higiênicas e poupam o trabalho da lavagem.

· No caso de usar fraldas de pano, lave-as com sabão neutro. Não use água sanitária ou amaciante. Lembre-se de que o sol, além de contribuir para esterelizá-las, é o melhor alvejante.

Obs: Lave bem as mãos antes de cuidar do bebê.


Fonte: Associação Paulista de Medicina

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

MINHA IMUNIDADE CAIU. E AGORA?

Esfriou de novo, não é mesmo? Infecções respiratórias e alergias outra vez? Essa é uma das queixas mais comuns dessa época, tanto para as crianças quanto para adultos, em consultórios. E a primeira solicitação é: “Doutor, eu vim aqui para aumentar a minha imunidade”.

Especialista em pediatria pela Santa Casa de São Paulo e em homeopatia pelo Centro de Estudos, Pesquisa e Aperfeiçoamento em Homeopatia (CEPAH), Yechiel Moisés Chencinski, explica que não há como aumentar uma imunidade que é normal e não é doença, nem na alopatia e nem na homeopatia. “Explicando melhor: existe um quadro que é caracterizado como Imunodeficiência, que é doença, e outro conhecido como imunidade baixa, que é mais um dos mitos da medicina”.

Para esclarecer as dúvidas sobre o assunto o especialista responde:

O que são quadros de deficiência imunológica?

A palavra imunidade vem do latim immunitas (era a isenção de taxas que se oferecia aos senadores romanos – desde aquela época, vejam só). Com o tempo, essa idéia foi transferida para a proteção contra doenças, mais especialmente contra as infecto-contagiosas. Nosso corpo tenta se defender de várias formas contra agentes agressores (vírus, bactérias, fungos, por exemplo).

Para começar, alguns agentes físicos como cílios, pelos, muco, líquidos corporais e complemento presentes em locais estratégicos (nariz, boca, vagina, entre outros) são obstáculos na tentativa de neutralizar esses agentes, que são destruídos por células que temos em nosso corpo, destinadas a essa função. Quando esses mecanismos falham (imunidade natural) ou existe uma agressão mais específica (antígenos que vão gerar um tipo de resposta do nosso corpo), temos em ação uma imunidade mais específica (adquirida), compostas pelos anticorpos (com nomes bem diferentes – linfócitos T, B, plasmócitos). Esse é o nosso sistema imune que garante nossa sobrevivência em relação a infecções.

Assim, quando algum desses mecanismos não está adequado, aí poderemos ter uma imunodeficiência ou um defeito do sistema imunológico. Essa é uma doença que pode nascer com a gente, não é contagiosa, mas pode ser transmitida (hereditária) de pais para filhos.

Como suspeitar de um quadro de Imunodeficiência Primária na Criança?

Há 10 situações que são observadas pelos médicos para pesquisar essas doenças. Sem pelo menos alguma dessas características, não há razão para maiores preocupações:

1. Duas ou mais pneumonias no último ano.
2. Quatro ou mais episódios novos de otite recentes.
3. Estomatites de repetição ou monilíase por mais de dois meses.
4. Abscessos de repetição ou ectima.
5. Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite, septicemia).
6. Infecções intestinais de repetição / diarréia crônica.
7. Asma grave, Doença do colágeno ou Doença auto-imune.
8. Efeito adverso à vacina do BCG e/ou infecção por Micobactéria.
9. Manifestações clínicas sugestivas de síndrome associada à Imunodeficiência.
10. História familiar de imunodeficiência

O que não indica queda de imunidade?

- Muitos resfriados: mesmo que sejam muito freqüentes, resfriados não indicam esse quadro.
- Viroses (olha elas aí de novo): as crianças pequenas (até os 3 anos de idade, em média) apresentam seu sistema imunológico imaturo que pode facilitar a aquisição de viroses, principalmente se frequentar creche. Mas, isso também não significa que tenha alguma diminuição da imunidade.
- Herpes labial ou genital de repetição, corrimentos: esses quadros estão muito mais relacionados a stress e hábitos de vida do que a queda de imunidade.

E como é feito o diagnóstico?

A suspeita inicial tem que ser sempre clínica. Além disso, há testes laboratoriais, alguns gerais e outros mais específicos, para avaliar a nossa imunidade. Nunca se auto-medique. Nunca se “auto-desmedique”. Essa prática interfere demais na avaliação médica para a pesquisa e tratamento de qualquer tipo de alteração de saúde.

E esses quadros têm tratamento?

Tudo depende de quando é feito o diagnóstico e do tipo de quadro. Em algumas situações não há condições e em outras nem necessidade de tratamento específico. Mas, mais uma vez, a decisão deve ser médica. Antibióticos, imunoglobulinas para repor anticorpos, vacinação são consequências do acompanhamento médico.

Assim, lembre-se: Em caso de doença, procure seu médico.

CARTEIRA DE VACINAÇÃO


Imunizar é sinônimo de tranquilidade para os pais e garantia de saúde para os filhos.


Vacinar é melhor do que remediar. Com histórico virtuoso e extremamente importante para a humanidade, as vacinas são produzidas pelos próprios vírus ou bactérias causadores da doença, enfraquecidos ou mortos, e ao serem injetadas criam barreira de anticorpos (defesa) e desenvolvem a chamada memória imunológica que protege o organismo contra a moléstia. Dessa forma, quando o vírus entra em contato com a criança, o corpo reconhecerá o agente patogênico e estará pronto para rejeitá-lo.

Segundo Dr. Eitan Berezin, presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP, até o primeiro ano de idade o organismo está suscetível a infecções por não ter histórico de imunização. “Por esse motivo existe o calendário de vacinação para ser cumprido na ‘hora’ certa. Grande parte das vacinas devem ser aplicadas nessa faixa etária, respeitando seus intervalos e doses adequadas”.

Entusiasmados com o sucesso das vacinas, a comunidade médica há muito tempo vem dirigindo sua atenção às doenças mais comuns da infância e, atualmente, as vacinas ocupam lugar de destaque entre as medidas preventivas. Além de todos os cuidados e orientações pediátricas, inseridos na puericultura, a vacinação é um dos fatores de prevenção existentes mais seguros até hoje. Porém, papais e mamães, preparem os corações para o choro a cada picada e, às vezes, até uma febrinha. As vacinas, de acordo com Dr. Eitan, podem causar reações leves deixando o bebê indisposto. “Isso não deve ser motivo para evitar a imunização. Afinal, faz parte da proteção, os sintomas são transitórios e muito mais fracos que os da própria doença”, comenta o profissional.

Ainda de acordo com o pediatra, Eitan Berezin, o Brasil tem um dos calendários de vacinação mais completos do mundo. No entanto, ele lembra que existem outras doenças importantes que podem ser prevenidas pela vacinação. Mas, infelizmente, ainda não estão disponíveis para toda a população e são oferecidas apenas em clínicas particulares. De qualquer maneira, converse com o pediatra do seu bebê, com certeza valerá o investimento.




Vacinas disponíveis apenas em clínicas particulares

Antipneumocócica conjugada heptavalente

Essa importante vacina protege contra infecções causadas pelo pneumococo, como meningite, pneumonia, sinusite, entre outras.

Esquema de imunização: 4 doses, sendo a primeira com 2 meses, a segunda com 4 meses, a terceira com 6 meses e um reforço aos 15 meses.

Efeito colateral: Geralmente não causa reações, mas pode provocar eventualmente febre e dor no local da aplicação.

Poliomelite com vírus inativado (IPV)

Assim como a Sabin, a vacina Salk também protege as crianças contra a paralisia infantil. Sua aplicação é feita na coxa por via intramuscular.

Esquema de imunização: 5 doses, sendo a primeira com 2 meses, a segunda com 4 meses, a terceira com 6 meses, com reforço aos 15 meses e entre 4 e 6 anos.

Efeito colateral: Sem reação

Antimeningocócica C conjugada

Essa vacina protege as crianças da bactéria meningococo C, que causa meningite grave. A aplicação é feita na coxa por via intramuscular.

Esquema de imunização: 3 doses, sendo a primeira aos 3 meses a segunda aos 5 meses e um reforço aos 15 meses. Se a criança já tem 1 ano, deve-se aplicar somente uma dose.

Efeito colateral: Às vezes causa febre e dor no local da aplicação.

Varicela

A vacina é feita com o vírus atenuado e protege em cerca de 90% contra a catapora. A aplicação é de preferência no braço por via subcutânea.

Esquema de imunização: 2 doses, a primeira com 1 ano e a segundo com 4 a 6 anos.

Efeito colateral: Sem reação, raramente febre e algumas vesículas na pele 1 a 2 semanas após a aplicação.

Influenza

O vírus da gripe sofre alterações, e por esse motivo são produzidas novas vacinas de acordo com os sorotipos mais freqüentes. A aplicação em menores de dois anos é na perna e em maiores no braço.

Esquema de imunização: A partir dos 6 meses de vida 1 dose anual, no outono, antes da temporada de circulação do vírus. Em sua primeira aplicação a criança deve recebê-la no esquema de duas doses com intervalo de 1 mês entre elas.

Efeito colateral: Pode provocar febre e dor no local da aplicação

Hepatite

A Vacina produzida com vírus inativado.

Esquema de imunização: 2 doses. Primeira com 12 meses e a segunda com 18.

Efeito colateral: Não frequentes. Pode surgir dor local e, raramente, febre.




Bebê

Vacinas disponíVeis em postos da rede pública

BCG

Protege contra a tuberculose. É produzida a partir do próprio bacilo causador da doença, mas numa forma atenuada. Deve ser aplicada no braço direito por via intradérmica.

Esquema de imunização: Dose única ao nascer. A vacina pode ser aplicada durante o primeiro mês de vida.

Efeito colateral: Essa vacina não causa reações como febre ou mal-estar. É esperada a formação de abscesso e/ou ulceração no local da aplicação, com posterior cicatriz.

Hepatite B

A vacina contra a Hepatite B é produzida por engenharia genética e não contém o vírus causador da doença. A aplicação é feita na coxa por via intramuscular.

Esquema de imunização: 3 doses, sendo a primeira ao nascer, ainda na maternidade, a segunda com 1 ou 2 meses de idade e a terceira com 6 meses.

Efeito colateral: As reações não são frequentes, mas podem surgir dor no local e, muito raramente, febre.

Hemófilo B (Hib)

A bactéria Haemophilus influenzae do tipo b (Hib) causa doenças graves como meningite e penumonia. A vacina é composta de partes dessa bactéria e deve ser aplicada na coxa do bebê via intramuscular.

Esquema de imunização: 4 doses, a primeira com 2 meses, a segunda com 4 meses, a terceira com 6 meses e o reforço aos 15 meses.

Efeito colateral: As reações adversas não são frequentes, mas podem ocorrer dor local e febre baixa.

Oral contra Poliomelite (VOP)

A vacina Sabin protege as crianças contra a poliomelite ou paralisia infantil. É produzida com vírus vivos atenuados e aplicada em gotas por via oral.

Esquema de imunização: 5 doses, sendo a primeira com 2 meses, a segunda com 4 meses, a terceira com 6 meses, primeiro reforço aos 15 meses e segundo reforço entre 4 e 6 anos.

Efeito colateral: Sem reação

Tríplice Bacteriana (DtP)

Protege contra a difteria, coqueluche e tétano. Há basicamente dois tipos de vacina tríplice: a comum, que usa a bactéria inteira da coqueluche, e a acelular, com apenas alguns produtos purificados da bactéria. Deve ser aplicada na coxa por via intramuscular.

Esquema de imunização: 5 doses, sendo a primeira com 2 meses, a segunda com 4 meses, a terceira com 6 meses, primeiro reforço aos 15 meses e segundo reforço entre 4 e 6 anos. É usualmente aplicada combinada com a vacina Hemófilo B (Tetra).

Efeito colateral: A DTP comum costuma provocar reações, como febre e dor no local da aplicação, quase sempre nas primeiras 48 horas após a vacinação. A DTP acelular causa menos efeitos colaterais, porém só está disponível um clínicas particulares.

Febre Amarela

Esta vacina imuniza contra a Febre Amarela e é recomendada apenas para residentes ou viajantes de áreas endêmicas. A aplicação é feita no braço por via subcutânea.

Esquema de imunização: Dose única a partir dos 9 meses. Deve-se revacinar após 10 anos da primeira dose.

Efeito colateral: Pode ocorrer dor no local da aplicação e febre.

Rotavírus

Esta vacina é relativamente nova Brasil e protege as crianças contra o Rotavírus, que provoca diarréia e vômitos. Só é indicada para crianças de 6 semanas a 6 meses. É aplicada em gotas por via oral.

Esquema de imunização: 2 doses com intervalos de dois meses. Geralmente, a primeira dose é dada com 2 meses e a segunda com 4 meses. A primeira dose só deverá ser aplicada em crianças de até 3 meses e 7 dias de vida.

Efeito colateral: Sem reação

Tríplice Viral (sCr)

Imuniza contra três doenças infecciosas: Sarampo, Caxumba e Rubéola. É produzida com vírus atenuados das doenças e deve ser aplicada no braço por via subcutânea.

Esquema de imunização: 2 doses, sendo a primeira com 1 ano e a segunda com 4 a 6 anos.

Efeito colateral: Em alguns casos podem aparecer pintinhas vermelhas na pele por volta de uma semana após a aplicação.

AMAMENTAR: NÃO ABRA MÃO DESSA EXPERIÊNCIA


A amamentação não é inteiramente instintiva no ser humano. Ela precisa ser aprendida e estimulada, não dependendo somente da habilidade da mãe e da sucção do bebê

É fato comprovado cientificamente que o leite materno é o melhor alimento e o mais completo do ponto de vista nutricional para o seu bebê.

Rico em gordura, minerais, vitaminas, enzimas e imunoglobolinas, que protegem contra doenças, o leite materno possui uma poderosa combinação de elementos que são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento saudável da criança, além de aumentar o laço afetivo mãe-filho, fazendo com que seu filhote se sinta amado e protegido.

Então, aproveite as dicas de amamentação das enfermeiras Érika Vieira e Regina Barreto, das maternidades Santa Joana e Pro Matre Paulista e desfrute de inesquecíveis momentos.

• Lave bem suas mãos e busque um ambiente tranqüilo e aconchegante para o aleitamento. Saboreie esse momento;

• Aproveite o soninho do bebê para relaxar também e, sempre que possível, aceite ajuda para a realização das tarefas diárias;

• Poltrona com braço e encosto alto, cama e almofadas podem ajudar você e seu bebê a encontrar a melhor posição para a amamentação;

• Converse, cante e afague seu filhote. A interação entre vocês é importante e, por que não dizer, um dos segredos de sucesso.

• Antes de oferecer a mama ao seu bebê, lembre-se de verificar e garantir que a aréola esteja macia e flexível;

• Envolva seu bebê de forma que ele fique alinhado e confortável em seu colo; isso ajudará a garantir uma boa pega;

• Observe se o bebê conseguiu abocanhar a maior parte da aréola, dessa forma ele conseguirá retirar uma boa quantidade de leite, sem rachar o bico do seu peito;

• Deixe que o bebê esgote primeiro uma mama para depois oferecer a outra; caso ele ainda queira mamar;

• O número e o tempo de duração das mamadas dependem de cada bebê; ele sinalizará o que está sentindo por meio do sono, relaxamento, choro, sucção e/ou resmungo;

• Observe suas mamas, após as mamadas, certifique-se que essas estejam flácidas e o bico arredondado;

E lembre-se... Seu leite é forte, o choro do bebê nem sempre é sinal de fome, o tamanho da mama não é sinônimo de grande produção de leite;

Acredite em você!

DESCUBRA A NATUROLOGIA


Ao falar sobre amamentação, muitas mulheres se identificam com o tema por ser um procedimento comum e natural de toda a espécie humana. Porém, a vivência e os sentimentos de cada mulher em relação à amamentação são únicos, sendo fundamental se preparar para esse processo


Amamentar é um ato de doação. A mãe doa seu alimento ao filho, que retribui crescendo e se desenvolvendo saudável e feliz. Parece simples, mas, na realidade, nem tanto. “Para ser considerada um sucesso, a amamentação deve ser prazerosa tanto para a mãe quanto para o filho e isso só se consegue com preparo e dedicação”, explica a enfermeira Regina Barreto. Além disso, é bom
lembrar que amamentar é variável de mãe para mãe, de bebê para bebê e cada caso é um caso. “Os famosos conselhos que muitas vezes recebemos de mulheres próximas e que vivenciaram a amamentação, como nossas avós, mães, tias, irmãs e amigas, são
bem-vindos, mas devem ser seguidos com cautela. O ideal é que a gestante esclareça suas dúvidas com os profissionais especializados”, diz.

Vários fatores externos também contribuem para o sucesso da amamentação, como o ambiente favorável, a cooperação e o apoio dos familiares. “A família deve respeitar e aceitar o desejo da mãe em querer amamentar, pois é uma prática que traz inúmeras
vantagens, mas requer paciência, tempo e disposição”, afirma.

Veja a seguir algumas dicas da enfermeira Regina para tornar a
amamentação mais tranqüila:

• O pré-natal é o melhor período para se entender o processo da amamentação. Nas consultas com o obstetra, as dúvidas devem ser esclarecidas, as mamas examinadas e condutas, como cuidados e preparo dos mamilos, definidas.

• Fazer um curso preparatório para gestantes pode ser uma boa maneira de se informar sobre o assunto. Atualmente existem diferentes formas de atividades educativas, tanto individuais quanto coletivas (palestra, grupos etc.).

• Uma boa leitura é importante para esclarecimento, bem como
o acesso à Internet, mas o idea é que sejam adequadas para o momento e de boa qualidade, de preferência indicada pelos
profissionais que estiverem assistindo a mulher.

• Durante o pré-natal a gestante pode tomar banho de sol nas mamas, para o fortalecimento da pele.

• Utilizar sutiã com alças firmes para a sustentação eficiente dos seios.

• Após o nascimento do bebê, a higienização das mamas deve ocorrer apenas no banho diário, não sendo necessária a limpeza dos mamilos entre uma mamada e outra.

• Para prevenir as fissuras, uma boa dica é a hidratação da aréola
e do mamilo com o próprio leite materno, após as mamadas.

• Para que o bebê obtenha sucesso na sucção, é importante que ele seja levado ao seio o mais precocemente possível. Assim ele se adaptará mais rápido, adquirindo experiências afetivas e cognitivas.

• O descanso materno é fundamental para a produção do leite, assim como a tranqüilidade e a boa alimentação. A dieta deve ser deixada de lado nesta fase e a qualidade dos alimentos é necessária para o organismo permanecer saudável.

• O revezamento nos cuidados com o bebê também é importante
neste início, e o pai é o grande indicado para o auxílio. A troca da fralda noturna e o banho do dia são tarefas adequadas para o papai executar. Durante a mamada ele também pode verificar o posicionamento da mãe e do bebê, o conforto de ambos e também
fazer o bebê arrotar.

Observe como seu bebê está mamando

PEGA CORRETA
• Queixo do bebê toca a mama
• Boca bem aberta
• Lábio inferior virado para fora
• Não se consegue ver quase
nada da aréola (a maior parte dela
aparece acima do lábio superior
do bebê; pouca aréola aparece
por baixo do lábio inferior)
• A mãe não sente dor nos
mamilos, apenas uma fisgada no
início da mamada
• Sugadas lentas e profundas
• Escuta-se o bebê engolindo
• Bebê satisfeito após a mamada

PEGA INCORRETA
• Queixo do bebê separado da mama
• O bebê suga com chupadas pequenas e rápidas, podendo ouvir-se o barulho
• Ele consegue extrair pouco ou nenhum leite da mama, deglutindo grande quantidade de ar
• Devido a esta dificuldade o bebê pode recusar o peito ou ficar por muito tempo na mama
• O bico do seio fica dolorido podendo ocorrer fissuras
• O bebê não ganha peso e
chora bastante

GARANTIR ESTE DIREITO É DEVER DE TODOS!


Este foi o slogan nacional da Semana Mundial de Aleitamento Materno que aconteceu de 1 a 7 de agosto de 2006.O evento é uma ação importante no incentivo, apoio e promoção do aleitamento materno, mobilizando este ano a população de cerca de 120 países para o tema.

Amamentar é um ato de amor? Sim, pois, além do afeto gerado entre mãe e filho, desperta e requer grande dedicação dos pais e familiares para que ocorra com sucesso, já que demanda mudanças no hábito de vida dos envolvidos.

“O ato de amamentar é um processo natural, mas que necessita de aprendizado por parte da mãe e do bebê. Ambos estão em fase de adaptação”, explica a enfermeira Regina Célia Guedes Barreto, Coordenadora do Berçário Normal e membro da Comissão de Aleitamento Materno da Pro Matre Paulista. “É necessário que, já no pré-natal, as mulheres recebam uma assistência abrangente e de qualidade, sendo informadas sobre as vantagens, as técnicas de aleitamento materno, a fisiologia e as possíveis intercorrências”, completa.

Para Regina, as mamães devem, durante sua estada na Maternidade, solicitar o auxílio da equipe e esclarecer suas dúvidas quanto aos cuidados com o bebê e com a amamentação. Em casa, procure manter o ambiente tranqüilo, calmo e propício para o aleitamento materno. A seguir, a enfermeira Regina divide com as gestantes e lactantes algumas dicas e informações importantes.

Vantagens e importância do aleitamento

• É prático, o leite já vem pronto, sem risco de contaminação, sai da mama e vai direto para a boca do bebê na temperatura ideal;

• Com sabor adequado para o paladar, o leite contém todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento da criança, do nascimento à vida adulta;

• Protege contra doenças infecciosas, anemias, alergias, desidratação e diarréia;

• Reforça o vínculo afetivo;

• Diminui o risco de a mãe adquirir câncer de mama e ovário;

• No pós-parto, o útero volta ao seu tamanho normal com mais facilidade e reduz o sangramento.

Dicas para a lactante que voltará ao trabalho

Em alguns Estados brasileiros a licença-maternidade já mudou para seis meses, favorecendo e viabilizando o aleitamento materno por mais tempo que a média atual de quatro meses. De acordo com a Legislação Trabalhista (CLT), a mãe que amamenta pode dispor de uma hora por dia na jornada de trabalho para dedicar-se ao
aleitamento materno.

Se você vai voltar a trabalhar e deseja manter a amamentação, leia atentamente as dicas da enfermeira Regina, e saiba como armaze-
nar seu leite para que ele seja oferecido, ao seu bebê, na sua ausência:

• Iniciar a coleta 15 dias antes da oferta do leite
para o bebê;

• Providenciar os utensílios adequados para a retirada, armazena-
mento e oferta: frasco de vidro com tampa, um copo ou xícara de café para a retirada do leite e outro para a oferta, sempre de material resistente a fervura.Lavá-los e fervê-los por 15 minutos. Deixar escorrer a água em um pano de uso exclusivo para o procedimento. Tampar os frascos sem tocar na parte interna e guardá-los em armário ou recipiente limpo;

• Realizar higienização da geladeira e freezer e se possível separar uma parte apenas para o leite, não deixar na porta da geladeira;

• Escolher o local para o procedimento, de preferência na sala ou quarto e nunca no banheiro ou cozinha;

• O banho diário antes do inicio da coleta do dia é suficiente;

Durante o procedimento:

• Ter sempre o cuidado de retirar pulseiras, relógios e anéis;

• Realizar o banho diário;

• Prender os cabelos com touca descartável ou lenço e utilizar uma máscara ou fralda de pano sobre o nariz e a boca;

• Lavar as mãos e enxugá-las com toalha limpa ou papel descartável;

• Ao coletar o leite, massagear e ordenhar as mamas de preferência com as mãos. Caso for utilizar a bomba mecânica, leia o manual de instrução, centralize o mamilo para que não o machuque e não se esqueça de realizar a desinfecção das peças;

• Identificar o frasco de leite com data e horário da coleta, pois o leite refrigerado tem validade de 24 horas e o congelado de 15 dias;

Ao oferecer para o bebê:

• Descongele e aqueça em banho-maria com o fogo desligado (manter o frasco na água apenas por alguns segundos), retire e agite o frasco e repita o procedimento até o leite amornar;

Dicas para quem não amamenta

Lembramos que se tornar mãe/cuidadora já é um grande passo para a construção do vínculo e do amor materno, por isso, as mães que, por algum motivo, não puderam ou não quiseram amamentar devem estar tranqüilas e cientes de que também doam e recebem carinho.
O sorriso e o olhar de agradecimento do bebê ao ter suas necessidades supridas acontecem independente do aleitamento materno.
“Cuidar é também um ato de amor!”, diz Regina.
A seguir algumas dicas para a promoção e fortalecimento da relação mãe/bebê. Se você não amamenta, aproveite os momentos junto ao bebê e...

• Exercite o método Canguru;

• Converse e cante para ele;

• Afague-o, demonstrando seu carinho;

• Massageie o bebê antes do banho para descontraí-lo;

• Ofereça o leite artificial, sempre que possível, no seu colo.

AMAMENTAR E MANTER OS SEIOS FIRMES E BONITOS. É POSSÍVEL?


O número de mamães que procuram por uma cirurgia plástica de mama vem aumentando anualmente. Na maioria das vezes, elas buscam corrigir a flacidez e/ou a redução do volume mamário, que, inevitavelmente, sofre alterações após a gravidez e, principalmente, a amamentação. Veja a seguir as recomendações de um especialista no assunto

Após a gestação, muitas vezes a pele tende a ficar mais flácida levando à ptose (queda) da mama. Além disso, também é comum a mulher ter seios pequenos e após o parto eles se tornarem mais volumosos, inclusive, após o período do aleitamento materno. Segundo o cirurgião plástico Santiago Garcia Lamelo, da Maternidade Pro Matre Paulista, isso ocorre porque o pleno desenvolvimento das glândulas mamárias acontece durante a gravidez.

“É importante destacar que o ganho de peso gestacional já é um importante incremento de massa gordurosa corporal, evento capaz de aumentar o tamanho das mamas de um a dois números do manequim do sutiã”, explica o cirurgião.

Atualmente, com o avanço da medicina e das técnicas de cirurgias plásticas, essa situação pode ser corrigida com a retirada do excesso de pele e o reposicionamento dos tecidos mamários, a chamada mamoplastia, que se divide em três tipos: de aumento, conhecida como cirurgia da prótese de mama; redutora e a mastopexia, para a correção da flacidez.

De acordo com o especialista, não dispomos de números seguros de quantas cirurgias plásticas de mama são feitas no Brasil. Todavia, diz ele, “para efeitos de comparação podemos citar que nos Estados Unidos são realizadas, anualmente, cerca de 250 mil próteses mamárias”. Particularmente, dr. Santiago nos conta que realiza, por mês, de quatro a oito mamoplastias. Com maior procura durante os meses de inverno e sendo metade delas em mulheres que já são mães.

Mas, mesmo com todas essas possibilidades, é aconselhável que as mamães recorram ao procedimento apenas cerca de um ano após o parto e o médico explica o porquê: “Para aquelas que pensam em realizar a cirurgia e também querem uma segunda gestação, é preciso estarem cientes que a possibilidade de amamentação é bastante variável, isso também vale para as que ainda não têm filhos. A capacidade de produção do leite materno pode ser afetada em diferentes graus, dependendo do tamanho da prótese e do tipo de acesso para a introdução da mesma. Por exemplo, a cirurgia mais procurada atualmente é a mamoplastia de aumento, exatamente a que mais dificulta a capacidade de produção de leite.”

Estatísticas norte-americanas dão conta que de 24% a 64% das mulheres operadas apresentam algum tipo de dificuldade na amamentação. Para dr. Santiago esses dados são muito significa tivos e devem ser levados em consideração se o desejo de amamentar for muito valorizado pela candidata à mamoplastia.

Segundo ele, o principal fator atuante em situações como essa é a atrofia da glândula mamária, que ocorre pela compressão exercida pela prótese. “Este efeito evolui de forma lenta e gradual e leva a diminuição da espessura da glândula mamária em diferentes níveis de hipotrofia ao longo do tempo”, enfatiza o cirurgião.

São vários os formatos de próteses encontrados no mercado e elas pouco influenciam na amamentação. “O que pode interferir, sem dúvida, é o tamanho dela. Sabemos que próteses com volume acima de 300cc aumentam os riscos de complicações potenciais a médio e longo prazo”, afirma. Outro detalhe que, na sua opinião, pode afetar o aleitamento é o tipo de acesso usado para a introdução da prótese. “Sabemos que a via areolar é a que mais apresenta riscos de danificar os ductos mamários durante a sua realização”, conta o cirurgião.

A mamoplastia é considerada um procedimento de porte médio, podendo ser realizada em regime de hospital-dia, com internação por meio período e alta hospitalar na mesma data. “Normalmente utilizamos anestesia local mais sedação endovenosa.

Em alguns casos selecionados indicamos a anestesia geral para promover maior conforto e segurança da paciente”, destaca.

O médico considera que esse tipo de procedimento cirúrgico deve ser realizado em mulheres com mais de 18 anos. “É a partir dessa idade que as nossas pacientes podem avaliar criteriosamente os prós e contras de cada cirurgia. Devemos estar seguros da maturidade emocional da candidata, além do que é nesta faixa etária que as mamas já adquiriram o seu desenvolvimento quase completo”, lembra ele.

Quanto à mamãe que passou por uma mamoplastia e quer engravidar novamente, o conselho é que espere pelo menos seis meses decorridos da cirurgia. Mas, se a paciente deseja um resultado estético mais consistente e duradouro, o conselho médico é: “Aguarde até sua última gestação para então submeter-se à cirurgia. Com certeza, o resultado será mais definitivo”, finaliza dr. Santiago Lamelo.

A LICENÇA MATERNIDADE ACABOU, MAS VOCÊ PODE CONTINUAR AMAMENTANDO


Não deixe que o fim da sua licença-maternidade signifique também o fim do seu período de amamentação. O leite materno é o alimento ideal para o desenvolvimento e crescimento do seu bebê, pois possui todos os ingredientes que ele necessita nos primeiros meses de vida.


Para associar trabalho e amamentação, você pode oferecer outros alimentos, evitando a introdução da mamadeira – principal causa de desmame precoce. Ao retornar ao trabalho, a lactante tem o direito por lei de sair duas vezes ao dia, por meia hora em cada vez, para amamentar ou poderá sair mais cedo para casa, por uma hora antes. Longe do bebê êdeve adaptar a amamentação à volta ao trabalho seguindo um esquema como este:

6 HORAS – Amamentar antes de ir ao trabalho.

9 HORAS – Papa de legumes e suco de frutas.

12 HORAS – Leite materno ordenhado.

15 HORAS – Leite materno ordenhado e papa de frutas.

18 HORAS – Leite materno ordenado ou amamentar.

22 HORAS – Seio materno.

DURANTE A NOITE – dê o seio materno caso o bebê solicite.

Para estimular a descida do leite tome um banho morno ou coloque compressas com toalhas mornas nos seios. Essas manobras facilitam a extração do leite. A seguir, a enfermeira pediatra Mercedes Sakagawa, do Banco de Leite do Hospital e Maternidade Santa Joana e da Pro Matre, vai lhe mostrar passo a passo como você pode retirar e armazenar seu leite materno para continuar oferecendo ao seu bebê mesmo após seu retorno às atividades profissionais.

Fazer a massagem
circular nos pontos
entumecidos por 2 minutos;
Desprezar os primeiros jatos
em algodão ou gaze umedecidos com água fervida (utilizando
uma unidade para cada seio);
Fazer a ordenha manual com os dedos, faça pressão contra a mama
e traga-a de volta sem tirar os dedos do lugar. Repita de 3 a 4 vezes
em cada mama alternadamente (mais ou menos 2 minutos cada).

Como proceder para armazenar o leite materno

1. Após o término da ordenha, coloque o leite em frasco esterilizado e identifique-o com data e horário;

2. Guarde o leite materno na geladeira para utilização dentro de 24 horas após a ordenha. A validade de leite materno em geladeira é de 24 horas;

3. Para utilizá-lo após as 24 horas, o leite materno colhido deverá ser guardado, de imediato, em freezer ou congelador. Também é possível colocar no mesmo frasco outras retiradas até completar o volume do recipiente;

4. Para as mamães que querem manter a alimentação exclusiva ou complementar com o seu leite, é importante iniciar a guarda 15 dias antes de seu retorno ao trabalho e no local do serviço procurar um ambiente limpo para fazer a retirada de seu leite nos horários disponíveis ou com intervalos de 3 a 4 horas;

5. O procedimento para a guarda é o mesmo feito em casa e o transporte deverá ser em bolsas térmicas com gelo reciclável (tipo geloc);

6. O leite retiradoo no trabalho e em casa poderá ser oferecido em 24 horas como também poderá ser congelado, obede cendo sempre a data da validade;

7. Para preservar o valor nutricional do leite materno, o aquecimento para a oferta não deve ultrapassar à temperatura corporal;

8. Para descongelar o leite: coloque o frasco em água quente agitando-o até o descongelamento (não deixar aquecer) e guarde-o na geladeira. A validade do leite descongelado é de 24 horas;

9. Devem ser desprezadas as sobras de leite após a mamada, o leite aquecido não utilizado bem como o leite descongelado não utilizado dentro de 24 horas.

10. Além da ordenha manual existe a mecânica que pode, inclusive, ser feita no trabalho. Empresas especializadas alugam equipamentos e oferecem assessoria para a mamãe retirar e armazenar o leite. Alguns equipamentos são ideais para a volta ao trabalho, pois vêm com bolsa térmica que funciona como geladeira portátil para transportar o leite do trabalho para casa.

Orientação para higiene e esterilização de frascos:

1. Lavar todo o material a ser utilizado
com detergente e água quente;

2. Ferver por dez minutos em fogo brando;

3. Deixar escorrer até secar naturalmente;

4. Fechar o frasco após a secagem e guardar
em recipiente ou local limpo;

5. No forno de microoondas, utiliz ar o esterilizador
próprio e seguir as orientações do fabricante.

LONGE DE CASA


Com dedicação e tecnologia, o aleitamento materno pode ter continuidade mesmo após o fim da licença-maternidade. A dica é: prepare-se com antecedência


Tudo que é bom acaba logo! Fim do afastamento ao trabalho e começo de algumas preocupações. E agora como amamentar meu bebê?

Diferente do que algumas mamães imaginam, é possível sim conciliar trabalho

com aleitamento materno, através da ordenha e armazenamento caseiro do leite.

Na volta ao trabalho o coração das mamães fica dividido e, mesmo longe, é inevitável que a mulher saiba quando seu pequeno está faminto. Por mais que esteja entretida profissionalmente, os horários das mamadas não serão esquecidos.

Os seios produzem mais leite, e por isso há o vazamento e até ‘empedramento’ do nutritivo leitinho. Automaticamente, o pensamento da mãe é todo transferido ao bebê, que provavelmente está chorando desesperadamente de fome.

A dica é: programe-se. A nutricionista, coordenadora do posto de coleta de leite humano da Maternidade Pro Matre Paulista e banco de leite humano do Hospital e Maternidade Santa Joana, Maria Mercedes Sakagawa, sugere que 15 dias antes do início das atividades a ordenha e armazenamento de leite sejam praticados. Recomendada por ser menos agressiva, a ordenha manual é uma das opções para a nutriz. Porém, há outras alternativas com a ajuda de aparelhos específicos: a ordenha mecânica ou elétrica que atualmente podem ser alugadas pelas mamães. Independente da escolha, as regras de higiene são únicas.

“Além dos hábitos diários, retire as pulseiras, anéis e relógio, prenda os cabelos com touca ou lenço, coloque máscara descartável ou fralda sobre o nariz e a boca e lave as mãos até o cotovelo com água e sabão. Para finalizar, enxague bem e seque com toalha limpa ou papel toalha descartável”, aconselha Mercedes. A retirada do leite deve ser feita em local limpo, reservado e longe de animais domésticos. “Despreze sempre os primeiros jatos”, ensina a nutricionista.

Todo o material utilizado deve ser lavado com detergente e água corrente e fervido por 15 minutos em fogo brando. A secagem deve ser natural, sem o auxílio de panos. No caso de utilização da bomba os procedimentos são os mesmos. O próximo passo, que causa muita dúvida nas mamães, é como armazenar o leite materno.

Segundo a especialista, o leite deve ser guardado em frasco de vidro com tampa plástica, ou também no frasco da mamadeira (vidro ou plástico), neste caso utilize os acessórios (arruela e tampinha) da mamadeira sem o bico. “Identifique o frasco com data e horário da coleta. A validade na geladeira para consumo é de 12 horas, e, no freezer ou congelador, de 15 dias. Deixe sempre três centímetros antes de atingir a boca do frasco, pois o leite materno congelado aumenta de volume”, explica.

Para garantir que o alimento esteja em perfeitas condições para o consumo a nutricionista recomenda: “Depois de sofrer alteração de temperatura, o leite materno não pode ser utilizado novamente, devido à perda do valor nutricional pelo aumento de microrganismos do próprio leite que leva a fermentação e causa transtornos gastrintestinais no bebê. A regra é retirar da geladeira amornar e servir.”

Passear com o leitinho do trabalho para casa, algumas vezes torna-se necessário. Pensando nisso, a especialista dá algumas dicas de transporte.

“Utilize recipiente térmico com bolsa de gelo reciclável. O uso deverá ser exclusivo para o leite materno. Não utilize caixa térmica de isopor por ser de superfície porosa e de difícil higienização.”

HORA DE MAMAR

Pode acontecer de nas primeiras vezes a criança estranhar o modo que está recebendo seu leitinho. Por isso é necessária a adaptação antes da volta oficial da mamãe ao trabalho.

O preparo precisa de muito carinho e cuidados especiais. Deixe de lado o micro-ondas e as leiteiras. Descongele-o em banho-maria.

“Coloque o frasco de leite em um recipiente com água fervida, durante o descongelamento e agite o frasco para homogeneizar o líquido. Em poucos minutos, o conteúdo estará diluído e gelado”, recomenda a nutricionista.

O papai, a vovó, a titia, enfim, a pessoa que ficará com o bebê precisa ser paciente. Caso o pequeno não aceite o leite na primeira vez, espere alguns minutos, acalme-o e tente novamente. “Para as crianças acostumadas com o seio materno recomendamos a oferta em copinho, desde que o cuidador tenha conhecimento da técnica”, diz Mercedes.

Para tranqüilizar os corações sofridos com a separação, a boa notícia dada pela nutricionista é que em regras gerais a amamentação no peito não será prejudicada pela amamentação a distância.

A NUTRICIONISTA MERCEDES ENSINA COMO FAZER A ORDENHA MANUAL

Massageie as mamas utilizando os dedos (indicador e médio) fazendo movimentos circulares no sentido da aréola na mama inteira. Os movimentos devem ser feitos na base da aréola em direção ao mamilo, alterando a posição.

Após a massagem, limpar com algodão umedecido em água fervida a região areolar e mamilo (utilizar um algodão para cada mama). Em seguida desprezar os primeiros jatos, utilizando novamente um algodão umedecido para cada mama. Esse cuidado é para deixar o canal de saída do leite isento de resíduos da retirada anterior.

POLIVITAMÍNICOS NA AMAMENTAÇÃO


O uso de polivitamínicos após o parto, no período da amamentação, é ainda um tema controverso entre os médicos, mas a maioria deles recomenda essa complementação, principalmente durante o aleitamento exclusivo


O leite materno é um líquido rico em gordura, minerais, vitaminas, enzimas e imunoglobulinas que protegem contra doenças. Apesar de o leite maduro ser formado em 87% por água, os restantes 13% são uma poderosa combinação de elementos, fundamentais para o crescimento e desenvolvimento da criança. “Para manter a qualidade desse leite e ainda manter a energia da mãe, além de uma alimentação adequada, também é recomendada uma suplementação através da ingestão de polivitamínicos”, explica o ginecologista e obstetra Franco L. Chazan.

As necessidades nutricionais durante a amamentação são maiores, sendo necessário aporte calórico adequado para suprir o conteúdo energético do leite produzido e secretado. É recomendado o aumento do consumo de alimentos ricos em ferro (carne vermelha magra, fígado, feijões, verduras escuras), cálcio (leite, iogurte, queijo, salmão, couve, espinafre, almeirão, gergelim, amêndoas), vitaminas A (fígado, gema de ovo, vegetais verdes escuros e amarelos) e do Complexo B (hortaliças folhosas verdes, leguminosas, fígado, germe de trigo, suco de laranja) para sustentar a lactação e não diminuir as reservas maternas.

As mães que amamentam têm uma necessidade aumentada de todos esses nutrientes para prevenir a subnutrição nelas e no seu bebê, porém o ferro e o cálcio são os mais importantes nessa fase: o ferro para compensar o sangue perdido no parto, e o cálcio para repor o que o organismo disponibilizou para a produção de leite. “Os polivitamínicos usados na gravidez trazem um bom balanceamento de oligominerais e vitaminas. O que for necessário será absorvido pelo organismo, o que não for será excretado”, diz o médico.

Uma mãe saudável, bem nutrida, tem mais possibilidades de amamentar com sucesso. “Siga as orientações do seu médico e inclua uma suplementação vitamínica à sua dieta, se for recomendada”, aconselha o médico. Seu filho agradece!

CAFÉ, CHÁS, SUCOS NO LUGAR DE LEITE MATERNO


Estudo do Ministério da Saúde mostra que crianças recebem outros tipos de alimentos nos primeiros seis meses de vida, quando o aleitamento materno exclusivo é recomendado

Pesquisa do Ministério da Saúde mostra introdução precoce de outros líquidos que não seja o leite materno na alimentação do bebê. Água (60,4%), chás (16,5%), sucos (37%) e outros leites (48,8%) foram oferecidos às crianças já nos seis primeiros meses de vida, período em que o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo. Além dessas bebidas, foi constatada a ingestão de alimentos não saudáveis como bolachas, refrigerantes e café por crianças com menos de 12 meses. O levantamento foi feito em 27 capitais e em outros 239 municípios, o que somou informações de aproximadamente 118 mil crianças.

Cerca de 1/4 das crianças, entre 3 e 6 meses, já consumiam comida salgada (21%) e frutas em pedaço ou amassadas (24,4%). A Região Sudeste foi a que apresentou maior percentual de crianças recebendo comida salgada entre 3 e 6 meses de idade (28,9%), superando em mais de três vezes a Região Norte (8,9%).
Em contrapartida, cerca 27% das crianças entre 6 e 9 meses, período no qual se recomenda a introdução de alimentos sólidos/semi-sólidos na dieta da criança, não recebiam comida salgada. A Região Sudeste também foi a que mais as crianças recebem frutas precocemente, entre 3 e 6 meses (28,3%). A região Norte apresentou o menor índice (17,5%).

REFRIGERANTES E SALGADINHOS - Em relação aos marcadores de alimentação não saudável, constatou-se consumo elevado, em crianças entre 9 e 12 meses, de café (8,7%), de refrigerantes (11,6%) e, especialmente, de bolachas e/ou salgadinhos (71,7%).
A recomendação do Ministério da Saúde é que o bebê deve se alimentar exclusivamente de leite materno até seis meses de idade. Não há necessidade nem de ingestão de água. Após essa idade, ao introduzir água, por exemplo, deve ser dada em copo e não em mamadeira. Pois tanto a chupeta e a mamadeira acostumam o bebê a sugar de maneira diferente, o que influencia na sucção do leite.

CAMPANHA - Esses e outros dados fazem parte da II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e DF (PPAM), divulgada durante a Semana Mundial de Amamentação (veja outros dados do estudo, relacionados à amamentação, no Portal Saúde www.saude.gov.br).

Outros dados da pesquisa (www.saude.gov.br)
- Uso de Chupeta
Levantamento do Ministério da Saúde mostra que, entre 1999 e 2008, houve redução expressiva do uso de chupeta em crianças menores de 12 meses. Em 1999, 57,7% dos bebês menores de 12 meses usavam chupeta no país. No ano passado, esse percentual caiu para 42,6%, uma variação de 15,1%.

- Uso de Mamadeira
Na pesquisa de 2008, verificou-se que, para o total das crianças menores de 12 meses analisadas, foi freqüente também o uso de mamadeira (58,4%). O uso de mamadeira (veja quadro abaixo) foi mais registrado na região Sudeste (63,8%) e menos freqüente na região Norte (50,0%). Foi a primeira vez que o dado, uso de mamadeira, foi analisado pelo Ministério da Saúde

- Aleitamento Materno
Pesquisa mostra que o tempo médio do período de Aleitamento Materno (AM) no país aumentou um mês e meio: passou de 296 dias, em 1999, para 342 dias, em 2008, nas capitais e Distrito Federal.

- Aleitamento materno exclusivo

O estudo também revelou um aumento do índice de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) em crianças menores de quatro meses. Em 1999, era de 35%, passando para 52% em 2008. Outro resultado importante está relacionado com o aumento, em média, de um mês na duração do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) nas capitais e Distrito Federal. Em 1999, a duração do AME era de 24 dias e, em 2008, passou a ser de 54 dias – ou seja, mais que dobrou.

OS BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO PARA A SAÚDE BUCAL

Quem pensa que a amamentação só é importante porque garante o principal alimento para os bebês nos primeiros meses de vida se engana. "Uma das formas de garantir um sorriso harmonioso é a amamentação. O aleitamento natural é a melhor opção para favorecer o exercício da sucção do bebê, muito importante para o desenvolvimento muscular e ósseo do rosto. O aleitamento ajuda a projetar para a frente o queixo do bebê, que, em geral, nasce posicionado mais para trás. Ao mamar no peito, a criança também aprende a respirar pelo nariz e a posicionar a língua”, conta Celina Gavini, odontopediatra da Clínica Genesis.

E mesmo quando os pequenos se alimentam apenas com leite materno e ainda não têm dentinhos, é fundamental cuidar da higiene da boca. É comum o leite se acumular em algum cantinho e fermentar, o que torna a cavidade bucal um local para o desenvolvimento de fungos e bactérias. “Para evitar que isso aconteça, o ideal é que a higiene seja feita com uma fralda ou gaze umedecida com água filtrada ou fervida em toda a gengiva do bebê, logo após as mamadas ou, rotineiramente, toda noite”, explica Celina Gavini que ainda complementa: “A escova de dente vai ser utilizada a partir do nascimento do primeiro dente. Os modelos ideais são as de cabeça pequena e cerdas macias. A pasta de dentes só entra em cena quando a criança tiver os oito incisivos, quatro superiores e quatro inferiores. A primeira opção são os dentifrícios sem flúor. Até os três anos de idade, o creme dental da criança não deve conter flúor. Isso porque ela ainda não consegue cuspir a espuma e, se engolir essa substância em excesso, e constantemente, pod
e desenvolver uma doença chamada fluorose, que altera os dentes em formação”, alerta a dentista.

Quando a primeira dentição começa a nascer é hora de introduzir na dieta do bebê os alimentos mais sólidos. Segundo a dentista, o hábito de bater tudo no liquidificador deve ser evitado porque, ao comer alimentos mais pastosos, a criança já começa a treinar os movimentos mastigatórios. Água, sucos e outros líqüidos devem ser tomados no copo para estimular o movimento de sorver, que também é importante. “Alternar colher, canudo e caneca ajuda a exercitar movimentos musculares diversos. Após a introdução dos alimentos sólidos, os pais devem retirar, gradativamente, o hábito da mamadeira noturna. "O resto de leite que fica na boca cria uma verdadeira cultura de bactérias, que pode provocar o aparecimento de cáries", informa a odontopediatra da Clínica Genesis.

Uma das maneiras do bebê interagir com o mundo é por meio da boca. Ele vive esta fase oral no primeiro ano de vida e, na hora de explorar os objetos, leva tudo o que encontra à boca, sua maior fonte de prazer. “Por isso, todo cuidado com a higiene dos brinquedos é pouco. Eles devem ser lavados constantemente com água e sabão”, recomenda a odontopediatra.

Nada de chupeta

Os danos que chupar dedo e chupeta provocam ao desenvolvimento muscular e ósseo são bastante propagados e os dentistas sempre os reforçam: esses hábitos podem causar problemas como dentes superiores projetados para a frente e interposição da língua no meio dos dentes. As maloclusões são essencialmente decorrentes de hábitos nocivos desenvolvidos na infância, dentre os quais destacam-se a succção da chupeta e do polegar. “Os efeitos destes hábitos sobre o desenvolvimento da maxila e da mandíbula e sobre os arcos dentários dependem do desenvolvimento osteogênico da criança, da duração, da freqüência e da intensidade com os quais eles são praticados”, explica a dentista.

O crescimento da face durante a vida é influenciado pelo desenvolvimento adequado da respiração, mastigação, fonação e deglutição. As maloclusões causam prejuízo em todas estas funções, sendo, portanto, justificável a atuação preventiva do odontopediatra, que pode intervir exatamente no período em que estão ocorrendo as mudanças do processo de crescimento ósseo. “Ainda na primeira infância, a interrupção dos hábitos deletérios, como o uso da chupeta, possibilitaria o adequado crescimento ósseo e dentário”, finaliza Celina Gavini.


Cuidados essenciais com a amamentação

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Higiene

- Antes de amamentar lave as mãos com água corrente e sabão e enxágüe bem.

- Não lave os mamilos (bico dos seios), deixe o retinho do leite, pois ele também serve de cicatrizante para os seios.

- Prepare seus seios durante a gestação, expondo-os 15 mim no solzinho das 8hr da manhã, assim eles não teram rachaduras nem fissuras.

- Não use óleo ou hidratante nos seios.

Posição

Escolha a posição mais confortável para você e para seu bebê. Deixe a sua barriga juntinha com a barriga do seu bebe, assim você transmitira seu calor para ele e o deixará mais tranqüilo, protegido e amado.

Local

Escolha um local tranqüilo e sossegado para amamentar. Esse é um momento especial entre você e seu bebê.

Ao oferecer a mama

- Tome cuidado para não asfixiar o bebê. Pressione delicadamente a mama com os dedos para afasta – lá do narizinho do seu filho.

- Verifique sempre se colocou toda a auréola (parte mais escura do seio) na boquinha do bebê.

- Ofereça sempre os dois seios, não de prioridade para um.

- Ao término da mamada, coloque o dedo mínimo o canto da boquinha do seu filho e puxe a mama suavemente. Assim você evita machucar os mamilos.


Por Francine Sarturi Prass
Fonte: www.nutricaoativa.com.br

AUMENTA TEMPO MÉDIO DE ALEITAMENTO MATERNO


Pesquisa do MS mostra também que, de 1999 a 2008, período de amamentação exclusiva com leite da mãe também cresceu um mês

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Levantamento do Ministério da Saúde - feito em todas as capitais e Distrito Federal e em outros 239 municípios o que somou informações de aproximadamente 118 mil crianças – mostra que o tempo médio do período de Aleitamento Materno (AM) no país aumentou um mês e meio: passou de 296 dias, em 1999, para 342 dias, em 2008.

O estudo também revelou um aumento do índice de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) em crianças menores de quatro meses. Em 1999, era de 35%, passando para 52% em 2008. Outro resultado importante está relacionado com o aumento, em média, de um mês na duração do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) nas capitais e Distrito Federal. Em 1999, a duração do AME era de 24 dias e, em 2008, passou a ser de 54 dias – ou seja, mais que dobrou.

Esses e outros dados estão na II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e DF (PPAM), divulgada durante a Semana Mundial de Amamentação. Entende-se por Aleitamento Materno (AM): a criança recebe leite materno e quaisquer outros líquidos ou alimentos e por Aleitamento Materno Exclusivo (AME) a criança recebe somente leite materno, sem quaisquer outros líquidos ou alimentos, exceto medicamentos.

Na década de 1970, as taxas de mortalidade foram altas no país, muito em função do pequeno período de aleitamento materno – 2,5 meses em média. Entretanto, nos últimos anos, a conscientização dos profissionais e as estratégias de governo têm mudado esse cenário. Essa melhora pode ser atribuída a inúmeros fatores, dentre eles: às campanhas governamentais de incentivo ao aleitamento materno nos três níveis (federal, estadual e municipal); à promoção de cursos (aconselhamento e de manejo clínico da amamentação, entre outros); a uma melhor preparação dos profissionais de saúde; ao crescimento na implantação de bancos de leite humano; às campanhas com a Semana Mundial da Amamentação e ao Dia Nacional de Doação de Leite Humano que contribuem para a mobilização social, à Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso - o Método Canguru; à Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) transformada na lei nacional 11.2
65 em 2006; e à Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC).

“O Brasil é um dos poucos países onde há uma política nacional de aleitamento materno coordenada no nível federal. E também onde as normas de controle de comercialização dos ditos ‘substitutos do leite materno’ é exemplo para outras nações”, explica Elsa Giugliani, coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, do Ministério da Saúde. Tudo isso impacta diretamente em uma maior conscientização da população.

A IHAC, idealizada pela OMS e Unicef para promover, proteger e apoiar a amamentação, foi incorporada pelo MS em 1992 e, desde então, com o apoio das secretarias estaduais e municipais, tem capacitado profissionais, realizado avaliações, reavaliações e estimulado a rede hospitalar para o credenciamento dos hospitais, que se tornam referência em amamentação para seu município, região e estado.

BOM DESEMPENHO

Belém é a capital com o maior índice de aleitamento materno exclusivo em crianças menores de 6 meses; Macapá apresenta a maior duração de aleitamento materno; Campo Grande é quem mais avançou nos índices de aleitamento materno exclusivo; e São Luis, por sua vez, tem os melhores dados de aleitamento materno na primeira hora de vida. Essas capitais serão homenageadas por seus indicadores positivos e receberão um diploma por seu desempenho.
“A ideia é que esses dados forneçam subsídios para o planejamento e avaliação da Política Nacional de Aleitamento Materno em todas as esferas de gestão. Além disso, poderá orientar ações de grupos e organizações não-governamentais que atuam na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno”, explica Lilian Córdova do Espírito Santo, assessora para Assuntos Relacionados ao Aleitamento Materno, da Área Técnica de Saúde da Criança.

Veja os principais resultados da pesquisa:

ALEITAMENTO MATERNO

Desde a implantação do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno, no início da década de 1980, os índices de aleitamento materno vêm aumentando gradativamente. Fortaleza foi a capital onde houve maior incremento percentual de crianças amamentadas no final do primeiro ano de vida. Os aumentos mais expressivos ocorreram nas regiões Norte e Nordeste e a menor modificação foi na região Sul.

CONCLUSÃO E DESAFIOS

A inserção da mulher no mercado de trabalho - não apenas no Brasil, mas em outros países - tem relação com a redução do tempo de amamentação. A pesquisa mostra essa tendência: a de que as mulheres que estavam em licença maternidade amamentavam mais que as outras. Assim, a ampliação para seis meses – uma das bandeiras da Sociedade Brasileira de Pediatria apoiada pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão – pode ser considerada como um grande avanço no sentido de incentivar a extensão do tempo da AME. A expectativa é que, daqui a alguns anos, se consiga perceber o efeito dessa medida.

Outra estratégia que influencia positivamente o aleitamento por mais tempo é a implantação da Rede Amamenta Brasil, criada pelo MS neste ano de 2008 e que tem por objetivo capacitar profissionais para auxiliar a mãe em todo o processo de aleitamento. A Rede vem como mais uma ação de promoção, proteção e apoio à prática do aleitamento materno, voltada para a Atenção Básica.

A conclusão geral obtida com a pesquisa é que houve melhora significativa da situação do aleitamento materno no período analisado. O AM na primeira hora de vida, de acordo com critérios estabelecidos pela OMS, por exemplo, foi caracterizado como “bom” nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, com prevalência variando de 50-89%. De acordo com Elsa, um dos desafios observados com a pesquisa, a serem enfrentados, é a necessidade de intervenções no sentido de promover hábitos saudáveis de alimentação, sobretudo no primeiro ano de vida.

SOBRE A PESQUISA

A II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e DF (PPAM) tem como objetivo verificar a situação atual da amamentação e da alimentação complementar no Brasil, analisar a evolução dos indicadores entre 1999 e 2008, identificar grupos populacionais mais vulneráveis à interrupção do aleitamento materno, além de avaliar as práticas alimentares saudáveis e não saudáveis. Isso porque altas taxas de aleitamento materno influenciam diretamente no declínio da mortalidade infantil no Brasil – um dos Objetivos do Milênio, buscado no país por meio do Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil.

Realizado em outubro de 2008, o estudo foi financiado pelo Ministério da Saúde por meio de convênio com a Fiocruz, e coordenado por uma equipe de pesquisadoras do Instituto de Saúde da SES/SP e da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do MS.

A análise do aleitamento materno seguiu as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), em relação à alimentação da criança nas 24 horas que antecederam a pesquisa. Foram considerados os seguintes parâmetros:

- Aleitamento Materno Exclusivo (AME): a criança recebeu somente leite materno sem quaisquer outros líquidos ou alimentos, exceto medicamentos;
- Aleitamento Materno (AM): a criança recebeu leite materno e quaisquer outros líquidos ou alimentos;
- Aleitamento materno na primeira hora de vida: a criança foi amamentada logo após o nascimento, na primeira hora de vida;
- Alimentação com mamadeira: a criança recebeu qualquer líquido ou alimento semi-sólido em mamadeira.

Além disso, foi analisado o uso de chupeta, o que possibilitou a comparação com os dados da pesquisa de 1999. Em relação à alimentação complementar foram consideradas as seguintes categorias:

- Comida de sal: a criança recebeu papa/sopa ou comida de sal (comida de panela ou comida da família);
- Fruta: a criança recebeu fruta, em pedaço ou amassada;
- Verduras/legumes: a criança recebeu verduras/legumes;

Ainda foram considerados na análise três “marcadores de alimentação não saudável”: consumo de café, refrigerante e bolacha/salgadinho.

Hábitos alimentares são formados no 1° ano de vida

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É de grande importância que as crianças aprendam a comer de uma forma correta desde cedo uma vez que os hábitos alimentares são formados no primeiro ano de vida, dentro da família, e conservados na vida adulta. O ambiente familiar é, o início e talvez, o mais importante influenciador dos hábitos infantis.

Sendo assim, alimentação saudável nesta fase da vida tem papel fundamental e essencial para permitir um normal desenvolvimento e crescimento, uma vez que práticas alimentares inadequadas trarão conseqüências futuras sobre a saúde da criança, com o aparecimento de doenças, retardo no crescimento e atraso escolar.

Os cuidados com a criança no primeiro ano de vida são fundamentais, por ser esta uma fase em que ela se encontra extremamente vulnerável, tendo em vista o fenômeno do crescimento e a sua total dependência. Dentre as necessidades básicas para assegurar a sobrevivência, o crescimento e o desenvolvimento adequado, a nutrição assume papel importante.

O processo nutritivo é, em conseqüência, involuntário e depende da seleção alimentar. Este processo é importante ao longo de toda a vida, particularmente em determinados períodos, como sejam a infância e a adolescência, a gravidez ou a terceira idade. A criança, por se encontrar em fase de crescimento, é extremamente dependente de uma alimentação saudável e, por isso, mais sensível às carências, desequilíbrios ou inadequação alimentar.

É no 1º ano de vida que a criança deve passa pelo peito da mãe, e nesse ato não é só o leite que se oferece ao bebê, são todos os nutrientes necessários, são todas as defesas que a criança necessita, é o momento especial. E para a mãe, amamentar ajuda voltar a seu peso anterior, favorece a contração uterina e previne hemorragias no pós-parto, diminui o risco de câncer de mama e de ovário e reforça o vínculo mãe-filho(a).

A Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde recomendam que o bebê deva ser alimentado exclusivamente com leite materno até 6 meses de vida. Somente a partir de 6 meses é que se deve começar a introdução de novos alimentos, mas sem abandonar a amamentação, que pode prosseguir até 2 anos de idade ou mais, se assim a mãe e a criança desejarem.

é considerado o alimento mais perfeito e completo da natureza e é a primeira e mais adequada forma de alimentar o recém-nascido. O leite humano, em virtude das suas propriedades antiinfecciosas, protege as crianças contra diferentes infecções desde os primeiros dias de vida.

Alimentos complementares são quaisquer alimentos nutritivos, sólidos ou líquidos, diferentes do leite humano, que possuem nutrientes necessários para o desenvolvimento da criança. O termo “alimentos de desmame” deve ser evitado, pois pode dar a falsa impressão de que eles são usados para provocar o desmame e não para complementar o leite materno (Ministério da Saúde, 2002). Nessa fase todos os cuidados devem ser tomados para evitar que a criança rejeite prematuramente os sabores e as texturas dos novos alimentos. Deve ser um processo gradativo, permitindo que a criança se adapte a perda desse vínculo tão forte que é o aleitamento materno exclusivo.

Sob o ponto de vista nutricional, a complementação precoce é desvantajosa para a nutrição da criança, além de reduzir a duração do aleitamento materno e prejudicar a absorção de nutrientes importantes existentes no leite materno, como o ferro e o zinco. Outro fator que deve ser considerado na amamentação não exclusiva é o uso de mamadeiras para ofertar líquidos à criança. Essa prática pode ser prejudicial, uma vez que a mamadeira é uma importante fonte de contaminação, além de reduzir o tempo de sucção das mamas, interferindo na amamentação sob livre demanda, alterar a dinâmica oral e retardar o estabelecimento da lactação.

Erros mais comuns cometidos pelas mães

• Começar a amamentar o bebê e, no meio da mamada, passar para a outra mama, sem que a primeira tenha sido totalmente esvaziada;
• Acrescentar água ou chás antes dos seis meses;
• Bater a comida no liquidificador (risco maior de contaminação);
• Não deixar que a criança pegue na comida (é importante que ela reconheça a textura do que está comendo).

A obesidade na infância constitui importante fator de risco para a obesidade na fase adulta, aquela frase que muita gente usa “criança gordinha criança saudável Ainda se acredita que quanto mais come, mais forte o bebê fica, mais bonito, mais resistente".

Se a criança for adequadamente ensinada, nada lhe será proibido, ela terá acesso a tudo o que faz parte da sua infância, sem comprometer sua alimentação, nem seu peso, nem sua saúde, atual e principalmente futura.

10 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL(MS /OPAS/OMS)

PASSO 1 – Dar somente leite materno até aos seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.

PASSO 2 – A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.

PASSO 3 – A partir dos seis meses dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, frutas e legumes), três vezes ao dia se a criança receber leite materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada.

PASSO 4 – A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.

PASSO 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher, começar com consistência pastosa (papas /purês) e gradativamente aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.

PASSO 6 – Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.

PASSO 7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.

PASSO 8 – Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.

PASSO 9 – Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos, garantir o seu armazenamento e conservação adequados.

PASSO 10 – Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

Algumas dicas para alimentação dos 6 meses a 1º ano de vida

. Oferecer um alimento por vez, evitando a mistura, para que a criança conheça a cor e o sabor de cada alimento. Quando oferecer mais de uma fruta ou legume na mesma refeição amassá-los e colocá-los no prato em porções separadas;

. Se a criança recusar um determinado alimento, oferecer novamente em outras refeições. São necessárias, em média, oito a dez exposições a um novo alimento para que ele seja aceito pela criança;

. As papas devem ser introduzidas gradualmente, no horário correspondente ao lanche da tarde, completando-se a refeição com a amamentação.

. Inicie com uma colher de sopa e aumente gradualmente até no máximo quatro colheres de sopa cheias, dependendo da idade da criança. Procure amassar os alimentos (frutas, legumes e verduras) assim a criança terá contato com a textura, sabor e consistência dos alimentos.

. Deve ser iniciada a administração de frutas, sob a forma de sucos e/ou papas, sempre a colheradas. As frutas devem ser oferecidas ao natural, para preservarem o seu valor nutritivo.

. As frutas devem ser oferecidas sem açúcar e as sopas com pouco sal e gordura. As leguminosas (feijão, soja, grão-de-bico, lentilha e ervilha) devem ser adicionadas a papa a partir do sétimo mês.

. A clara de ovo só deve ser oferecida após dez meses de idade. Antes pode provocar alergia, a clara não deve ser ingerida porque tem albumina que é uma substância alergênica.

É importante que a família tenha o hábito de consumir todos os alimentos considerados saudáveis, para que a criança seja encorajada a consumí-los também.

Formar e manter hábitos alimentares adequados é responsabilidade de todos os envolvidos na educação infantil além da mãe, então encare com entusiasmo esta nova fase de desenvolvimento de uma criança, e estimule a sua entrada no "mundo da alimentação" de uma forma saudável.


Michele Oliveira de Lima
Nutricionista/CRN-6:5405
Especialista em Obesidade e Emagrecimento E-mail: michelelima.nutricionista@hotmail.com
Site: www.nutricionistamichelepb.blogspot.com

Como saber se o meu bebê está com diarréia?


Diarréia

Se o seu bebê estiver com cocô mole ou aguado, com mucus de cor amarelada ou esverdiada, é diarréia. Simplismente por apresentar cocô mole, não significa que seu bebê está com diarréia. Os bebês mais novinhos que só mamam no peito, têm naturalmente um cocô mais molinho e até um pouco aguado e eles podem fazer de pouquinho em pouquinho chegando à sujar até 8 fraldas de cocô por dia. Já um bebê maior que já possui alimentação mais variada pode fazer cocô desde várias vezes ao dia à três vezes por semana. Não tem padrão. A diarréia, às vezes tem um cheiro bem característico, mas nem sempre.

O que causa a diarréia?

A diarréia de seu bebê pode ser causada por uma infecção gastrointestinal, um problema alimentar (muito suco de frutas, por exemplo) ou por vermes. Alguns dizem que a dentição pode causar diarréia também mas, não é bem diarréia, é mais um cocô bem mole devido à tanta saliva engolida. Como tratar?

Importante é manter o seu bebê bem hidratado. Se o seu bebê não estiver vomitando, continue a alimentá-lo normalmente. O grande perigo da diarréia é a desidratação e essa pode levar à morte. Muita gente confunde diarréia com desidratação. A desidratação ocorre quando a perda de líquidos pela diarréia ocorre em maior quantidade do que aquela que a criança está tomando pela boca. A desidratação faz o corpinho da criança "murchar" e aí passa até a haver risco de vida para a criança.

Não ofereça líquidos doces para criança como sucos de frutas ou chás adoçados. O açúcar só vai fazer a diarréia piorar. Se você acha que foi muito suco de fruta que causou a diarréia no seu bebê acima de 4 meses, você vai ver que ele vai melhorar se parar de tomar sucos por hoje. Ofereça apenas água.

Não use remédios para acalmar a diarréia. Eles podem causar danos no organismo de seu bebê sem realmente melhorar a diarréia. Se o seu bebê já come alimentos sólidos, continue a alimentá-lo normalmente. Se o bebê não quiser comer, não se preocupe, mantendo-o hidratado, o seu apetite vai voltar em um ou dois dias. O importante é não deixar a criança desidratar-se. Para isso, o SORO CASEIRO tem papel importantíssimo.

Diferente do que muita gente pensa, o SORO CASEIRO não é para cortar a diarréia e sim para evitar a desidratação. Dê uma dose do soro à cada vez que o seu bebê fizer cocô. Dessa forma, o líquido perdido com o cocô será reposto e seu corpo não se desidratará. Se o seu bebê tem menos que 3 meses. Comunique sempre o pediatra para ter certeza sobre o que fazer. A diarréia pode piorar mais rápido nos pequeninos pois eles ainda não apresentam boa resistência.

SORO CASEIRO: Como preparar: - Diluir em 01 (um) copo d`água filtrada e fervida 01 (uma) pitada de sal e 03 (três) pitadas de açúcar, misture bem. - Ofereça a criança à vontade cada 20 minutos e após cada evacuação líquida se houver diarréia.

Fonte: Dr. Antônio Oliveira da S. Filho - Pediatra

Site Médico

CADÊ O MANUAL DE INSTRUÇÕES?


Encontrar a solução para acalmar o choro de um bebê é missão para superpais! Siga as dicas e poupe seus ouvidos

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Primeiro acorda a mamãe, depois o papai e em seguida toda a vizinhança. O bebê não escolhe hora nem lugar para começar o berreiro. Basta sentir-se desconfortável em alguma situação e o bico começa a aparecer até se transformar no tradicional choro. Reação de todo ser humano, chorar é uma maneira espontânea de exteriorizar sentimentos, dores, aflições e alegria. Para os bebês é a única forma de comunicação a fim de expressar a fome, frio, medo, sono, entre outras necessidades.

Segundo o pediatra e neonatologista José Claudionor da Silva Souza, o nascimento pode ser considerado um trauma para quem só conhecia a vida intrauterina. “Até o segundo mês de vida, o RN chora bastante e está relacionado com a adaptação ao novo mundo e hábitos estabelecidos pela família.”

Para o pediatra, a dúvida mais comum dos pais, principalmente os de primeira viagem, é: e agora, o que fazer? O receio de não satisfazer o desejo do filho, especialmente em caso de dor, é assustador. “Não há problema em deixar o pequeno derramar algumas lágrimas. A criança deve aprender a se frustrar em alguns momentos. Mas, para isso, é preciso ter certeza que o bebê está devidamente alimentado, aquecido, limpo e adequadamente confortável”, explica ele.

Para o choro interminável da madrugada, a dica do médico é dar um banho em água morna para o recémnascido relaxar. “Aproveite esse momento para conversar com seu filho em um tom de voz calmo e tranquilo, passando segurança para o bebê.

Outra opção é utilizar o método “bebê rolinho”, ensinado na edição 14 da revista Sempre Materna. Enrole o pequenino em uma manta para que ele sinta-se mais acolhido e aconchegado.

“Deixe fluir o instinto inato maternal/paternal, isso ajudará a aprendermos a ser pai e mãe. Não existe fórmula ou receita de sucesso nessa situação”, finaliza José Claudionor Souza.

Dicas para evitar cólicas no bebê

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As cólicas aparecem nos primeiros 3 meses, a partir dos 15 dias de vida do bebê, tanto em crianças que recebem aleitamento materno como em bebês alimentados artificialmente. Veja o que pode causá-las:

Imaturidade do sistema digestivo

Ele ainda não está totalmente desenvolvido e a digestão acelera o funcionamento dos intestinos, provocando espasmos - as cólicas.

Alimentos

Às vezes a cólica é uma reação a determinado nutriente que entra na alimentação da mãe ou no preparo da mamadeira. Ingridientes ricos em ferro ou a proteína do leite ingerido pela mãe (chocolates, queijos, etc...) podem provocar essa reação. O leite em pó pode prender o intestino da criança e provocar gases.

Stress

Criança e mãe experimentam uma nova rotina de vida e ficam por isso, altamente sensíveis. Na maioria dos bebês, o órgão de choque dessas mudanças é o intestino e, não por acaso, as cólicas se manifestam mais no final do dia, entre as 18 e as 21 horas, quando a família está exausta. A cólica pode ser apenas expressão desse cansaço. Ou o bebê chora porque tem necessidade de uma descarga emocional para se reorganizar ao final de um dia atribulado.

Deglutição de ar

A avidez ao sugar o seio materno ou um orifício grande demais no bico da mamadeira faz a criança engolir ar e provoca gases. Por isso a importância de colocar o bebê para arrotar após as mamadas.

Começou! O que fazer

Só carinho
Deite o bebê de lado (essa posição ajuda a esvaziar o estômago), deite-se ao lado dele e acaricie-o dizendo palavrinhas suaves, de bom efeito calmante nessa hora.

Barriga contra barriga

Nada melhor que um contato pele a pele para recém-papais e recém-nascidos com cólicas. Ficar debruçado sobre um lugar quentinho diminui as dores.

Flexão das perninhas

Só deve ser aplicada longe do horário das mamadas. Coloque o bebê deitado de costas, segure suas pernas e flexione-as, pressionando suavemente os joelhos contra a barriguinha. Depois estique as pernas e, repita o movimento várias vezes. Isto ajuda a eliminar os gases.

Uso de chás

O chá morno de erva-doce (sem açúcar) quebra as moléculas de gás facilitando a eliminação dos gases. Às vezes, uma fralda umedecida com chá morno de camomila sobre a barriga também ajuda.

Algumas dicas

Evite o uso de álcool, cigarros e cafezinho enquanto estiver amamentando - as cólicas podem ficar mais intensas.
Respeite os horários das mamadas - dar o peito ou a mamadeira para acalmá-lo piora as cólicas pela formação de mais gases.

Evite ficar nervosa com as cólicas - sua ansiedade e insegurança são sentidas pelo bebê que reage com mais cólicas.
Tenha em mente que esse período não dura mais que 3 meses e meio.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Obesidade na adolescência é tão prejudicial quanto fumo, diz estudo

Combinação de fumo e obesidade é a mais perigosa

Um estudo realizado na Suécia indica que ser obeso na adolescência aumenta o risco de morte prematura tanto quanto fumar.

A pesquisa do Instituto Karolinska, divulgada nesta quarta-feira na publicação científica British Medical Journal, usou dados de 45.920 homens que foram submetidos a exames médicos obrigatórios ao se alistarem no serviço militar, quando tinham idades entre 16 e 19 anos.

Seus índices de massa corpórea (IMC) e seus hábitos de fumar foram anotados, e eles foram acompanhados por, em média, 38 anos. Neste período, 2.897 deles morreram.

Os cientistas concluíram que o número de mortes prematuras na idade adulta dos jovens com peso normal que fumavam mais do que dez cigarros por dia foi o mesmo de não-fumantes obesos.

Saúde pública

Os pesquisadores dizem que jovens obesos fumantes correm mais riscos - na pesquisa, eles mostraram ter cinco vezes mais chances de morrer prematuramente na idade adulta do que não-fumantes com peso normal.

Além disso, o estudo mostrou que adolescentes obesos têm o dobro das chances de morte prematura do que jovens com peso normal.

O risco aumenta em 30% em adolescentes com excesso de peso, mas não obesos.

Segundo os estudiosos, a incidência de mortes foi menor entre os homens com peso normal e maior entre os que eram obesos na adolescência.

Eles descobriram ainda que os participantes com peso abaixo do normal não apresentavam risco alterado de morte prematura, independentemente de fumarem ou não. Já aqueles que tinham o peso muito abaixo do normal tinham as mesmas chances de sofrer morte prematura do que os que tinham excesso de peso.

Martin Neovius, coordenador da pesquisa, afirmou ainda que os jovens que fumam até dez cigarros por dia têm até 30% mais chances de ter morte prematura.

"As descobertas indicam que o excesso de peso, a obesidade e o fumo entre os adolescentes continuam sendo alvos importantes de iniciativas de saúde pública", afirmou o médico.

Amamentar reduz risco de derrames e doenças cardíacas nas mães, diz estudo


Amamentação

Estudos indicam que amamentação traz benefícios para bebês e mães

Mulheres que amamentam seus filhos podem estar reduzindo seu próprio risco de sofrer doenças cardíacas ou derrames, indica uma pesquisa da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores americanos dizem ter verificado que mulheres que amamentam por mais de um ano estão 10% menos propensas a sofrer desses problemas de saúde do que aquelas que nunca amamentaram.

O estudo americano envolveu 140 mil mulheres já no período pós-menopausa. Em média, essas mulheres haviam amamentado seus bebês há mais de 35 anos.

Acredita-se que a redução do risco de sofrer de doenças cardiovasculares ocorre porque, ao amamentar, as mulheres diminuem os depósitos de gordura no corpo.

No entanto, os pesquisadores afirmam que o efeito é mais complexo e que a liberação de hormônios estimulada pela amamentação também tem um papel importante.

Segundo os pesquisadores, amamentar por mais de um ano pode ainda reduzir em cerca de 20% os riscos de as mães sofrerem de diabetes e colesterol alto, e em 12% o risco de pressão alta.

O estudo afirma que mesmo as mães que amamentam por pelo menos um mês já têm o risco de diabetes, colesterol e pressão alta reduzidos em relação àquelas que nunca amamentaram.

A pesquisa também verificou que amamentar reduz os riscos de a mulher sofrer de câncer de mama e ovário e de osteoporose.

Benefícios

Esse estudo, divulgado na publicação especializada Obstetrics and Gynaecology, vem se somar às crescentes evidências de que amamentar traz benefícios não somente para a saúde dos bebês, mas também das mães, dizem especialistas.

Para os bebês, a lista de benefícios é extensa, afirmam especialistas. O leite materno pode proteger contra obesidade, diabetes, asma e infecções no ouvido, estômago e peito.

"Há anos nós sabemos que amamentar é bom para a saúde dos bebês", disse a pesquisadora Eleanor Bimla Schwarz. "Agora sabemos que também é importante para a saúde das mães."

Segundo Schwarz, a amamentação é "uma parte importante da maneira como o corpo das mulheres se recupera da gravidez".

"Quando esse processo é interrompido, as mulheres ficam mais propensas a sofrer diversos problemas de saúde, como ataques cardíacos e derrames", disse a pesquisadora.

O Departamento de Saúde britânico recomenda amamentação por pelo menos seis meses.

Segundo a especialista em doenças cardíacas June Davison, da British Heart Foundation, a pesquisa revela uma associação entre amamentação e redução de riscos de problemas cardíacos, mas ainda são necessárias "mais pesquisas para compreender porque isso ocorre".