quinta-feira, 29 de outubro de 2009

CARTEIRA DE VACINAÇÃO


Imunizar é sinônimo de tranquilidade para os pais e garantia de saúde para os filhos.


Vacinar é melhor do que remediar. Com histórico virtuoso e extremamente importante para a humanidade, as vacinas são produzidas pelos próprios vírus ou bactérias causadores da doença, enfraquecidos ou mortos, e ao serem injetadas criam barreira de anticorpos (defesa) e desenvolvem a chamada memória imunológica que protege o organismo contra a moléstia. Dessa forma, quando o vírus entra em contato com a criança, o corpo reconhecerá o agente patogênico e estará pronto para rejeitá-lo.

Segundo Dr. Eitan Berezin, presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP, até o primeiro ano de idade o organismo está suscetível a infecções por não ter histórico de imunização. “Por esse motivo existe o calendário de vacinação para ser cumprido na ‘hora’ certa. Grande parte das vacinas devem ser aplicadas nessa faixa etária, respeitando seus intervalos e doses adequadas”.

Entusiasmados com o sucesso das vacinas, a comunidade médica há muito tempo vem dirigindo sua atenção às doenças mais comuns da infância e, atualmente, as vacinas ocupam lugar de destaque entre as medidas preventivas. Além de todos os cuidados e orientações pediátricas, inseridos na puericultura, a vacinação é um dos fatores de prevenção existentes mais seguros até hoje. Porém, papais e mamães, preparem os corações para o choro a cada picada e, às vezes, até uma febrinha. As vacinas, de acordo com Dr. Eitan, podem causar reações leves deixando o bebê indisposto. “Isso não deve ser motivo para evitar a imunização. Afinal, faz parte da proteção, os sintomas são transitórios e muito mais fracos que os da própria doença”, comenta o profissional.

Ainda de acordo com o pediatra, Eitan Berezin, o Brasil tem um dos calendários de vacinação mais completos do mundo. No entanto, ele lembra que existem outras doenças importantes que podem ser prevenidas pela vacinação. Mas, infelizmente, ainda não estão disponíveis para toda a população e são oferecidas apenas em clínicas particulares. De qualquer maneira, converse com o pediatra do seu bebê, com certeza valerá o investimento.




Vacinas disponíveis apenas em clínicas particulares

Antipneumocócica conjugada heptavalente

Essa importante vacina protege contra infecções causadas pelo pneumococo, como meningite, pneumonia, sinusite, entre outras.

Esquema de imunização: 4 doses, sendo a primeira com 2 meses, a segunda com 4 meses, a terceira com 6 meses e um reforço aos 15 meses.

Efeito colateral: Geralmente não causa reações, mas pode provocar eventualmente febre e dor no local da aplicação.

Poliomelite com vírus inativado (IPV)

Assim como a Sabin, a vacina Salk também protege as crianças contra a paralisia infantil. Sua aplicação é feita na coxa por via intramuscular.

Esquema de imunização: 5 doses, sendo a primeira com 2 meses, a segunda com 4 meses, a terceira com 6 meses, com reforço aos 15 meses e entre 4 e 6 anos.

Efeito colateral: Sem reação

Antimeningocócica C conjugada

Essa vacina protege as crianças da bactéria meningococo C, que causa meningite grave. A aplicação é feita na coxa por via intramuscular.

Esquema de imunização: 3 doses, sendo a primeira aos 3 meses a segunda aos 5 meses e um reforço aos 15 meses. Se a criança já tem 1 ano, deve-se aplicar somente uma dose.

Efeito colateral: Às vezes causa febre e dor no local da aplicação.

Varicela

A vacina é feita com o vírus atenuado e protege em cerca de 90% contra a catapora. A aplicação é de preferência no braço por via subcutânea.

Esquema de imunização: 2 doses, a primeira com 1 ano e a segundo com 4 a 6 anos.

Efeito colateral: Sem reação, raramente febre e algumas vesículas na pele 1 a 2 semanas após a aplicação.

Influenza

O vírus da gripe sofre alterações, e por esse motivo são produzidas novas vacinas de acordo com os sorotipos mais freqüentes. A aplicação em menores de dois anos é na perna e em maiores no braço.

Esquema de imunização: A partir dos 6 meses de vida 1 dose anual, no outono, antes da temporada de circulação do vírus. Em sua primeira aplicação a criança deve recebê-la no esquema de duas doses com intervalo de 1 mês entre elas.

Efeito colateral: Pode provocar febre e dor no local da aplicação

Hepatite

A Vacina produzida com vírus inativado.

Esquema de imunização: 2 doses. Primeira com 12 meses e a segunda com 18.

Efeito colateral: Não frequentes. Pode surgir dor local e, raramente, febre.




Bebê

Vacinas disponíVeis em postos da rede pública

BCG

Protege contra a tuberculose. É produzida a partir do próprio bacilo causador da doença, mas numa forma atenuada. Deve ser aplicada no braço direito por via intradérmica.

Esquema de imunização: Dose única ao nascer. A vacina pode ser aplicada durante o primeiro mês de vida.

Efeito colateral: Essa vacina não causa reações como febre ou mal-estar. É esperada a formação de abscesso e/ou ulceração no local da aplicação, com posterior cicatriz.

Hepatite B

A vacina contra a Hepatite B é produzida por engenharia genética e não contém o vírus causador da doença. A aplicação é feita na coxa por via intramuscular.

Esquema de imunização: 3 doses, sendo a primeira ao nascer, ainda na maternidade, a segunda com 1 ou 2 meses de idade e a terceira com 6 meses.

Efeito colateral: As reações não são frequentes, mas podem surgir dor no local e, muito raramente, febre.

Hemófilo B (Hib)

A bactéria Haemophilus influenzae do tipo b (Hib) causa doenças graves como meningite e penumonia. A vacina é composta de partes dessa bactéria e deve ser aplicada na coxa do bebê via intramuscular.

Esquema de imunização: 4 doses, a primeira com 2 meses, a segunda com 4 meses, a terceira com 6 meses e o reforço aos 15 meses.

Efeito colateral: As reações adversas não são frequentes, mas podem ocorrer dor local e febre baixa.

Oral contra Poliomelite (VOP)

A vacina Sabin protege as crianças contra a poliomelite ou paralisia infantil. É produzida com vírus vivos atenuados e aplicada em gotas por via oral.

Esquema de imunização: 5 doses, sendo a primeira com 2 meses, a segunda com 4 meses, a terceira com 6 meses, primeiro reforço aos 15 meses e segundo reforço entre 4 e 6 anos.

Efeito colateral: Sem reação

Tríplice Bacteriana (DtP)

Protege contra a difteria, coqueluche e tétano. Há basicamente dois tipos de vacina tríplice: a comum, que usa a bactéria inteira da coqueluche, e a acelular, com apenas alguns produtos purificados da bactéria. Deve ser aplicada na coxa por via intramuscular.

Esquema de imunização: 5 doses, sendo a primeira com 2 meses, a segunda com 4 meses, a terceira com 6 meses, primeiro reforço aos 15 meses e segundo reforço entre 4 e 6 anos. É usualmente aplicada combinada com a vacina Hemófilo B (Tetra).

Efeito colateral: A DTP comum costuma provocar reações, como febre e dor no local da aplicação, quase sempre nas primeiras 48 horas após a vacinação. A DTP acelular causa menos efeitos colaterais, porém só está disponível um clínicas particulares.

Febre Amarela

Esta vacina imuniza contra a Febre Amarela e é recomendada apenas para residentes ou viajantes de áreas endêmicas. A aplicação é feita no braço por via subcutânea.

Esquema de imunização: Dose única a partir dos 9 meses. Deve-se revacinar após 10 anos da primeira dose.

Efeito colateral: Pode ocorrer dor no local da aplicação e febre.

Rotavírus

Esta vacina é relativamente nova Brasil e protege as crianças contra o Rotavírus, que provoca diarréia e vômitos. Só é indicada para crianças de 6 semanas a 6 meses. É aplicada em gotas por via oral.

Esquema de imunização: 2 doses com intervalos de dois meses. Geralmente, a primeira dose é dada com 2 meses e a segunda com 4 meses. A primeira dose só deverá ser aplicada em crianças de até 3 meses e 7 dias de vida.

Efeito colateral: Sem reação

Tríplice Viral (sCr)

Imuniza contra três doenças infecciosas: Sarampo, Caxumba e Rubéola. É produzida com vírus atenuados das doenças e deve ser aplicada no braço por via subcutânea.

Esquema de imunização: 2 doses, sendo a primeira com 1 ano e a segunda com 4 a 6 anos.

Efeito colateral: Em alguns casos podem aparecer pintinhas vermelhas na pele por volta de uma semana após a aplicação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário